As eleições para a CML
Ora aí esta, o país segundo Sócrates pode continuar. Podem voltar à agenda política o aeroporto na Ota, a privatização da saúde, a extinção da segurança social e a redução dos serviços prestados pela máquina pública. Depois do fait divers de Lisboa, há que voltar à poupança para que se possam baixar os impostos na véspera das próximas legislativas.
A propósito, tinham medo que o sol levasse os eleitores para longe da urnas mas a avaliar pelos 62.61% de abstenção, foi a chuva não os deixou sair de casa.
Eles vão concerteza arranjar outro entretenimento - os incêndios e os incendiários, o euro-sócrates, uns computadores em saldo para os putos da escola... - têm sábios técnicos a trabalhar para isso.
E o povo! Esse, o povo, vai perdendo em dias aquilo que lhe demorou anos a conquistar!
Só há este caminho! Dizem-lhe!
Se a história não nos trair isto já só volta a encarrilhar com uma revolução!
João, dizem que a história se repete. Espero que o respectivo período seja superior a 73 anos.
... É sintomático dois independentes terem ficado entre os quatro primeiros lugares das eleições...
Superior a 73 anos?
Espero sinceramente que este ciclo se encerre bem antes e de preferência com um revolução. O conceito de revolução é que não me parece ser o mesmo, mas isso é outra questão.
Watchdog, hei-de voltar a esta história dos independentes mas fazem-me lembrar os tempos de Coimbra. Houve a certa altura uma vaga de candidatos à AAC chamados de independentes. O primeiro deles, António Vigário, começou por encabeçar uma lista irreverente, sem os recursos financeiros das outras listas - apoiadas pelas Jotas - mas com um je ne sais quoi que acabou por os levar à vitória. A partir daí tudo o que era lista com apoio partidário era coisa a evitar, tanto como foge o diabo da cruz. A evitar? Bem, a camuflar seria a palavra mais correcta. Nas eleições seguintes foi ver os habitués a concorrerem em listas "independentes". Até que tudo voltou ao mesmo. Parece que a moda dos independentes também poderá colar na política não académica. A ver vamos no que dá...
Eva, pode ser que 2005 não corresponda ao retomar de 1933 - sinceramente não acredito que o seja - mas que alguns tiques parecem querer voltar disso não duvido assim tanto.
És bem capaz de ter razão! Como este país é de modas & tendências... é isso, vamos esperar!