Mais vale rir – 158
Prepara esta sequência de imagens para um texto (que acabou por não sair) sobre a evolução da política portuguesa nos últimos anos.
Na minha perspectiva, a nossa governação tem funcionado por camadas que se sobrepõem, onde novas características se foram sobrepondo às anteriores. Pelos anos 80 assistimos à governação pela produção legislativa. Esta manteve-se no reinado de Cavaco mas a transformação da política em números económicos foi notória. Com a chegada de Sócrates vimos a estas dimensões serem introduzidos os "estudos" (da OCDE, por exemplo) para justificar decisões políticas. Neste contexto, o governo não era responsável pelas suas decisões, que o ultrapassavam pela sua inexorável inevitabilidade. A par com esta abordagem, acentuou-se o cariz mediático da política em que passámos a assistir à apresentação de políticas em directo nas televisões e pela primeira vez, em vez de estas surgirem nos habituais contextos de debate político, como o parlamento. Esta última camada corresponde à governação pela aparência, na qual as agências de comunicação substituem os órgãos de comunicação social.
Mas é preciso não esquecer que estas formas de governar só existem porque é desta forma que os eleitores se deixam convencer, demitindo-se da análise da realidade. Não há coitadinhos nesta história.
(republicações, diariamente às 12h30, de bonecada antiga)
Já nem se pode dizer que é uma geração rasca (de políticos), mas estamos muitos - à rasca.
Cumps
Sem dúvida, meu caro.
Já agora, pegando na deixa, esta é a geração J, de "jovem". A geração do cartão jovem, que vive com os pais até aos 30+, que tem jovens agricultores aos 45, que...