Ouro negro
Expliquem-me uma coisa difícil de entender : se em 2002 um barril de petróleo custava 70 dólares , o que equivalia, grosso modo, a 77 Euros, e hoje ele custa 100 dólares - o que equivale, sensivelmente, a 70 Euros - como é que se pode dizer que o petróleo está mais caro?
Salvo correcções para os valores actuais, o raciocínio continua válido.
O uso da referência EURO, ou US DOLLAR, utiliza-se segundo as conveniências do tal mercado que nos querem obrigar a acreditar que se regula a si próprio sem interferências da regulação do Estado. De facto mesmo com a regulação do Estado, diz-se que tudo aumenta ainda que nem sempre isso seja realmente verdade. Eles não são esquisitos, roubam-nos em euros, mesmo quando falam em dólares.
Cumps
A Economia é uma das ditas ciências sociais. A análise económica não é, nem pode ser exacta - ao contrário do que pensa o neófito na matéria por esta tratar com números. O funcionamento da economia baseia-se mais no esperado do que no existente. Ainda por cima, tudo funciona por ciclos ou períodos de sinal oposto; confiança e desconfiança, optimismo e pessimismo. Dois países que tenham o mesmo PIB, a mesma massa monetária, os mesmo volume de negócios, de importações e exportações, se passar um deles por um momento de optimismo e o outro de pessimismo, o primeiro terá um crescimento económico muito maior. Mas, se esse excedente de riqueza for mal usado (p.ex. com gastos em bens de luxo importados) não terá trazido qualquer vantagem a prazo. Será então útil incentivar um período de pessimismo para equilibrar os excessos do optimismo anterior. Estes climas de pessimismo são muito desfavoráveis para os cidadãos mas muito bem aproveitados pelas empresas, em especial aquelas que produzem ou comercializam produtos que não são substítuiveis, ou não têm equivalentes (pelo menos a curto prazo) como é o caso dos combustíveis. A GALP e as outras companhis que produzem e/ou comercializam produtos petrolíferos têm tudo a ganhar com este estado de pessimismo. No caso da GALP será bom analisar os enormes volumes de aquisições e investimentos que tem feito nos últimos 6 ou 7 anos - o presente ciclo económico.
Desculpe. Acho que me alongeui e, eventualmente, estou a ensinar a Avé-Maria a quem sabe já o Pai-Nosso...
Cumprimentos, caro Raposo.
Caros, aqui pode-se comentar à vontade que não há limites :-) (Ao contrário de certas confederações, que censuram os comentários. Mas isso é conversa para outra ocasião.)