a política na vertente de cartaz de campanha

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Preparar o cabaz de Natal

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Visto de outra forma:

Mais impostos
(aumentos garantidos)
Menos despesa do Estado
(diminuições desejadas mas não garantidas)
239 100
280 258
200 150
SOMA: 719 0.35
  SOMA: 508.35
TOTAL = 1227.35 milhões de euros

 

2100-1227.35=872.65

Ou as contas do Público estão erradas ou faltam 872.65 milhões para chegar ao valor total da redução do défice.

Quanto às contas de mercearia, mais uma vez vemos que são os impostos que vão sanar as contas (719 milhões de euros) contra a redução da despesa de apenas 508.35 milhões de euros. Que isto fique na memória da próxima vez que o PM vier dizer que já baixou o défice uma vez e que sabe como o voltar a fazer.

Sobre o PSD, não conseguiu impor corte na despesa à altura do que era preciso. Falhanço. Mesmo o actual corte na despesa, se virmos bem, é mais uma espécie de guideline, em que não se sabe bem que despesas diminuirão, contrariamente ao aumento da receita que é uma certeza.

Este aumento da carga fiscal é o preço da última campanha eleitoral. Parabéns aos que louvaram os que salvaram empresas (sem as terem salvo), aos que optaram por discutir o casamento gay e o carácter do PM (em vez de discutir as contas públicas) e aos que acharam e acham que o investimento público nos vai alguma vez tirar da miséria (à Mota-Engil tira, que ainda agora viu os seus lucros crescerem 25%).

Parabéns ao PM que sistematicamente procura ludibriar os portugueses quanto ao estado do país. Diz que o mundo mudou, o que não é novidade alguma - basta recordar Camões. A culpa é "deles" não passa da estratégia da avestruz. Na verdade, a culpa é dos que estoiraram com as contas nas vésperas das eleições e dos que, apesar disso, neles votaram.

De resto, parabéns ao todos os partidos políticos que são absolutamente incapazes de baixar a despesa do estado. O dinheiro não cai do céu. Enquanto não se convencerem disto mais do mesmo virá. A próxima prenda parece ser já no Natal.