a política na vertente de cartaz de campanha

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RSF, só carece de pachorra


The American way of life tem trazido até à minha caixa de correio viagens de sonho, riqueza instantânea, super descontos e o cartão do ti Zé de não sei onde que tem um telemóvel e jeito para reparar canalizações (sem recibo, que se fosse para andar nas escritas tinha ido para escriturário).

Tudo coisas de que não preciso, portanto.

Há uns tempos fiz uma pequena reparação no carro numa dessas oficinas de esquina. No caso, a esquina fica num parque de estacionamento dum centro comercial e a oficina é a Precision. Ao pagar, a louraça da caixa constatou que eu não tinha ficha de cliente. Fiquei um pouco embaraçado mas ela assegurou-me que precisava de abrir uma antes que pudesse pagar os oito euros e cinquenta da despesa. Perante aquele generoso decote, dei-lhe tudo: morada, número de telefone e até a hipótese de ela me dar o dela.

Passei a receber correspondência mensal, mas de Precision. Vales de desconto para outras reparações e, duma vez, uma proposta qualquer incluindo um envelope RSF. Peguei em todo aquele desperdício de recursos naturais, juntei-lhes uns rabiscos numa das folhas enviadas e coloquei-os dentro dentro do RSF.

Os rabiscos diziam: "Por favor, não me enviem mais correspondência não solicitada. Ao abrigo da legislação em vigor, exijo ser retirado da vossa base de dados de marketing."

Agora, cada vez que recebo papelada desta que inclua um envelope de resposta sem franquia, devolvo o presente à proveniência. Os últimos foram os da COFIDIS.

Todos ficamos a ganhar. Os correios têm mais serviço, os melgas sempre recebem uma carta minha e passa-se a poupar algum papel e tinta. Além disso, a minha caixa de correio não fica cheia, ponto essencial para a eventualidade de um dia a louraça da Precision me escrever!