É a verdade ou a mistificação que cega?
Sobre as críticas e a crise, João César das Neves escreve hoje no DN que «formalmente, as críticas, mesmo com razão, deviam ser omitidas.» O argumento é o de deixar assentar a poeira, não vá o sopro da vozes desalinhadas com a opção de salvar a banca consolidar-se numa rajada de medos. Entre as várias considerações que esta atitude me faria tecer, a primeira delas advém desta afirmação vir de alguém que promove o lema «não há almoços gratis». Salva-o o «formalmente», que deixa em aberto a porta da crítica nos bastidores. Mas o problema nesta atitude é que trata a generalidade dos contribuintes como crianças incapazes de suportar o peso da verdade, o que gera mais desconfiança quanto ao real estado das coisas e quanto à bondade das soluções adoptadas.
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