a política na vertente de cartaz de campanha

Buzz this

Os 51 magníficos

Quem são as 51 pessoas (que afinal são 52) que assinaram o manifesto a favor das obras públicas? 37 são professores, dos quais 15 são catedráticos e 12 são professores auxiliares. 11 deles leccionam no ISCTE, 7 na Universidade de Coimbra e 6 no ISEG. No total desses 52, 37 têm formação em economia.

Mas o que nos diz isto? Apenas que este manifesto é maioritariamente liderado por pessoas ligadas à docência. E que inclusivamente um dirigente da Administração Pública o assinou (já estou a ver a sua avaliação melhorada). Ficamos também a saber que o responsável pelo programa eleitoral do PS às europeias o assinou (Pedro Adão e Silva, Politólogo, ISCTE). Será que o escreveu também? Sem surpresa, pessoas com forte ligação ao PS também o assinaram (Boaventura de Sousa Santos, por exemplo) e outras em rota de aproximação também o fizeram (Francisco Louça). Pelo caminho aparecem dois gestores, a ligação mais afastada ao meio académico entre os signatários.

Confesso que não dediquei grande tempo ao anterior manifesto contra as obras públicas. Fi-lo para este sobretudo pela curiosidade de ver quem é estava a dar a cara por uma resposta taco-a-taco e para perceber a necessidade de contar espingardas, apresentando quase o dobro dos signatários do primeiro manifesto. E fiquei com a curiosidade saciada. São a favor das obras públicas, essencialmente, um conjunto de docentes universitários cuja maior ligação à economia assenta nas teorias que estudaram e, eventualmente, desenvolveram. Corrijam-me se estiver errado.

PS: lista dos signatários e tratamento de dados disponível aqui


2 comments :

  1. JOSÉ LUIZ FERREIRA disse...
     

    Caro Fliscorno:
    Parece-me que o que está a dizer é que os economistas teóricos são dispensáveis porque quem percebe de Economia são os empresários.
    Corrija-me se estiver enganado.

  2. j. manuel cordeiro disse...
     

    Nada disso. Nem que os economistas teóricos são dispensáveis nem que são os empresários quem percebe de economia.

    Digo textualmente o que lá está e acrescento que me parece faltar economistas que não estejam apenas ligados ao meio académico. O meu texto em negrito não pretende deixar uma insinuação subjacente.

    Jorge

Enviar um comentário