Os 51 magníficos
Mas o que nos diz isto? Apenas que este manifesto é maioritariamente liderado por pessoas ligadas à docência. E que inclusivamente um dirigente da Administração Pública o assinou (já estou a ver a sua avaliação melhorada). Ficamos também a saber que o responsável pelo programa eleitoral do PS às europeias o assinou (Pedro Adão e Silva, Politólogo, ISCTE). Será que o escreveu também? Sem surpresa, pessoas com forte ligação ao PS também o assinaram (Boaventura de Sousa Santos, por exemplo) e outras em rota de aproximação também o fizeram (Francisco Louça). Pelo caminho aparecem dois gestores, a ligação mais afastada ao meio académico entre os signatários.
Confesso que não dediquei grande tempo ao anterior manifesto contra as obras públicas. Fi-lo para este sobretudo pela curiosidade de ver quem é estava a dar a cara por uma resposta taco-a-taco e para perceber a necessidade de contar espingardas, apresentando quase o dobro dos signatários do primeiro manifesto. E fiquei com a curiosidade saciada. São a favor das obras públicas, essencialmente, um conjunto de docentes universitários cuja maior ligação à economia assenta nas teorias que estudaram e, eventualmente, desenvolveram. Corrijam-me se estiver errado.
PS: lista dos signatários e tratamento de dados disponível aqui
Caro Fliscorno:
Parece-me que o que está a dizer é que os economistas teóricos são dispensáveis porque quem percebe de Economia são os empresários.
Corrija-me se estiver enganado.
Nada disso. Nem que os economistas teóricos são dispensáveis nem que são os empresários quem percebe de economia.
Digo textualmente o que lá está e acrescento que me parece faltar economistas que não estejam apenas ligados ao meio académico. O meu texto em negrito não pretende deixar uma insinuação subjacente.
Jorge