a política na vertente de cartaz de campanha

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Os Novos Oportunizados não fazem manifs de 120 mil

João Miranda escreveu no Blasfémias um bom resumo do Programa Novas Oportunidades. Algo que eu poderia perfeitamente assinar por baixo.

Alguém lá num comentário trouxe à memória a formação profissional nos tempos de Cavaco. Além de sempre me espantar, acho fantástico que erros passados sejam evocados para desculpar erros presentes.Mas atenção, a memória não é curta pois há quem se recorde bem do caso da formação profissional com a socialista UGT.O facto é que aqueles tempos encheram bolsos de todos, da esquerda à direita, dos estudantes aos trabalhadores.

Quanto às Novas Oportunidades posso afirmar com conhecimento de causa que são um embuste, uma jogada para as estatísticas. Então faz-se um portfólio, recebem-se uns dossiers para estudar, fazem-se uns testes e, voilá, recebe-se um diploma e um brinde Magalhães?

Curiosamente, é nas Novas Oportunidades que os socialistas colocam uma aposta para o próximo programa eleitoral. É uma opção bem mais segura do que voltar a bater nos professores. Novos Oportunizados não fazem manifs de 120 mil e nunca se queixarão por causa de um canudo recebido sem suor. Queixar-se-ão, eventualmente, os prejudicados com isto, os que pagamos com impostos a bela estatística do Portugal Novo. Mas para esses existem as eleições.


2 comments :

  1. jorgefm disse...
     

    «Então faz-se um portfólio, recebem-se uns dossiers para estudar, fazem-se uns testes...».
    Apenas a primeira é verdadeira. De facto faz-se um portfólio. Agora estudar e testes posso garantir que só por acidente. Não é essa a premissa dos cursos. Apenas tenho vontade de dizer que é bem pior do que todos imaginam. Não acrescento mais por decoro e respeito às boas pessoas que tive o privilégio de conhecer quando nesses cursos trabalhei.

  2. j. manuel cordeiro disse...
     

    Bom, Jorge, no caso que conheço houve lugar a um teste de diagnóstico e foram disponibilizados uns dossiers para auto-estudo. Mas impressão geral foi má.

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