FLISCORNO

a política na vertente de cartaz de campanha

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Sinfonia n.º 4 de Brahms analisa por Bernstein

Porque hoje é um dia especial, até na política, aqui fica uma pérola que encontrei no youtube.

 

Brahms / Leonard Bernstein, 1957: An Analysis of Brahms' Symphony No. 4 in E minor, Op. 98



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Até sempre

Quando comecei este blog tinha em mente ir olhando para a política como se esta fosse um cartaz de campanha permanente, feita de frases apelativas, com belos momentos de imagem e com pouco sumo. Agradeço a toda a classe política ter-me facilitado a vida.
O Fliscorno foi durante quatro anos e tal um espaço onde fui deixando o meu olhar tantas vezes discordante (sempre?) quanto às políticas socráticas. O blog viveu desse dia-a-dia e, ironicamente, termina agora graças a essas mesmas políticas do actual primeiro-ministro, entre as quais os famosos apoios às empresas de que tanto se gaba e que mais não são do que formas de controlo político. É o caso da minha empresa que, por acções concretas desta governação, se encontra em queda livre, o que me leva a procurar outros desafios profissionais, com uma dedicação incompatível com manter este cantinho regularmente actualizado.
Obrigado pelas leituras e pelos comentários. Até sempre.

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A carta do CEO da Nokia

Uma notável carta do CEO da Nokia aos seus co-nokianos. Sobre a Apple, o Android e demais concorrência. Sobre a própria Nokia e a forma de encarar o presente. A ler no 31 da Armada.

Eu, que fui entusiasta dos produtos dessa empresa, acabei por mudar para uma marca branca, um tal "Boston", pela simples razão de estar anos luz à frente do que a marca tinha para oferecer. Por um preço aceitável, ganhei um bom dispositivo de acesso à net e um mau telefone. Um inconveniente menor, uma vez sinto menos falta do telefone do que da net.

Vi a empresa definhar a cada resposta inadequada à concorrência. Como é que eles mesmo não o viram? Às vezes não queremos ver, fale-se de pessoas, de empresas, de governos ou de países. A prova é o Portugal que aí está, à beira do colapso financeiro e, segundo o líder, no rumo certo. Em direcção às chamas, seguramente.



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Quando 2+2 são 4 mais IVA

Vejam-se duas notícias aparentemente desconexas como estas:

E questionemos-nos se a primeira será assim tão surpreendente.

O governo prepara-se para aplicar um imposto sobre outro imposto (chamam-lhe "taxa"... certo!). Essa taxa é já sacada de com um truque manhoso* que é a respectiva inclusão na factura da EDP. E agora estes espertinhos preparam-se para lhe aplicar IVA de 6%.

Para enfatizar o ponto de vista deste post, poderia ser tentado pela adjectivação na linha do "mafiosos". Mas não o farei. A Máfia defende os seus e o Governo, que é de todos, não me defende (apesar de defender os "seus").

* Desde quando é que por ser ter electricidade em casa é sinónimo de se ter rádio ou TV? E se tiver duas casas? E se não estiver interessado nos serviços da RTP?



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Abaixo os professores

Abaixo os professores porque é deles a culpa do estado do país. Quando se esperam anos por uma justiça ineficaz, não é  do legislador a culpa de não mexer num sistema que não funciona. É dos professores que não conseguiram incutir nos seus alunos a correcta noção da legalidade.

Quando grassa corrupção, é culpa dos professores porque falhou o ensino da ética. Se há desemprego é porque os professores não desenvolveram o espírito de iniciativa nos estudantes. Se há fome é culpa dos professores não terem ensinado a pescar. Se está escuro, é culpa dos professores não terem ensinado a fazer luz. Quando há problemas, é culpa dos professores não aparecerem soluções.

Tivemos a “paixão pela educação” de Guterres e a carnificina da avaliação docente com Sócrates. Vamos em mais de 10 anos de políticas para resolver os problemas do país mexendo na educação. Melhorámos? Basta olhar para as parangonas para se ler a resposta.

Em todas estas décadas, pese embora tantas “mudanças”, há uma aldeia de irredutíveis gauleses onde as fundações continuam inabaláveis: o sistema judicial. Um país onde a justiça seja incapaz de responder em tempo útil nunca poderá ter níveis de desenvolvimento aceitáveis. Se se perde um concurso devido a truques, de nada vale, passados anos, esgrimir argumentos em tribunal. Incumprimentos contratuais precisam de ser resolvidos na hora, não é num futuro incerto. Direitos violados assim continuarão até que, tantas vezes tarde demais, seja possível obrigar à reparação de danos. A incerteza quanto ao tempo necessário para que se faça justiça é um campo fértil para quem se disponha à ilegalidade.

Os governos têm passado e a justiça fica. Em contrapartida, a mensagem “abaixo os professores” trazida pela enxurrada de reformas após reformas tem sido uma constante, como se isso resolvesse os problemas do país. É mais do que tempo de parar com o faz de conta. Quando é que se reforma a justiça, começado pelas bases processuais?



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Cartão de S. Valentim

Cartão de S. Valentim



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A caneta é mais forte do que a espada e o discurso é uma arma

Os discursos portugueses são catalisadores. Depois do episódio do ministro e secretário de estado lerem o mesmo discurso, é agora a vez de um ministro indiano sucumbir ao poder da palavra portuguesa.

Já era conhecido o caso da anedota mortal, tão bem documentada pelos Monty Python, que era tão mortífera que morreria de rir quem a lesse na totalidade. Foi arma de guerra contra os alemães, com exércitos inteiros a lerem apenas palavra a palavra e em alemão. Devastador.

Eis que agora, depois de darem mundos ao mundo, oferecem os portugueses mais este notável artefacto, saído direitinho das Novas Oportunidades: o discurso pega-monstro. Tal como esse brinquedo que se atirava às paredes e por elas escorria viscosamente, este género de discurso cola-se ao orador, levando as cordas vocais da vítima a proferir as palavras escritas.

Aconteceu em Portugal e agora comprovou-se na Nações Unidas, provando-se a internacionalidade do conceito, quando o Ministro dos Negócios Estrangeiros Indiano  leu durante três minutos o discurso de Luís Amado, sem de tal se aperceber.

A admiração internacional é imensa, muito superior àquela trazida pelo belo azul magalhãnico dos computadores Intel que Sócrates procurou impingir ao Chávez. Com efeito, preocupados com a possibilidade de um tal discurso ser usado contra os EUA, levando-os por exemplo a efectivamente fechar Guantânamo, Portugal foi já convidado para membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o que é visto como uma tentativa de controlo desta força bruta.

Felizmente, a arma discursal tem deficiências, que estão a ser estudadas para a produção de contra-medidas. Estudos promissores com banqueiros, em que um discurso de baixa de lucros lhes foi apresentado, mostra ser possível resistir à força do verbo português. Mesmo com exposição múltipla ao discurso, continuou o grupo a falar em taxas de juros elevadas e em lucros anuais pornográficos. Outro caso de sucesso, este a carecer confirmação, foi o de Sócrates ter admitido não ser socialista quando lhe apresentaram o discurso de juramento de dizer a verdade, apenas a verdade e nada mais do que a verdade.

Entretanto, para segurança de todos, os discursos em causa foram guardados em lugar secreto, lado a lado com os planos de redução da carga fiscal e de emagrecimento do Estado. Podemos todos ficar descansados, tão perigosos instrumentos estão onde, garantidamente, ninguém mexerá.



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O poker da moção de censura

poker da moção de censura

«José Manuel Pureza sublinha que a direita "cairá no ridículo" se apoiar moção de censura» [Antena 1]



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Uma mala de cartão e um posto dos correios

Cansado da dura labuta, como a de todos os que passam o dia a usar o CU*, perdão, o CC** para mandar currículos por mail digitalmente assinado, coisa que impressiona de sobremaneira todo e qualquer empregador disposto a pagar até 800 euros (ilíquidos) por um licenciado, dizia, cansado dessa vida, decidiu-se Antomílio Pinto de Sousa (o nome é apenas uma coincidência) por uma vida melhor.

Ainda a mala não estava toda desmanchada e já tinha um emprego de prestígio, dizia-lhe o patrão, onde “todos os que eram alguém em Bruxelas acabavam por passar”, facto que ele atestava de cada vez que levantava os olhos da louça para olhar através da janela da copa.



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Blogger droid app

Ora aí está, finalmente, a app para telemóveis com Android que permite publicar no blogger.

Basta ir ao Android Market e pesquisar Blogger App.

PS: publicado com a app aqui indicada.



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Parece que cortar os salários foi mais consensual

redução de deputados



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O fisco de rabo escondido

image O fisco quer acesso às nossas contas. O fisco quer quebra do sigilo bancário. O fisco quer saber toda a nossa vida financeira. O fisco quer cobrar impostos sobre as ajudas de custos. O fisco é um terceiro olho na nossa vida.

Nada escapa escapa ao fisco. Excepto o fisco, que escapa a si mesmo.

Segundo o Público, querem os juízes «tornar possível o acesso aos documentos relativos às despesas de cada ministério do executivo». O Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa autorizou o acesso no caso dos ministérios da Saúde e das Finanças. Mas este último recorreu da decisão. Em causa está os juízes quererem saber quanto «gastam os ministros e outros elementos dos seus gabinetes com telefones pessoais, cartões de crédito e outros gastos de representação».

O fisco quer tudo ver mas esconde o rabo quando se trata de ele mesmo ser transparente.



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Bebés vão passar a nascer com n.º de contribuinte, decretou o governo

feto com número de contribuinteNúmero de contribuinte dos filhos é obrigatório na declaração de IRS

Ao que conseguimos apurar, o número de contribuinte irá já na pontinha, sendo o seguinte diálogo uma realidade do novo quotidiano:

- Querida, querida, estou quase.... ai...... passa aí o cartão de contribuinte....

Soubemos ainda que, com a  introdução da medida, o uso do preservativo será considerado fuga ao fisco. Com efeito, a camisinha constitui impedimento a que uma futura fonte de receita se concretize, facto punível por lei.



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Bibi lembra-se de ter sido um espermatozóide

carlos silvino espermatozóide

O Aventar descobriu que Carlos Silvino, o célebre Bibi, começou a lembrar-se de toda a sua vida, a partir do momento em que ainda era espermatozóide. [Continue a ler mais uma prosa de António Fernando Nabais]



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Cavacógrafo substitui detector de mentiras

cavaco-cientista

Cavaco Silva, considerado em alguns círculos o Edison português, já registou a patente de um sistema que irá substituir o polígrafo, vulgo detector de mentiras. (... continue a ler a prosa de António Fernando Nabais no Aventar)



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E se nacionalizássemos a Galp de novo?

BE: galp e edp De vez em quando, em comentários dos jornais, nos blogs e em conversas dou com comentários nestes termos: os lucros da Galp são escandalosos e a privatização da empresa ainda os fez aumentar mais.

Sabendo de antemão que nos tempos da Galp pública, os preços eram definidos por decreto e que estes variavam em função das necessidades orçamentais, dei-me ao trabalho de fazer umas contitas.