Flexi-avaliação
Os "alunos têm direito a ter sucesso", escreve o Público, citando uma eventual afirmação da directora da DREN. Ocorre-me que o sucesso se constrói mas não esperava que fizesse parte dos direitos, já que estes parecem vir por inerência. As pessoas terão direitos se fizerem algo por isso. Como trabalhar, estudar, aprender e, finalmente, demonstrarem que adquiriam conhecimento suficiente (competências no Dicionário Eduquês) pela realização de uma prova. O sucesso decorre desta construção. Não é um direito que se dá ou se tira conforme as vontades do avaliador. Até porque existem critérios de avaliação e o aluno pode recorrer da nota obtida caso não concorde.
Margarida Moreira faz parte duma máquina educativa cheia de folgas como as questões do ciclo anterior para avaliar o ciclo actual, mais tempo para realizar as provas e critérios de avaliação dinâmicos. É a flexi-avaliação tão necessária para demonstrar a bondade do caminho educativo do ministério. Ah! e parece que também dão jeito para as estatísticas da OCDE. Para os anos que vêm, perante os números do sucesso mágico, quem se vai lembrar desta polémica?
imagem de http://blog.despair.com presente numa recolha em recolha http://szillat.org/jokes/2007-05-18.htm
Afinando pelo diapasão da senhora directora regional eu posso adiantar mais um direito: Os alunos têm direito a ter dirigentes, na estrutura do ME, responsáveis, que assumam os seus erros quando os cometem, e que sustentem as suas acções em princípios éticos.
Que se poderia esperar dum Governo que só trabalha para as estatísticas?
Mas tudo se irá pagar e com altíssimos juros quando esta geração entrar no mercado de trabalho.