a política na vertente de cartaz de campanha

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Maria do Céu Machado, alta comissária para a saúde

Segundo a Agência Financeira [link]:
O relatório é apenas preliminar e deve ser colocada em discussão pública. Mas a comissão considera que Portugal é um dos países mais generosos em matéria de benefícios fiscais na saúde, havendo países onde não existe qualquer incentivo fiscal para as despesas privadas em saúde.

Devo andar distraído, já que ainda não dera por essa generosidade! Segundo artigo do JN [link], várias especialidades têm vindo a desaparecer do SNS, por falta de investimento em meios humanos e equipamentos. Eis alguns números dessa fantástica generosidade do Estado e da sua silenciosa privatização da saúde:

Especialidade% de utentes que recorre ao privado% de utentes que recorre ao generoso serviço público
Dentista92.0%8.0%
Oftalmologia67.0%33.0%
Ginecologia54.0%46.0%
Cardiologia54.0%46.0%
Ortopedia45.5%54.5%

E quem é essa comissão de peritos que, entre outras medidas, recomenda que as despesas de saúde deixem de contar para o IRS, que as taxas moderadoras sejam para todos e que passem para os 25 €? Eis algumas frases soltas tiradas da entrevista de Maria do Céu Machado - a respectiva presidente - à RTP2, hoje, às 22h (citadas de memória):
  • Há quem use e abuse do serviço nacional de saúde;
  • Os doentes estão inscritos em vários centros de saúde e vão ao médico aqui e ali. Não é assim tão raro, a população gosta de ouvir outra opinião;
  • A população pede análises em vários sítios;
  • Acho extremamente difícil definir o que é ir exagero sobre "ir ao médico". Os médicos queixam-se que eles não largam o hospital; o doente sente-se bem em lá voltar.
Fixe bem a cara e o nome desta mulher. Esta pessoa, que se revela em frases como as anteriores, é alta comissária para a saúde, um dos «técnicos» encarregue de fornecer mais um «estudo» para fundamentar decisões políticas.

Acreditando nas palavras desta senhora, o SNS está doente porque os portugueses fazem dele uma espécie de theme park onde vão tirar férias em massa.


9 comments :

  1. Anónimo disse...
     

    Pois… este "povinho" é assim, faz do acto de ir ao médico um "pugrama".
    Não tenho nada para fazer amanhã: vou ao médico.
    Estou saturado de estar em casa a ver novelas: vou fazer umas análises.
    Tenho necessidade de desabafar porque estou reformado e mal pago: vou fazer um ECG.
    Estou cansado de ouvir tanta barbaridade sobre o Serviço Nacional de Saúde: vou "arrebentar" com as "fuças" daquela gaja que é paga para me convencer que os culpados são os subsistemas de saúde.
    É assim que um governo dito socialista faz aquilo que criticava ao Bagão Félix.

  2. Fliscorno disse...
     

    Ir ao hospital, cheirar éter, ver as enfermeiras... sempre que posso passo por lá :)

  3. Anónimo disse...
     

    palerma és tu! nao sabes quantas vidas salvou esta mulher nem o valor que tem. a isso chama-se ignorancia; nem percebes a realidade das pessoas q vao ao hospital pq sim.le mais e dps comenta.

  4. Fliscorno disse...
     

    Muito obrigado caro/a anónimo/a! Perante tão cabal esclarecimento, estava quase a pedir mesericórdia perante a minha blasféma mas depois reli as declarações de Maria do Céu Machado.

    Não questiono as vidas que terá salvo, no âmbito da actividade profissional para a qual é paga, mas sim a sua actuação como pessoa capaz de se pronunciar politicamente em relação aos destinos do SNS.

    O que me leva, salvo contrária argumentação - digna desse nome - a repetir o que escrevera.

  5. leonor disse...
     

    É um facto que muitos doentes procuram o hospital como local de ocipação do seu tempo, como forma de terapia psicologica, de convivio e partilha de sintomas e doenças e percursos de vida, e compartilham esperanças e angstias certezas e dúvidas com os outros doentes na sala de espera, em particar nas doenças crónicas. é um facto insofismavel para os funcionários de saúde que olham com bomnomia este tipo de doente.

    Mitas vezes não estao doentes, necessitam de relaxar e esse momento de convívio inclusive com o seu médico é ma ralidade q a DRA MARIA DO CEU MACHADO bem conhece e por isso a afirma.

    Alguns doentes tem de facto processos clínicos em varios serviços de organismos diferentes, e quando recorrem a um hospital na condição de 1ª conslta, pwerante a ideia de solicitar o seu prcesso no local de one vieram, para evitar repeticção de exames complementares desnecessários, preferem não o fazer porque pretendem manter os dois serviços e repetir os exames afim de se decidirem pelo mais conveniente.

    natralmente que o desejpo de otra opinião é licito legal e m direito, mas a economia de gastos no sentido de regdução de reptição de exames é também lícito.
    são acertos e não a alienação do SNS que segramente a Porf M do CEU PRETENDE lEONOR ALMEIDA

  6. Anónimo disse...
     

    Nao é por acaso que esta profissional mereçe o cargo que ocupa é pelo seu profisionalismo, amor e dedicaçao a sua profisão e aos seus doentes,embora numa façe menos boa das nossa vidas tive o prazer de a conheçer,com muito profissionalismo e rapidez consegui resolver a tempo o problema renal do meu filho.espero que a vida lhe de tantas alegrias quantas ela ja deu a muita gente tratando das pessoas que nos são queridas.

  7. Anónimo disse...
     

    Os termos do comentador mor deste blog (em conjunto com uma pita-cega, que deve ser mesmo ver mal...)mostram uma das razões porque este país está como está: confunde-se defender e debater ideias com insulto barato e reles, como é o caso aqui. E ainda por cima relativamente a uma profissional com amplas provas dadas e das pessoas que mais tem feito pela Saude em Portugal (basta ver o exemplo do serviço de pediatria que dirigiu durante vários anos no Amamdora-Sintra). Na verdade nem sei por que estou aqui a perder tempo com gente que fala do que não sabe e faz um objectivo de vida ofender quem trabalha. A internet agora potencia a expansão do disparate...

  8. j. manuel cordeiro disse...
     

    Vamos lá ver uma coisa: não critico o profissionalismo da pessoa em causa. Nem o podia fazer, já que não a conheço. O que está aqui em causa são declarações públicas feitas na qualidade de político. E o meu comentário é igualmente político. No 4º comentário já o havia dito, basta ler.
    Cumprimentos,
    Jorge

  9. j. manuel cordeiro disse...
     

    Em todo o caso, removi a adjectivação que nada acrescentava ao ponto essencial deste post.

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