Natal na aldeia (4)
Nos dias de hoje tudo se faz para não traumatizar a criancinha. Não se contraria, nada se nega, todo o desejo é ordem. Mas nem sempre assim foi, em especial há trinta e tal anos atrás. Pois nessa altura para acalmar os ímpetos infantis era frequente invocar o papão que comeria as crianças mal comportadas. Entre esses papões, o homem do saco era particularmente tenebroso. Andava pela rua com um saco para levar as crianças travessas e nunca mais as trazia de volta. Apesar dum ou outro susto infantil e da sua paradoxal presença neste presépio, é um dos meus bonecos preferidos. Mas mantenho-o sempre a alguma distância do menino Jesus. Não vá ele aproximar-se com o saco e...
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