a política na vertente de cartaz de campanha

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O FMI vem aí

O FIM vem aí

O Tribunal de Contas acha que Aeroporto de Beja avançou sem garantias de viabilidade. O que eles não sabem é que essa obra de 34 milhões de euros faz parte da estratégia para evitar o FMI.



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Pr'á veia

estado viciado em impostos 

OE 2011 aprovado pelo PS e com a abstenção do PSD. Um Estado viciado em impostos vai receber ainda mais impostos. Diz que é para baixar o défice, ou seja para reduzir a quantidade de dinheiro que o Estado gasta. Faz sentido.



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Links: sites de desenho

Descaradamente copiado do blog de Brandon Pedersen, uma lista de links para quem se interesse por desenho.



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Uma casinha caiada

casinha

Era uma vez uma casinha, trabalhadora mas com a pintura desbotada pela intempérie. Levantava-se quase às nove, já em plena hora de ponta da rotunda de Massamá, apesar do despertador diariamente fazer tiriri-tiriri-tiriri com uma antecedência suficiente para evitar correrias. Mas o Malato, depois o Espírito indomável e por fim o CSI empurram a leitura da Margarida Rebelo Pinto para tão tarde que as manhãs se colam às costas da noite.

A sua juventude foi fulgurosa, irrequieta, imediata. Sobretudo imediata. Hábitos de trabalho e esforço pouco importavam quando o branco da sua fachada tanto olhar ofuscava. E quando a telha marselhesa do seu beiral, desgrenhada ao vento em trejeito rebelde, fez notável sensação. Quem se preocupa nessa idade com anexos e garagens, fontes de atenção para toda a vida?  Ou com arrecadações para os 12 anos de enciclopédias trazidas diariamente à porta, isto se descontarmos as férias do Natal, da Páscoa e do Verão. O tempo era o instante e este incompatibilizara-se com o planeamento do futuro.

Com os pilares cansados e o branco sujo, os dias passavam rotineiros e sem expectativas. O vigor era menos e já havia dado como certo o seu rumo quando o Engenheiro a encontrou. Mirou-a e sabedor que ali teria uma eleitora, deu-lhe a conhecer a Revelação. Um andaime, uns dossiers e três meses de auto-ajuda na escrita da sua Experiência de Vida trazer-lhe-iam uma pintura nova e de primeira qualidade. Igualzinha à daqueles que estudaram 12 anos de fascículos da Luso-Brasileira. E que, se usasse uma encadernação térmica com capas plásticas, ainda se poderia candidatar-se ao Superior Patamar que lhe seria colocado por cima do terraço.

Novas Oportunidades não aparecem todos os dias e a casinha empenhou-se. Hoje está pintada com 20 valores e quase não se vêm as rachas no reboco nem a derrocada parece tão eminente. Continua a ficar presa no engarrafamento matinal mas agora, Doutora feita, não se coíbe de barafustar com maior veemência quando não lhe facultam uma passagem prioritária na bicha. E até lhe faz bem, já que assim entretida vai ficando no esquecimento o prometido amanhã dourado que uma fachada caiada para inglês ver não trouxe.



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Kiva

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Kiva é um projecto de micro-crédito de privados para privados para privados. Com 25 dólares pode-se contribuir para a angariação de fundos que alguém esteja a fazer para lançar o seu negócio pessoal. Quando os donativos a uma pessoa são atingem o valor pré-estabelecido, a Kiva entrega-lhe esse dinheiro. Essa pessoa monta o negócio e procede a um plano de pagamentos pré-estabelecido. Há ano e meio fiz dois empréstimos de 25 dólares, um à sr.ª Jeannette Egbare e outro ao sr. Kodjovi Tinin Kougblenou. Kodjovi já pagou a totalidade do empréstimo e Jeannette já pagou 78%. Podia ter recuperado o dinheiro que já me foi pago mas optei por re-emprestar, ajudando  a sr.ª Mariam Danielyan. Quando a sr.ª Jaeannette acabar o pagamento, voltarei a fazer o mesmo.

(Uma iniciativa de que tive conhecimento pelo Gabriel Silva)



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Ai os mercados e tal

Herman Enciclopédia a imitar David Attenborough. Enjoa-me esta conversa dos mercados. Como se fosse um ser que nos olha agachado por trás de uma giesta, como naquele famoso sóquete da Herman Enciclopédia a imitar o David Attenborough.

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Vêm a tempo para quarta-feira

Blindados chegaram a PortugalHá quem por aí quem se indigne face aos indispensáveis blindados comprados para a cimeira da NATO terem chegado tarde demais. Será mesmo assim?

 foto

 



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A filha do ministro

Carolina Amado e Barack ObamaCarolina Amado, filha do ministro dos Negócios Estrangeiros, posou para uma foto com Barak Obama. Inesperado? Parece que sim. Mas mais surpreendente para mim foi ela fazer parte da comitiva de recepção.

Parece que a esposa do ministro o costuma acom-panhar e desta vez não podia, tendo por isso ido a filha. Mas parece que a esposa de Obama também o costuma acompanhar e não estava lá. Nem as filhas dele. Nem, aliás, as esposas nem as filhas nem os filhos dos restantes membros da comitiva de recepção.

Portanto, inesperado para mim foi ver a filha do ministro lá. Aliás, ela nem constava do protocolo, o que aponta para uma frágil explicação sobre a indisponibilidade da esposa do ministro.



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Os ratos são os primeiros a abandonar o navio...

image ... e os boys de um governo em queda são os primeiros a agarrarem-se aos tachos. Depois da boyada do Paulo Campos, mais um exemplo de ética republicana.

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Sem desgosto

the social network movie



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Mande-se-lhes o Steven Seagal português

image Ó ironia das ironias, segundo a Antena 1, a União Europeia está em risco de ficar sem orçamento para 2011, ficando no próximo ano a viver de duodécimos. Tal como no caso do orçamento português, onde também a UE vaticinou a urgência de termos OE2011, antecipa-se uma onda de recomendações, desde o Presidente da Junta de Xafaricas da Encarnação até ao Presidente da Estrutura de Missão Para o Estudo dos Cargos a Nomear Por Paulo Campos, para que aprovem o orçamento comunitário. Caso contrário, os mercados (quem?!), o caos, o precipício e fim do mundo acabarão com a União e, ainda pior, trará de volta o Durão Barroso ao seu Portugal de tanga.

Mas nem tudo está perdido. Temos o ponta de lança certo para conseguir acordo nas negociações, Eduardo Cartroga, perito em assinaturas e poses fotos feitas em Blackberries. Juntem-se-lhe os Abrantes que levarão à UE as suas estrategas de atirar areia para os olhos e, num instante, logo se vai falar de tudo menos do orçamento comunitário. O que adicionalmente teria a vantagem de estes assessores deixarem temporariamente de ser pagos pelo Estado, aliviando as nossas contas públicas, salvando o défice e, quiçá, permitindo a compra de dois torpedos para o Arpão e para o Tridente, os quais seriam de usar se algum barco pró-aborto voltasse a aproximar-se da nossa costa. Finalmente, e para concluir a equipa de sucesso, convidar-se-ia a f., o Vale de Almeida e mais uns Jugulares e era garantido que o rumo da discussão passaria definitivamente do orçamento da UE para a injusta cor bege dos pensos e adesivos.



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Os buracos do Estado

Houve um primeiro-ministro, a que já chamaram o Menino de Oiro do PS, que em tempos se gabava de reduzir o défice e de o fazer sem desorçamentação e sem receitas extraordinárias. Recordando uma conhecida frase de Lincoln, se é possível enganar todos durante pouco tempo, também é possível enganar poucos durante muito tempo. Mas não é possível enganar todos durante todo o tempo. E a verdade veio à superfície.



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xkcd

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DBH trouxe-me à memória o xkcd. Vale sempre a pena lá voltar.



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Pedir ao BCE ou ao Credibom?

caramelos de vinagre O Estado pediu hoje emprestado 1.242 milhões de euros a uma taxa média de 6,8 por cento. Mais um pouco e parece o crédito obtido junto das credibons e afins.

E para que serve este dinheiro? Para pagar, por exemplo, 33 milhões de euros estoirados em brinquedos eleitorais. E para manter o rol de boys, como estes antigos e outros mais recentes. E ainda para as empresas do regime. E ainda... e ainda para muita coisa que para nada nos servirá, já que os serviços que o Estado nos presta (educação, saúde, segurança, etc.) são cada vez mais escassos. Ou inexistentes. (Estou a lembrar-me, por exemplo, do facto de eu não ter médico de família e, querendo consulta, só gastando um dia de trabalho para a fila no posto médico ou pagando 70 a 100 euros no privado.)

Dizem que é sacanice dos mercados. Será? Como diz o povo, quem não deve, não teme! O que os apologistas deste assobiar para o lado (a culpa é sempre "deles") parecem procurar disfarçar é que só estamos como estamos porque o Estado gastou muito, mas mesmo muito, mais do que tem.

Chegados aqui, vamos apontar dedos a quem caros leitores? Aos políticos? Ora pensem lá em que programas eleitorais votaram nos últimos 30 anos. Pois é, as promessas eleitorais têm preço. Houve rebuçados e agora há vinagre. Como dizia o outro, é a vida...



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Casos de estudo: vogais vs. administradores

Caso de estudo nº 1

MARCOS AFONSO VAZ BATISTAMarcos Afonso Vaz Batista
Licenciado em Economia. Especializado pela Avon Cosméticos Internacional em Técnicas de Venda Marketing e Merchandising e possuidor de diversas acções de formação em Vendas Por Catálogo Comunicação e Marketing. Vendedor Marketing Manager da Avon Cosméticos S.A. Contabilista. Director Financeiro  de duas empresas que ninguém conhece das empresas Área Dinâmica e Laveiro. Boy nomeado para várias empresas estatais. Administrador dos CTT – Correios de Portugal S.A. e Administrador da PayShop (Portugal) S.A.

Caso de estudo nº 2

LUÍS MANUEL PINHEIRO PITEIRALuís Manuel Pinheiro Piteira
Frequência do 3º ano de um curso de  Contabilidade e Administração. Trabalhou nas áreas de Operações e Contabilidade de duas empresas. Geriu uma carteira de fundos e de seguros. Trabalhou como controller. Vogal do Conselho de Administração da Empresa de Arquivo de Documentação, do Grupo CTT e do Conselho de Administração da Payshop  S.A.

Destes dois casos de estudo trazidos até nós por Paulo Campos conclui-se que terminar um curso e ser vendedor da Avon são dois aspectos essenciais para distinguir o cargo de administrador do cargo de vogal de uma empresa que faz a mesma coisa que os pagamentos de serviços do Multibanco mas com mais burocracia (e maior despesa).



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Como numa novela de há uns anos

RTP: primeira mira técnica Há uns anos, quando televisão e RTP1 eram sinónimos, mesmo se atendermos ao fugaz lampejo que eram as quatro ou cinco  horas de emissão nocturna da RTP2, a telenovela que estivesse no ar tinha sempre alguns pontos em comum. Lembro-me das actuações com ar forçado e, apesar delas, da continuada presença dos mesmos rostos. Como se uma má representação não fosse motivo suficiente para mudar de actores. Mas tudo se passava em circuito fechado, numa viagem por vias paralelas à realidade.

De cada vez que olho esse Prós&Contras parece que estou a ver uma dessas novelas. As mesmas caras e a mesma artificialidade, também funcionando em re-alimentação.

Como é que se mudam estes actores que nos governam quando o público acaba sempre por bater palmas no final da peça?



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Desaumentos salariais - II

O João José Cardoso já referiu três desaumentos salariais, especificamente os da educação, da saúde e, pasme-se, da Câmara de Elvas. A táctica continua em implantação e agora é a vez dos secretários e oficiais de justiça. Estes estão a receber, pessoalmente e por correio registado, uma missiva assinada pela sub-directora geral da administração da justiça, na qual se lhes comunica que, afinal, não têm direito a abono por falhas, visto que autorização para tal não foi concedida, pelo que terão que repor as quantias recebidas desde Janeiro de 2009.

abono para falhas - reposição

Carta registada que está a ser enviada às Secretarias de Justiça

 

Despacho de atribui o abono para falhas atribuído aos secretários de justiça

 
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Rectificação (despacho de 04/11/1992, publicado no Diário da República, II Série, de 25/11/1992)

Clicar nas imagens para ampliar

É de salientar o aspecto cínico na forma como a questão foi colocada: «caso tenha interesse», poderão os montares «recebidos indevidamente» serem pagos em prestações. Em causa estão, ao que soube, 1.898,38 euros. Cujo direito se demonstra por consulta ao OE2009 (no artigo 24, nº 2 da Lei do Orçamento de 2009 está definido quem tem direito ao abono para falhas, nele cabendo os oficiais de justiça).

Não são reformas douradas mas é dinheiro. Já para não falar que o Estado ser pessoa de bem é uma valente hipocrisia.

 

Mais:



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Notícias desse país

Campos junto ao Rio Pranto

Sem televisão e com pouca rádio - mas sobretudo sem net - têm os dias passado sem sobressaltos. O temporal que fez furor nas notícias, facto que pude (desnecessariamente) comprovar, trouxe-me anos idos à memória. Tempos em que as manhãs começavam com quinze minutos de caminhada até à camioneta que me levaria à cidade, a dezoito quilómetros de distância, onde depois de outros vinte minutos chegaria ao liceu. Nesses idos anos oitenta, antes das obras de hidráulica do Baixo Mondego, eram frequentes as cheias nos campos de arroz. Não havia televisões a fazer a cobertura - até porque só havia "a" televisão - nem prevenção civil a emitir alertas. Mas as pessoas sabiam que a chuva viria e preparavam-se. Limpavam valetas, removiam a vegetação das valas e, também, o solo não estava tão impermeabilizado com cimento como agora.

Tal como por estes dias, o dinheiro era igualmente escasso. Banalidades de hoje, como uma bola de berlim, eram uma alegria. Que por vezes se trocava por uma outra maior, que era a ida à Luna para dois jogos de Space Invaders - duas moedas de dois escudos e cinquenta centavos (vinte e cinco tostões como lhes chamávamos). Os dias de então eram como estes que agora experimento na ausência do frenesim noticioso. E sem o desemprego, coisa que se ouvia dizer ser alta em Espanha, deixando-nos patrioticamente confortados. E com as mesmas cheias, que eram boas por fecharem a estrada do Campo, o que significava dia sem aulas por causa do autocarro não passar.

Alcatrão e betão à parte, trinta anos não mudaram assim tanto os dias de hoje. Excepto que o desemprego chegou em força e a histeria político-noticiosa é mais omnipresente, muito graças aos novos canais televisivos.

 

Foto: bordadocampo.com. Sobre as cheias do Baixo Mondego, ver: A Ponte-Açude de Coimbra (e também a DGADR).