Excelente oportunidade para estar calado
Uma pista para o senhor Jorge Pedreira: numa avaliação, um resultado obtem-se pela aplicação dum conjunto de critérios. Os critérios podem ser diversos mas se a sua aplicação a um grupo resulta que todas as pessoas tenham determinada avaliação, o problema não está nas pessoas mas sim nos critérios. Já agora, atribuição de quotas para resultados é artificial. Todas as pessoas podem ser excelentes no que fazem. O erro desta abordagem consiste na mistura dos conceitos de avaliação de desempenho com progressão na carreira. Dada a limitada existência de recursos, pode-se aceitar que a progressão na carreira seja limitada. Isto é uma discussão que tem lugar ao nível do orçamento. Outra coisa é a avaliação do trabalho produzido, a qual não pode ser condicionada para justificar o orçamento insuficiente para todos serem promovidos. Dizer a alguém que não pode ter um excelente na sua avaliação porque existe uma quota para excelentes, mesmo tendo o seu trabalho sido de facto excelente, é um convite para não atingir a excelência. É desmotivador. Mas, aparentemente, para se perceber isto não se pode ser secretário de Estado adjunto da Educação. Logo, lá está, se calhar o que está mesmo errado é a definição de secretário de Estado adjunto da Educação.
Gostava que alguém me explicasse qual a lógica, para além da economicista, para haver quotas nas avaliações, sejam elas quais forem.
Livrai-nos senhor dos que não sabem o que dizem e fazem.
Ámen.
Seria como dizer a uma turma que só há 5% de níveis 5 para atribuir no final do 3ª período, independentemente dos resultados dos alunos ao longo do ano. A argumentação do ME é cínica e hipócrita, que tem por objectivo vender gato por lebre.