Opération Dakar
Nestes tempos globalizados das pechinchas Made in China, Produit au Sénègal, Handmade in Bangladesh, só para citar alguns centros de produção sob o conceito sweetshop, há custos indirectos que são exportados com esses produtos:
- o dumping social chega até nós;
- o desemprego aumenta por deslocalização da produção;
- os conflitos são exportados com a mesma facilidade dos bens materiais.
«Tendo em conta as actuais situações de tensão politica, a nível internacional, o assassinato de quatro turistas franceses, no passado dia 24 de Dezembro, atribuído a um ramo do Al-Qaida, no Magreb islâmico, e acima de tudo as ameaças, directas, lançadas contra a prova, por movimentos terroristas, a A.S.O. não pode tomar outra decisão que não seja a anulação da prova», lê-se no site do Lisboa-Dakar.
O rally foi cancelado supostamente por razões de segurança. É plausível. Até bate certo no conceito da mundialização dos conflitos locais e do terrorismo global. Mas a justificação pouco precisa, leviana até, se atendermos aos investimentos realizados, não deixa de fazer soar a campainha da teoria da conspiração.
Não terá o rally sido cancelado como forma da França vingar os seus quatro turistas franceses recentemente mortos a tiro na Mauritânia?
Os franceses nunca engoliram bem o domínio anglo-saxónico. Desta vez, sejam quais for as razões, impuseram a sua vontade. Afinal, quem manda no mundo?
Completamente de acordo que a história do cancelamento tem muito que se lhe diga e que é uma decisão política e não desportiva e até duvido que seja uma questão de segurança. Ao longo dos séculos foram várias as ameaças terroristas foram muitas as ameaças a eventos desportivos. Mas quantas se concretizaram?
Poucas, muito poucas. A mais evidente nos jogos olímpicos em Munique há muitos, muitos anos.
Se agora algum grupo terrorista real ou dissimulado ameaçar os jogos olímpicos em Pequim, o europeu de futebol, etc, etc cancela-se tudo??
Por favor não me venham com cantigas.
Há 30 anos que existe o Dakar.
Os perigos eram bem maiores há 30 anos a viajar por áfrica do que actualmente.