Estratégia: preparar eleições
Hoje foi aprovado no Parlamento mais um orçamento rectificativo. O Ministro das Finanças defendeu que não fazia sentido apresentar valores para o défice das contas do Estado nem os valor das dívidas das empresas públicas e afins como as Estradas de Portugal, o SNS, etc. Ficamos pois sem saber se foi aprovado um aumento de endividamento suficiente para pagar as despesas do Estado. O argumento é que as contas serão apresentadas com o próximo Orçamento de Estado. Eu acho que isso não acontecerá e tenho uma teoria. Pelos sinais
- de constante dramatização do Governo+PS,
- pela estratégia de procurar uma coligação governativa que o PS sabia nunca se concretizar,
- pelas teses da coligação negativa,
- pelo facto de estarmos com um governo paralisado,
- pela tentativa de encostar à parede o Presidente da República,
- pelo aparente recuar em tanta área bandeira do anterior governo,
sou levado a concluir que o PS optou pela estratégia de procurar a demissão de funções mal tenha um pretexto que lhe permita ganhar umas eleições antecipadas num contexto de extrema dramatização. Neste cenário, importa esconder a realidade do país. Dividida externa, défice, desemprego, endividamento público, prazos de pagamento a fornecedores, entre outros, constituem indicadores a adocicar. Não foram apresentados hoje com o orçamento rectificativo nem serão tornados públicos de forma não disfarçada no próximo orçamento pois isso seriam más notícias para a eleição antecipada por volta de Abril. Cá estaremos para aferir a previsão.
È absulotamente necessário haver eleições, não vá o PSD reoganizar-se. Por mim, estou-me nas tintas! Melhor dizendo: perdi a esperança de viver num país governado por gente séria. Eu já não exijo um governo bom, se fosse possível que fosse com gente séria já era muito bom.
Um abraço dum país governável