Blog & Roll
2007. Um ano como os outros. Parte 1.
2007. Um ano como os outros. Parte 2.
2007. Um ano como os outros. Parte 3.
Apenas um ou outro destaque:
«Fumar - Na Califórnia, a cidade de Belmont vai proibir que se possa fumar no interior das casas. Reparem bem: no interior das casas. Lá dentro. Direitos cívicos, onde andais?
José Eduardo Agualusa – Agualusa ganhou a edição deste ano do Prémio de Ficção Estrangeira do The Independent, com O Vendedor de Passados. Na entrega do prémio, até os seus inimigos angolanos estiveram presentes; do pessoal diplomático português, ninguém, apesar de terem sido convidados – e de Agualusa viver em Lisboa. Dá pena. Mas o seu romance As Mulheres do Meu Pai é um dos acontecimentos do ano – e o seu melhor romance. O mais romance de todos os seus romances.
Ortografia – «Valeu tudo: tratar um sujeito como predicado, usar um “ç” em vez de dois “s”, inventar palavras. O Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) do Ministério da Educação deu ordens para que nas primeiras partes das provas de aferição de Língua Portuguesa do 4.º e 6.º anos, os erros de construção gráfica, grafia ou de uso de convenções gráficas não fossem considerados. E valeu tudo menos saber escrever em português. Isso não deu pontos.» Esta é uma notícia do DN e está lá o essencial. Mas o ministério da Educação esclareceu. Segundo o director do Gabinete de Avaliação Educacional, «não faz sentido penalizar a incorrecção ortográfica na primeira parte, quando o que se pretende perceber é se o aluno compreendeu ou não o texto. Se uma dessas perguntas tiver zero porque tem um erro não conseguimos avaliar se o aluno percebeu o texto». Perceberam? Não entendo como os alunos podem mostrar «que compreenderam» um texto, explicando-o através de uma amostra de erros ortográficos. Sempre pensei que escrever mal era pensar mal, interpretar mal, explicar mal. Portanto, abreviando e simplificando, um aluno pode dar erros ortográficos desde que tenha percebido o essencial do texto que comenta. Numa fase posterior, pede-se-lhe: «Então, criancinha, agora escreve aí um texto sem erros ortográficos.» E ela escreve, escreve.»
Mundo cão mesmo
Que raio vamos deixar de herança aos filhos e netos...
BOM ANO para ti meu amigo