a política na vertente de cartaz de campanha

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A origem da motivação para a politíca

a origem da motivação para a política

Temos sentido na pele as consequências dum Estado que estoira recursos sem os ter para alimentar uma certa função pública, aquela a que chamo de a função pública do tacho. Existe para se servir a si mesma, numa dança de cadeiras entre os amigos do partido que estiver no governo. É o caso das inenarráveis indemnizações presenteadas a gestores nomeados por um governo e substituídos por outros gestores, nomeados pelo governo seguinte, que já se sabe virão a ser substituídos quando outro governo vier, etc, etc.

Mas não se limita às indemnizações. Não nos podemos esquecer dos prémios de desempenho, das nomeações à la carte, da acumulação de cargos com as Empresas Municipais, da "inserção" dos amiguinhos em empresas com participação pública, só para nomear alguns expedientes que descarados como Teixeira dos Santos dizem que está tudo dentro da lei. (Obviamente que está, foi feita pelos próprios beneficiários!)

Mas quando dizia que todos temos sentido na pele as consequências deste regabofe, será que todos as têm mesmo sentido? Alguns viram aumentar a idade a que se podem reformar, outros perderam salário real, todos apanhámos com o aumento do IVA em 4%, do ISP, do IMT e do IMI e por aí fora. (É bom não esquecer que o IVA era de 17% e que nos foi prometido baixa-lo de 19% novamente para os 17% ao fim de 6 meses!) No entanto, há uma classe profissional que se mantém agora e sempre inabalável, imune a este apertar do cinto. Curiosamente, é a mesma que nos obrigada a passar por estes problemas. Refiro-me à classe política! Vejamos: continuam a ter a reforma por inteiro ao fim de 12 anos de parlamento (doze!!!); têm direito a subsídio de integração na vida profissional depois de saírem da política (como se alguma vez tivessem interrompido a actividade profissional); podem acumular a actividade política com o trabalho da sua profissão; têm...

Bem, há algum ponto em que estes pobres coitados tenham decidido eles mesmo apertarem o cinto? Ah! sim, há aquela lei de só puderem receber 1/3 dum rendimento que se acumule com o cargo político que desempenham... Uauuuu

O défice diminuiu porque pagámos mais impostos, porque recebemos menos serviços prestados pelo Estado e porque uma parte dos que trabalham no Estado passaram a ganhar menos. Não foi por a política já não ser encarada como o trampolim para um bom tacho.


3 comments :

  1. Anónimo disse...
     

    Gosto muito do desenho.
    Quanto ao texto concordo com tudo.
    Abraço

  2. Maria Lisboa disse...
     

    http://tsf.sapo.pt/online/economia/interior.asp?id_artigo=TSF179088


    http://dn.sapo.pt/2007/03/29/economia/reforma_socrates_e_a_mais_radical_un.html

    http://dn.sapo.pt/2007/03/29/economia/premios_desempenho_fracassaram_ocde.html

  3. Alien David Sousa disse...
     

    Pois é! E sabes o que não tem piada nenhuma? É que quando chegar o dia de irmos a votos, vai uma aposta que o MR SIMPLEX ganha?

    Ele ri, faz o que quer. Não tem oposição. E no dia do julgamento, vai rir ainda mais. :|
    É essa certeza que lhe ofere a arrogância que usa e abusa.

    Saudações alienígenas
    p.s desenhas bem! ;)

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