Bill Gaitas é português
O Windows Update começou por ser uma forma de a Micro$oft nos disponibilizar a correcção de bugs mas rapidamente a empresa de Bill Gaitas descobriu que também serviria para concretizar estratégias comerciais. É o caso da persistente tentativa de nos impingir - ai, lá fico eu chateado - software que consolide a posição da M$ no mercado, como sejam as novas versões do Windows Media Player, do Internet Explorer 7 e do próprio Windows Update (este actualizado sem possibilidade de intervenção do utilizador).
Acontece que prefiro usar o Winamp e o Firefox em vez dos equivalentes M$. Blasfémia das blasfémias, porque diabos há-de alguém querer usar no Windows software que não tenha sido
escrito pela Micro$oft?! Talvez por ser melhor?... Bom, o facto é que a M$ não parece assim pensar e insiste os disponibilizar no Windows Update o que bem lhe apetece. Livro-me deles de vez da forma que mostro na figura: 1º desselecciono-os, 2º primo CLOSE, 3º aparece uma nova janela e selecciono a opção "vai dar banho ao cão" e, finalmente, 4º primo close.
Porque não tem o software em geral garantia?
É ridículo que por 5 € compre uma porcaria dum gadget made in China, tendo garantia de dois anos, mas se for comprar um software que custe centenas de euros, por exemplo, já tenho que me limitar à habitual EULA (End User Licence Agreement, link em PT/BR).
Convido à leitura desta EULA e ao exercício de imaginar que seria, por exemplo, um televisor que estaria a comprar.
- Antes de sequer ligar a TV teria que concordar com a licença imposta pelo fabricante. Caso contrário nem poderia premir o botão de ligar.
- Ao aceitar a licença, concordo que o televisor nunca será meu. Apenas me é concedido o direito de o usar, sendo realçado que o equipamento não foi vendido mas sim licenciado.
- Não posso abrir a caixa do aparelho (disassemble). Além disso, há um limite de 5 aparelhos que posso legalmente conectar e tenho que consentir que o fabricante possa recolher dados sobre a minha utilização.
- Concordo que estou a comprar o equipamento no seu estado actual, problemas de funcionamento incluídos e o fabricante não poderá ser responsabilizado pelas consequências do seu normal uso. Mesmo que o televisor expluda à minha frente.
Bill Gaitas é português
A manta de retalhos que é o Windows, bem visível pelo número de actualizações/«tapa buracos» com que anualmente o Windows Update nos brinda lembra-me por vezes a maneira portuguesa de fazer obras públicas. Estas nunca são verdadeiramente concluídas; o que está no projecto pode ser esquecido a partir do momento em que uma utilização minimalista se torna possível; o momento da inauguração é criteriosamente escolhido com objectivos eleitorais; e o custo final nunca é bem o anunciado.
Perante estes paralelismos, temos que concluir que o Bill Gaitas é português, não vos parece?
Digamos que deve ter umas gotas de sangue latino...
1 Abraço!
Não, o Gaitas não é português, mas mesmo assim temos que o gramar, até porque nos serviços públicos é essa a plataforma adoptada e até há sites de instituições públicas que apresentam erros quando utilizadas por outros browsers, que não o IE. Talvez tenha por cá um agente (não) oficial para garantir essa hegemonia.
Abraço do Zé
Deve ter montes de amigos a quem oferecer computadores... ou "vender" em suavissimas prestações, ditas grátis!!!!!
UM BOM FIM DE SEMANA!!
Felizmente existe algo chamado linux...
Garanto que não morde!
Um abraço
Se não é, tem uma forte costela!
:(