O dominó (2)
O sub-director-geral da Administração da Justiça, Fernando Sousa Marques, demitiu-se por não concordar com o negócio da informatização da Justiça.
É de recordar as recentes demissões na Justiça:
- O Secretário de Estado da Justiça, João Correia, demitiu-se
- O director-geral da Administração da Justiça, José António Rodrigues da Cunha, demitiu-se
- Agora, o sub-director-geral da Administração da Justiça, Fernando Sousa Marques, demitiu-se
O que é que se passa neste sector fundamental para um Estado de direito? O dominó vai progredindo. É de sublinhar que Santana Lopes foi corrido por menos.
Ficam aqui algumas partes da carta de demissão do sub-director-geral da Administração da Justiça (fonte: SOL).
- “Fernando Sousa Marques considera que a opção de entregar o desenvolvimento das aplicações informáticas dos tribunais em regime de outsourcing«não serve os interesses» da Justiça e do país.”
- «Continuo a pensar que desenvolver aplicações informáticas para os tribunais em regime de outsourcing total não serve os interesses, nem da Justiça, nem do país e é susceptível de agravar o défice orçamental do MJ [Ministério da Justiça]», refere Fernando Sousa Marques, referindo-se à entrega da tradução do sistema informático da Justiça (CITIUS) à empresa Critical Software.
- «A transferência de atribuições e competências da DGAJ para o ITIJ, com a dimensão projectada, sem um ponderado faseamento e sem a audição e participação prévias de todos os stakeholders e, particularmente, de quem conhece o «negócio» (.) e que, durante anos, desenvolveu as principais aplicações para os tribunais, é um erro que está assinalado e descrito em qualquer bom manual sobre Gestão da Mudança»
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