Proposta de rede ciclável para Lisboa
A Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB) apresentou hoje, terça-feira dia 18 de Março, na Câmara Municipal de Lisboa (CML) uma proposta para a elaboração duma carta ciclável na cidade.
[...]
A proposta inclui ainda um mapa de rede ciclável para Lisboa onde o princípio seguido foi o de aproveitar a rede viária existente, apontando medidas que visem a integração da bicicleta nas vias de circulação rodoviária.
[...]
Capa da Proposta
Comentário
Pelo que percebi é uma proposta que procura o compromisso entre o desejável e o realizável.
A «estratégia apresentada tem em conta as dificuldades financeiras que a CML atravessa, propondo medidas de fácil execução e sem grandes custos – como é a implementação de sinalização vertical e horizontal – em vez de grandes obras e investimentos, por exemplo, na construção de vias próprias para bicicletas».
Creio que a existência de ciclovias baseadas em sinalização horizontal não impedirá, no entanto, que os automobilistas continuem a usar esse espaço, seja para circularem, seja para estacionarem. O que afastará os potenciais ciclistas, face ao risco que é circular por entre os carros.
Daí que tenho esta ideia faz algum tempo: porque não hão-de algumas ruas ser fechadas ao trânsito automóvel? Em vez de ser permitido aos carros passarem em todas as ruas da cidade, a ideia seria criar eixos de passagem (50 a 80 Km/h), ao lado de vias de circulação automóvel a baixa velocidade (30Km/h) e de vias apenas com circulação pedonal e de bicicleta.
Em vez de se levar o carro até todos os pontos da cidade, passar-se-ia a usar o automóvel para chegar à cidade e a recorrer ao transporte público e à bicicleta para curtas distancias (até 3km).
Isto seria praticável porque estradas que actualmente são usadas para trânsito local ficariam disponíveis para circulação em bicicleta.
A quem achar esta ideia algo esotérica, recomendo que se olhe o que se faz em muitas das cidades que o nosso PM está constantemente a usar como modelo para Portugal.
Textos anteriores sobre este assunto:
o costa dos churrascos estivais mudou o negócio do vice para a zona do tejo. finalmente os arranha-céus ribeirinhos com a ajuda do zé (the special one)