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O que poderíamos mudar na educação?

Como por vezes me acontece, alargo-me nos comentários que deixo nos blogues que visito e acabo por os colocar aqui no Fliscorno. Desta vez foi no We Have Kaos In The Garden no seu post Digam NÃO a este acordo.

Vem o texto seguinte no seguimento duma amena cavaqueira com o Tonibler sobre coisas de educação. Resume algumas opiniões que tenho sobre o assunto.


Pessoalmente, penso que isto faria sentido:
  •  Mudar os actuais programas, diminuindo o número de disciplinas. No básico os alunos chegam a ter 16 disciplinas diferentes. E no entanto não sabem fazer contas nem expressar-se pela escrita.

  • Os pais têm que ser responsabilizados pela indisciplina dos seus filhos, como se faz no Reino Unido. Basta um ou dois alunos por turma - e certamente que todas os têm - para destabilizar toda a turma, desviando a atenção do professor do ensino para a disciplina na sala de aula.

  • Os professores têm que ser avaliados regularmente, talvez com algo simples como isto: comparar as notas dos alunos em exames nacionais (que contem para a nota dos alunos!!!), enquadrando-as no contexto da escola. Desvios padrões acentuados certamente serviriam para identificar professores *potencialmente* baldas.

  • O ensino único e igualitário não faz sentido. Nivela por baixo para que possa ser igualitário. As pessoas são diferentes e nem todos quererão ser doutores ou engenheiros.

  • Tem que se acabar com esta praga de mudar o rumo da educação de cada vez que muda o governo. Além disso, as mudanças a acontecerem não podem ser feitas de rompante como até agora. Onde já se viu iniciar um processo de avaliação a meio do ano lectivo sem sequer estar ainda completamente definido? Esta situação de um ou dois iluminados no ME decidirem mudar por acham que eles é que estão certos tem que acabar. Não estamos a falar de aumentar ou baixar o IVA. É a preparação duma geração inteira!

  • Devem-se criar nas escolas espaços de trabalho (gabinetes?) para os professores, por forma a que possam lá fazer o seu horário de trabalho e com os recursos da escola. Penso que isto fará sentido para aproximar os alunos e os professores fora do contexto da sala de aula.

  • E o ME precisa sem dúvida de deixar de encarar os professores como o alvo a abater. Não pode haver mudança bem sucedida sem a intervenção de todos. Neste aspecto gostaria de ver criada uma ordem profissional que representasse todos os professores e que seria o interlocutor dos profs com o ME nas questões educativas. Aos sindicatos as questões laborais, à ordem as questões educativas. No actual contexto, com que representatividade vão os sindicatos dizerem que estão a falar em nome dos profs? Acaso colocaram as suas moções a escrutínio?

Bom, saliento que não sendo professor nem "especialista" em educação poderá muito bem acontecer que esteja a dizer (escrever!) uma série de parvoíces.


2 comments :

  1. Tonibler disse...
     

    Altamente, o template! Já respondo, agora não tenho tempo, mas o template é espectacular...

  2. Anónimo disse...
     

    Sim tem toda a razão! E eu sou professora.

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