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Combater a corrupção com papel

O Público titula que o «PS vai dar a concordância genérica ao projecto do Bloco de Esquerda (BE) para o fim do segredo bancário como medida de combate à corrupção e ao crime económico». Hoje já ouvi na rádio alguém falar em momento histórico, o que me faz lembrar o Homem dos momentos Históricos, tanto pela parvoíce, como pelo facto de efectivamente não existir momento histórico algum. Com efeito, o segredo de justiça já pode ser actualmente levantado e não será por nova legislação que se resolverá o problema da corrupção em Portugal. Aliás, mais leis não passa de uma medida dilatória da presente inacção: aparenta-se que se faz alguma coisa quando o que importa (fazer a justiça funcionar) fica na mesma.  Por outro lado, acabar com o sigilo bancário é, para o habitual pagador das facturas do centrão político - refiro-me a si e a mim, caro leitor, dizia, acabar com o sigilo bancário é uma muito má notícia. Espere até ver o fisco chatea-lo para ter que provar porque não é um São Francisco de Assis, mesmo sem que a máquina fiscal tenha que provar a existência de crime.


1 comments :

  1. Anónimo disse...
     

    NÃO DEVERÁ TER O EFEITO QUE MUITA GENTE BEM INTENCIONADA ESPERA.

    Falta saber em que circunstâncias se vão verificar as contas bancárias, quem terá autoridade para o ordenar e quem o vai fazer. Desconfio que a medida visa apenas o aumento das receitas das finanças, uma vez que se vai fiscalizar apenar nos depósitos bancários acima de 100.000 euros (uma ninharia) e não se segue o "rasto do dinheiro": de onde vem, para onde vai e porquê? Tudo acaba com o pagamento de uma percentagem elevada às finanças e pronto (ponto final).

    Será que ainda não se vão verificar os movimentos de milhões que circulam entre bancos e as offshores "? ou entre os bancos? ou entre as outras empresas (as verdadeiras e as que se criam especificamente para movimentar os milhões)?

    Acredito que será o chamado "zé povinho" o principal fiscalizado e irá servir para se reduzirem uma vez mais as despesas sociais do Estado...

    As grandes transacções financeiras hão-de encontrar sempre uma qualquer forma de contornar a lei, mesmo que à partida isso não seja evidente...Talvez que pagamentos no estrangeiro ou em "cash" passe a ser a forma de pagamento nos casos de corrupção(?)

    Será que o Francisco Louçã combater esta forma de atacar a corrupção?

    Zé da Burra o Alentejano

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