a política na vertente de cartaz de campanha

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Produção nacional

O último episódio do excelente documentário "Portugal, um retrato social" (RTP terças-feiras à noite) recordou-me uma divagação anterior, que agora repesco:



Somos essencialmente um país de serviços, quase sem produção própria. Como estes serviços são prestados a nós próprios, em vez de serem exportados, a minha opinião é que se assiste a um autofagismo económico, sem criação de riqueza. Um país não poderá ter sucesso apenas prestando educação, saúde, justiça e demais serviços à população. É necessário gerar riqueza, produzindo, seja no sector primário, secundário ou terciário. Não podemos é importar quase tudo o que consumimos.

Fazer o diagnóstico é fácil mas como se contorna o problema? Tema para um post seguinte.


8 comments :

  1. Anónimo disse...
     

    Muito porreira a analise! Mas muito triste o que se passa neste país.
    Abraço

  2. Carlos Sério disse...
     

    não será tanto assim mas quase.

  3. Maria Lisboa disse...
     

    Todas (ou quase todas) as negociações que temos feito, dentro a Europa, foram sempre realizadas num "baixar de cabeça" quase total, para ficarmos "bem com todos". Temos perdido progressivamente quotas nas pescas, nas conservas, na agricultura, na cortiça, nos texteis, na siderurgia... até a nossa "frota" foi toda vendida (aproveitada e bem por outros).
    Claro que só nos sobram "serviços" ... e sol para vender (mas nem esse sabemos vender!).
    Os serviços só têm gastos... os serviços pagam-se...
    Acontece como no corpo humano: quando não há que comer o corpo entra em autofagia... vai-se alimentando das gorduras... quando acabam, começa a detiorar-se. É o que está a acontecer com a nossa economia (salvo uns pequenos focos empresariais, bem rechunchudos) não existe... e nenhum dos últimos governos a tem incentivado.

    Quanto mais nos baixamos, mais se nos vê...

    PS: Obrigada por me teres adicionado. Embora (ali) eu não faça mais do que juntar palavras de uns com cores de outros, vou-me divertindo.

  4. Fliscorno disse...
     

    Bernardo: o problema é que se passa há demasiado tempo.

  5. Fliscorno disse...
     

    ruy: os cartoons permitem-nos estes exageros :)

  6. Fliscorno disse...
     

    maria: os serviços só têm gastos mas é por eles que pagamos os impostos. Mas é verdade, a mama europeia está a ir-se e há um certo "Estado" que não quer mudar.

  7. Belzebu disse...
     

    Talvez nos falte uma definição clara do que pretendemos! Podemos não produzir tecnologia de ponta, mas podemos ser um excelente destino turístico. Convém é que o investimento seja direccionado no sentido certo! A nossa falta de competitividade em certos campos, pode ser perfeitamente compensada. Há uma grande falta de visão estratégica...isso sim!

    Saudações infernais!

  8. Isabel Magalhães disse...
     

    Temos 850 kms de costa, SOL quase todo o ano, diversidade de paisagem, boa comida, produção vinícula... "talvez" pudessemos desenvolver mais (e melhor) o Turismo, para além da recente promoção ortográfica com acrescentos bacocos.

    A mudança de atitude no sector da restauração também se impõe. As lojas das cadeias McDonalds têm afixadas umas listas de dez items com regras para os empregados, que me parecem bastante pertinentes sendo que a primeira é, s.e., 'estabelecer contacto visual com o cliente'. :)

    Aproveito e renovo aqui os meus votos de uma Páscoa Feliz.

    Um abraço.
    I.

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