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«O blogueiro anónimo»

No Correio da Manhã, um texto de Rui Rangel sobre o anonimato nos blogs.

«Mas o blogue que permite que a grande maioria dos bloguistas se refugie no anonimato não é sério, nem presta um relevante serviço à sociedade.»

Conclui-se que um blog deve ser identificador do autor, sério e que preste relevante serviço à sociedade.

Por momentos até pensei que RR estivesse a falar da RTP.

A mim ocorre-me que só lê quem quer. E que o que é fraco cai na indiferença. E que as pessoas são adultas o suficiente para perceberem por si mesmas que não podem aceitar de olhos fechados tudo o que lêem nos blogs. Contrariamente ao que se passa na comunicção social, como sabemos!

«Mas também sei que esta característica específica dos blogues, assente no anonimato, tem servido para proteger gente cobarde e mesquinha, que se refugia nesta forma de comunicar para vinganças pessoais, para ofender a honra e o bom-nome das pessoas que dão a cara e que não têm medo de pôr a assinatura em tudo o que fazem.»

Vindo dum juiz, pessoa profissionalmente atenta às injustiças, não deixa de ser uma curiosa generalização. Notório, também, é o tom de violência verbal contido nesta escrita, na qual me parece haver mais «engenho» para «discutir pessoas» do que «ideias e princípios».

«Quem se esconde na caverna do silêncio e da penumbra, para ter o momento de glória quando escreve sem se identificar, demonstra fraca personalidade e não tem o mínimo de respeito e de amor pelos direitos de personalidade»

Obrigado sr. Rangel. Andava numa indefinição quanto à minha pessoa e agora fez-me luz. Só me falta o momento com a Glória.

Via Blasfémias