a política na vertente de cartaz de campanha

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Tiro nos pés

«Movimentos de professores aprovam crachá contra voto no PS e em Sócrates»

E que me importa isso?


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Escrevi há uns tempos qualquer coisa sobre este contexto, pelo que, embalado pela preguiça, limito-me a reproduz. Serve para explicar o título deste post.

Visto da exterior posição em que me posiciono, ao eleitor que não seja professor pouco importa se estes terão que trabalhar mais, se mais estão a pedir reformas antecipadas e se lhes falta tempo para preparar aulas por causa da burocracia. No entanto, esta tem sido a vossa linha de argumentação. Ao eleitor interessa saber se os seus filhos estão a ser bem preparados, que estão em segurança na escola e que a despesa que terão suportar com a educação dos seus rebentos diminua. Se repararem, esta é a linha de argumentação do ME para convencer os eleitores sobre a bondade das suas políticas.

Permitam-me a ousadia de sugerir que são estes os argumentos do ME que vós precisais desmontar. Um outro aspecto consiste em encontrarem uma forma de resolver o problema dos habituais profs baldas e incompetentes. Notem, qualquer profissão tem maus profissionais e o ensino não constitui excepção. Acontece que as estruturas directivas das escolas toleram a sua presença e fecham os olhos. No fundo, permitem que turmas inteiras sejam mal preparadas, prejudicando os alunos e arruinando a reputação que os professores competentes constroem com o seu trabalho dedicado.

Acontece que a avaliação trazida pelo ECD não virá, na minha opinião, resolver este aspecto dos baldas. Sob a capa dos números do sucesso educativo, julgo que lá continuarão o seu habitual modo de trabalho, cumprindo certamente todos os aspectos da burocrática avaliação, mais do que melhor preparar os seus alunos.

A apresentação de propostas para resolver este grande problema traria sem dúvida a opinião pública para o vosso lado e dar-vos-ia, ainda, espaço para criticar o que está a ser feito pelo ME. Optando apenas pela crítica ao ME sem apresentarem alternativas apenas estarão a seguir os passos da vossa habitual “luta”.

Os portugueses têm o hábito da lamúria e de esperar que alguém lhes resolva os problemas em vez de os tomarem pelas próprias mãos. Assim me parece também acontecer com os professores no geral.


2 comments :

  1. Maria Isabel Pedrosa Branco Pires disse...
     

    Aí está uma proposta interessante e complicada.
    Como se viu pelo que saiu de um dia de trabalho em Leiria - um Crachá! E mais umas propostas já conhecidas, mas com outro nome. A Fenprof já tinha agendada para Abril o tal Referendo aos Docentes.
    Sobre a questão dos "baldas" eles sobreviverão em qualquer sistema e terão sempre o mesmo trabalho - nenhum. Como os podemos evitar,expulsar?
    Não é com sistemas de Avaliação Burocrátricos, nisso serão especialistas e talvez melhores que os "bons" professores.
    Mas isso não interessa discutir.
    É muito doloroso e implica a aceitação de muitos erros cometidos.
    Em épocas de luta, aparecem vários "generais" com os seus exércitos, que apesar de se dizerem a combater pela mesma causa caem sempre na tentação de medir o tamanho dos galões.
    Enquanto assim for vão aprovando crachás, já foi bom não terem aprovavado um crachá anti-sindical!

  2. Laurentina disse...
     

    Hufff estou realmente cansada, esgotada mesmo de aturar tanta palermice, ou atitude superficial.
    Cracháaaa, só visto ...por estas e por outras é que chegamos ao ponto a que chegamos.
    Este post diz tudo o que eu gostaria de ter escrito no meu.
    beijão grande

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