a política na vertente de cartaz de campanha

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2. A sátira aos partidos: BE

BE: bloco na esquerda

Por alguma razão que não identifiquei, existe uma certa crença de que a esquerda deve ser irreverente e, ainda, que irreverência precisa de conotação sexual. Talvez por isso o Movimento Gay, Lésbico, Bissexual e Transgénero e o casamento por parte de casais homossexuais façam bandeira no BE. Sinceramente, pouco me importa a postura sexual de cada qual desde que eu não seja parte envolvida e, parece-me, que também o Estado nada tem a ver com isso. Pretender que o Estado vá além do reconhecimento das uniões de facto gay, ambicionando transforma-las em casamentos - acto paradoxalmente conservador - não é vanguardismo mas sim pirosíce.

Estas e outras opções similares (por exemplo: defender que não se usem animais nos circos como se o circo fosse necessariamente um antro de tortura) acabam por ser o bloco que impede a ascensão a outros patamares eleitorais. O que poderia acontecer graças à postura ambiental defendida, às preocupações com o Estado social e à visão contundente das temáticas da economia.


7 comments :

  1. Maria Lisboa disse...
     

    Há qualquer coisa que se tem perdido na razão inversa do aumento de representantes na AR!

    Há mais animais de circo e menos pessoas no horizonte...

  2. Anónimo disse...
     

    Pois… eu até nem me ralo que se façam salas de "xuto". O que eu não quero é ter de pagar pela saúde de quem não se preocupa com ela (a saúde) enquanto eu desconto para a segurança social e pago os meus óculos, o dentista, etc.
    Claro que há uma coisa a que se chama solidariedade mas eu ainda a não encontrei. E às vezes tanta falta me fazia…

  3. Anónimo disse...
     

    O Circo ser um antro de tortura ... Bom, concordei com o primeiro parágrafo, de todo.
    Mas ... sobre o segundo, sabe como são educados ou treinados os animais no circo? Já agora, e sem qualquer indirecta, recomendo o filme "Freaks", década de 40, século passado.
    Bem sei que nada interessa a minha opinião, mas ... que se lixe. Tenho direito a ela por enquanto.

  4. Fliscorno disse...
     

    Olá a todos. Ando com tempo um pouco apertado esta semana pelo que só no fim de semana arranjarei um tempo extra para responder a comentários. Mas que não seja por isso que deixem de dar feedback, ok? :-)

  5. Watchdog disse...
     

    A "Esquerda Pop Caviar" com as suas "irreverências"...

  6. Pata Negra disse...
     

    Concordo: o Estado nada tem a ver com quem me ajunto, com quem medeito, com quem meacompanheiro!
    Deveríamos estar no tempo em que o casamento seria um compromisso entre duas pessoas (ou mais, conforme o desejo!). Admite-se que as religiões interfiram perante os seus fiéis - os Estado não tem fiéis - tem cidadãos!
    Numa altura em que se deveria lutar para que os Estado não mete-se a colher entre homem e mulher vêm certos desorientados progressistas reclamar que o Estado se meta entre homem e homem ou mulher e mulher!
    Não! Não é o tempo de legalizar o casamento entre homosexuais!É tempo de libertar a vida em comum das leis do Estado!

  7. Fliscorno disse...
     

    Maria e esse qualquer coisa deve ser a vergonha...







    Pita-cega, realmente por vezes chateia ser-se tão solidário a todo o momento e quando precisamos duma consulta temos que ir ao privado para a termos em tempo útil. Tudo é preciso, inclusivamente as prioridades!








    Moriae, todas as opiniões interessam. Pelo menos, interessam-me. Não conheço o caso particular da forma como os animais de circo são treinados. Mas conheço muita pessoa quem têm cães fechados em apartamento o dia inteiro. São estes melhor tratados? Como vejo o caso dos animais de circo, em particular, é que não é o facto de estarem no circo que tem obrigatoriamente implicar maus tratos.








    "Esquerda Pop Caviar" --> muito bem apanhada, Watchdog!







    João, o papel do Estado nas nossas vidas é um tema que se cruza de volta e meia pela minha frente. Pessoalmente penso que quanto menos Estado melhor. Vejo-o como o administrador do nosso condomínio. Precisamos dele quando é preciso tratar dos assuntos que a todos diz respeito, quando é preciso recolher o dinheiro para pagar o elevador e a "luz" e quando é preciso garantir a segurança do prédio e o respeito pelas regras de convivência. Mas não o queremos no nosso sofá, na sala de estar!

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