a política na vertente de cartaz de campanha

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A realidade político-económica e o marketing político

Ruy, no seu classepolitica disserta com clarividência sobre o resultado do controlo dos meios de comunicação social e do marketing político na manipulação da realidade política e económica. Leitura recomendada, da qual aqui ficam alguns excertos.

In http://classepolitica.blogspot.com/2007/06/grande-iluso_9967.html

Será que a criação de Institutos e outros Órgãos do Estado depois de 1995, que acarretou um acréscimo de funcionários na ordem dos 120.000 e uma despesa acrescida da ordem dos 25% (3,75% do PIB), contribuiu para a melhoria dos cuidados pretados pelo Estado, na Justiça, Educação, Saúde, Segurança, etc, na mesma ordem de grandeza? Seguramente que não.

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A criação de Institutos Públicos e de toda uma extensa variedade de organismos do Estado, bem como a criação das Empresas Municipais, tornou-se o maior sorvedouro dos dinheiros públicos. Criaram-se serviços paralelos aos já existentes nas Câmaras e no Estado, sem qualquer objectivo de melhorar a eficiência ou a racionalidade da Administração.

[...]

De acordo com informações prestadas pelo próprio Ministério das Finanças, as receitas extraordinárias de 2006 ascenderam a mais de 2.121 milhões de euros, a saber: antecipação de impostos sobre o tabaco (300 milhões); vendas de património (439 milhões); dividendos extraordinários e antecipados (REN-60 milhões); dividendos extraordinários (GALP-124 milhões, recuperações de créditos líquidas de adicionais da operação de titularização(1.198 milhões).Receitas extraordinárias que somadas equivalem a 1,4% do PIB.Não fossem estas receitas extraordinárias, e o défice seria de 8.176 milhões de euros, correspondentes não a 3,9%, mas a 5,3% do PIB.Valor superior ao apurado em 2004 quando Bagão Félix era Ministro das Finanças, que foi de 5,2%, não incluindo receitas extraordinárias (2,9% com receitas extraordinárias).

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[No IRS cortaram-nos] benefícios fiscais como nunca e no IVA todos nos lembramos que o governo aumentou a taxa de 19% para 21% contra todas as promessas eleitorais. E 2% numa taxa que era de 19% significa um aumento percentual dessa taxa na ordem dos 10,53%, e se considerarmos que durante o mandato (do ponto de vista dos resultados da cobrança) de Paulo Macedo ocorrerem dois aumentos de 2% (a que corresponde um aumento de 25,53% da taxa) o resultados são ainda mais desastrosos, em 2004 o IVA desceu 2%, em 2005 cresceu 12,8% e em 2006 cresce apenas 6,2%.


Evolucao da Receita Fiscaldesde 1996