E o consumidor?
A sua argumentação está errada em vários aspectos.
1. A Golpe não abastece a maioria dos postos de combustível. Ela controla cerca de 51% do mercado de refinados e 37% da distribuição. Mesmo assim, é o operador com maior força no mercado.
2. Há um actor que aparenta estar esquecido na sua argumentação e que é precisamente o consumidor. Estamos habituados a ver o consumidor pagar e calar, especialmente quando não há concorrência. Dado o domínio do mercado por parte da Golpe, não temos de facto concorrência. Neste boicote, o consumidor, parte integrante do mercado liberalizado, está a tentar organizar-se para fazer pressão sobre o líder de mercado.
3. A Golpe tem lucros significativos, que não me dizem respeito mas que me levam a concluir que tem muita margem de manobra para baixar os preços. Mas só o fará se a isso for forçada. Não fazendo os concorrentes essa pressão, resta à outra parte do mercado, o consumidor, procurar que isso aconteça.
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