a política na vertente de cartaz de campanha

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Sobre as remunerações da ANA, CGD, CTT e AdP em 2004

6,100,000.00 € (perante um número tão alto, tenho que pensar em contos: um milhão e 220 mil contos) é o montante que quatro empresas públicas ( ANA, CGD, CTT e AdP) gastaram em remunerações com os seus gestores em 2004.

Dito de outra forma, em 2004 quatro EP pagaram em cada mês 101.67 mil contos em remunerações. Se fosse correcto dividir em partes iguais este valor, isso significaria que cada uma delas gastou 25,417 contos por mês.

Claro que não nos devemos esquecer que aos valores pagos com remunerações existem sempre os habituais pacotes de "regalias", tais como cartão de crédito, isenção de horário, ajudas de custo, despesas de representação, telemóvel, carro, combustível, seguro de saúde, seguro de vida, casa, etc. Uma forma de aumentar consideravelmente a remuneração mantendo o salário "oficial". Além disso, estes montantes não são sujeitos a impostos por parte do trabalhador e aumenta, ainda, as despesas da empresa, a qual pagará menos IRC.

De notar ainda que muitos salários são complementados com acumulação de reformas devidas a cargos anteriores (nomeadamente, no caso dos políticos, dos gestores substituídos por outros de nomeação política, etc.).

A crise existe. Mas não para todos. A função pública do tacho continua em grande.