a política na vertente de cartaz de campanha

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Carro eléctrico, electricidade-fóssil

Em 2007, a capacidade de produção eléctrica foi a seguinte:

Capacidade de produção eléctrica - Portugal 

e na Europa a 27 foi (clicar para aumentar):

Capacidade de produção eléctrica - UE27

Fonte: Statistical pocketbook 2010 (site, PDF, XLS)

Portanto, quando se fazem títulos como este «Carro eléctrico: adeus século do petróleo, olá século da electricidade?», ou quando se decide avançar com projectos megalómanos de redes de abastecimento eléctrico ou quando um primeiro-ministro resolve falar de uma prometida revolução com o carro eléctrico, é preciso não esquecer que

  • mais de 50% da actual produção eléctrica nacional (e europeia também) provem da queima de combustíveis fósseis, com as consequentes emissões de CO2 e dependência energética do exterior;
  • se todos os carros deixassem de queimar combustível para gastar electricidade, simplesmente estaríamos a transferir os actuais problemas dos carros para as centrais termo-eléctricas (para aumentar a capacidade produtiva) e possivelmente ainda haveria questões como a capacidade da rede de distribuição eléctrica e da respectiva eficiência;
  • além de não resolver os problemas energéticos e ambientais, o carro eléctrico vem ainda criar um novo: o da reciclagem das baterias (produto de elevado perigo ambiental);
  • finalmente, a adopção de tecnologias embrionárias tem o elevado risco de se escolher as que não vingam (que o digam, por exemplo, os que apostaram no formato vídeo betacam ou no HD DVD) e de poderem ser caras e com baixo rendimento.

Não tenho grandes dúvidas sobre um futuro com o carro eléctrico mas aposto que não o veremos em massa com as actuais tecnologias. Enquanto uma alternativa prática aos combustíveis fósseis não for encontrada, estes ímpetos modernistas não passam de um frisson para embelezar programas eleitorais.

Leituras adicionais:



32 comments :

  1. José Lopes disse...
     

    A bio massa tem sido descurada e é sem dúvida uma oportunidade real que resolve até certos problemas com os desperdícios domésticos e não só.
    Os carros podem ter soluções mais viáveis, como o hidrogénio e o metanol, mas os interesses das petrolíferas têm muita força.
    Cumps

  2. Maquiavel disse...
     

    A questäo é que o petróleo tem uma eficiência energética altíssima, logo é melhor aproveitada para produzir electricidade do que para mobilizar veículos individuais. De facto, mais de 50% da energia libertada pelo motor esvai-se no ar! É escandaloso que isso ainda aconteça após 100+ anos de indústria automóvel!!!

    Numa central eléctrica nórdica, usa-se 110% da energia libertada... porque os 10% adicionais säo da água usada para arrefecer as caldeiras, que säo depois usados para aquecimentos centrais de edifícios urbanos!

    Visto isto, a usar petróleo, que seja para criar energia eléctrica!!!

  3. j. manuel cordeiro disse...
     

    A questão, Maquiavel, é que a argumentação que vem a público não é essa mas sim que o carro eléctrico não polui.

    Quanto a esses tais 10% para aquecer edifícios urbanos, suponho que não viva em Portugal. Isso cá não existe. Como de reste se constata ao passar pela central termoeléctrica de Sines.

    De resto, quanto a eficiência, dizem (ver o segundo link no fim do post) que um diesel que consuma a baixo dos 3.9 l/100km será mais "verde" do que um veículo eléctrico. Mas disto percebo pouco.

    Finalmente, há a questão das baterias. Não é negligenciável, muito pelo contrário.

  4. Brunus disse...
     

    Enfim, nem sei o que dizer perante tamanhas anormalidades ditas neste post.

    Ponto 1) Em Fevereiro deste ano, e em virtude das fortes chuvas, em Portugal bateu-se o recorde de geração de energia eléctrica de fontes renováveis: http://www.ionline.pt/conteudo/50139-chuva-renovaveis-garantem-72-do-consumo-luz-ate-fevereiro

    Ponto 2) Portugal está a fazer (e bem) um investimento forte na área das energias renováveis, reconhecido internacionalmente: http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2010/sep/19/portugal-renewable-energy
    e
    http://www.nytimes.com/2010/08/10/science/earth/10portugal.html

    Ponto 3) Em virtude deste forte investimento são vários os meses em que mais de 50% da energia eléctrica provém de fontes renováveis.

    Ponto 4) Mesmo que parte da energia que alimenta os veículos eléctricos provenha de combustíveis fósseis, estes continuam a poluir menos que os veículos de combustão interna. Porquê? Porque em todo o processo de extracção do petróleo, transporte e refinação refinação do mesmo, transporte e armazenamento do combustível final até aos postos de abastecimento gastam-se quantidades industriais de energia seja ela eléctrica ou fóssil.

    Ponto 5) É relativamente simples planear a médio/longo prazo, a substituição de centrais de combustíveis fósseis por alternativas mais limpas. Por outro lado, é bem mais complicado fazer o mesmo a milhões de veículos que andam por aí!

    Ponto 6) Há um estudo que indica precisamente o contrário do referido neste post. E este estudo conta com todo o ciclo de vida das baterias. A conclusão, os VEs serão sempre mais limpos que os CIs. O único cenário onde tal pode não acontecer, é no caso de o VE ser alimentado exclusivamente por electricidade proveniente de combustíveis fósseis. O que no nosso caso nunca acontecerá (Pontos 1&2). Estudo aqui: http://www.allcarselectric.com/blog/1048867_lithium-ion-batteries-get-green-kudos-better-than-gasoline

    Convém estar informado antes de opinar.

  5. Anónimo disse...
     

    Para refinar um galão(3.78Litros) de gasolina são necessário 2.73 kWh da mesma electricidade, com os mesmos poluentes, que se utiliza nos VE's.. Eu tenho um motociclo electrico que, com tal quantidade de electricidade faz quase 100km.... faz sentido continuar a falar na origem da electricidade para alimentar carros electricos??


    Actualmente, todos os carros a combustao usam baterias super poluentes de chumbo, mas disso ninguem fala. É apenas 1 bateria por carro, mas muitos milhoes espalhados pelo mundo.

  6. j. manuel cordeiro disse...
     

    Caro Brunus,

    passei pelo "seu" fórum novaenergia.net/forum e, através dele, pelo veiculoselectricospt.com. Existe neste último um post com este título "O veículo eléctrico é a única solução 100% Zero Emissões" pelo que creio que estamos falados sobre "tamanhas anormalidades". Neste mesmo site existe ainda um "Prós e Contras" que, além de insistir nesta inexacta questão do "Zero-Emissões", ainda aponta como vantagem a questão do custo por Km. Ora, certamente que saberá que os combustíveis são uma das fontes de financiamento do Estado. Acredita o Brunus que, passando os veículos massivamente a eléctricos, iria o Estado desistir desta fonte receitas? Vá lá, honestidade na argumentação.

    Quanto aos pontos que apresenta:
    Ponto 1. Reparou na fonte dos dados citados? Eurostat. E quem fornece os dados de Portugal ao Eurostat? O Estado português. Em todo o caso, não vislumbro como o argumento "renováveis garantem 72% do consumo de luz até Fevereiro" invalide os dados apresentados.

    Ponto 2. Saberá com certeza dos suplementos pagos pelo Estado português em jornais de referência como, precisamente, os que refere? Que por acaso até versaram o case-study português das renováveis... O que pretendo dizer é que ser notícia num jornal estrangeiro não serve de argumento. Devemos, sim, olhar para a realidade. E esta inclui a triste constatação de que estamos a vender a Espanha electricidade "eólica" que os consumidores estão a subsidiar com impostos.

    Ponto 3. Mais uma vez, não vejo como é que este argumento invalide os dados apresentados.

    Ponto 4. É verdade que a produção e distribuição de combustíveis gasta energia. Agora acontece que há quem afirme e demonstre que um diesel de 3.9 l/100Km polui menos do que um veículo eléctrico (no presente quadro de produção eléctrica).

    Ponto 6. Precisamente no estudo citado pelo link que deixou (EMPA) é dito:


    "A break even analysis shows that an ICEV would need to consume less than 3.9 L/100km to cause lower CED than a BEV or less than 2.6 L/100km to cause a lower EI99 H/A score. Consumptions in this range are achieved by some small and very efficient diesel ICEVs, for example, from Ford and Volkswagen."

    Parece-me que haverá por aqui umas questões com a interpretação...

    Finalmente, sobre os EV. Note que nada tenho contra os EV e isso é dito no post. Mas sejamos realistas. Apostar actualmente numa rede nacional de abastecimento eléctrico, usando para isso dinheiro público, não faz sentido. Nem a tecnologia está madura nem o argumento de que o EV é menos poluente é verdadeiro. É isso que diz o post. Não tinha percebido?

  7. j. manuel cordeiro disse...
     

    Caro anónimo,

    "faz sentido continuar a falar na origem da electricidade para alimentar carros electricos?"


    Faz. Não estou a ver qual é a sua linha de raciocínio. Os dados do Eurostat são claros. Em todo o caso, espero que não me esteja a dizer que para uma central termoeléctrica não seria necessário refinar o combustível...

    Sobre as baterias de chumbo:
    1. já existe actualmente um circuito de reciclagem;
    2. é usada apenas uma por carro (como refere, aliás) e não uma pilha delas como no EV.

  8. EcoTretas disse...
     

    Isto vai-se desmontando ponto a ponto! Vejam o meu mais recente contributo, dedicado aos Açores:

    http://ecotretas.blogspot.com/2010/09/carros-electricos-fuel.html
    Ecotretas

  9. Orlando disse...
     

    Recentemente, veio a público que Portugal até Junho exportou energia, isto é, vendeu mais do que comprou; e de certeza que não foram centrais de carvão.
    Aliá é alucinante como as pessoas têm medo da mudança, é natural chama-se evolução.
    Parabéns a esta gente que parece já anda de eléctrico. Meus pêsames para os mais cépticos que continuam obscurecidos por argumentos retrógradas do século passado.
    Tenho é que concordar que os governos do mundo não querem acabar com o ISP, mas hão-de inventar outra coisa qualquer: confio neles.

  10. j. manuel cordeiro disse...
     

    Caro Orlando,

    "Recentemente, veio a público que Portugal até Junho exportou energia, isto é, vendeu mais do que comprou; e de certeza que não foram centrais de carvão"

    Exacto. Foi foi exportada energia "eólica", a qual, como saberá, recebe um subsídio à produção. Isto também foi notícia não há muito tempo.

    O problema das eólicas reside na inconstância da produção. A capacidade instalada tem que estar duplicada com uma fonte não renovável. E uma central termoeléctrica não se liga como uma lâmpada...

  11. Anónimo disse...
     

    [modo irónico]
    Se queres continuar a ser um feliz_corno na boa!
    Não te esqueças que o leite não nasce no frigorífico, e aproveita agora, que está na época da apanha da gasolina, isto para quem fez a póda à árvore, claro! [/modo] :)

    Um carro a gasolina com o depósito na reserva (+-15l) já gastou mais electricidade que um carro eléctrico com a bateria cheia! e 1km que circules na reserva continuas a poluir o Leaf com a bateria cheia CO2 = 0g/160kms

    A importação de combustível fóssil enche os bolsos do estado na venda, mas não deixa de ser uma importação, cria dependência energética de uma forma que, como se viu, os preços podem subir descontroladamente aumentando a quantidade de dinheiro que sai do pais, ora se conseguirmos uma estabilização eficiente de forma a que o dinheiro apenas circule dentro de fronteiras, o estado ganha muito mais em impostos sobre o mesmo dinheiro.
    Como em qualquer importação, a dos combustíveis, também é mandar dinheiro fora. Quanto menos um pais importar, mais auto suficiente se torna, sejam filmes, coca-colas, macdonals, electrodomésticos, dvds á e combustíveis fósseis, claro

  12. j. manuel cordeiro disse...
     

    Ena, com esta argumentação de nível, que rebate os dados apresentados, fico sem palavras.

  13. Helder Pereira disse...
     

    Exmo Sr. a sua opinião, e tem dirteito a ela é baseada em dados errados e tem muito a ver com o que os media têm feito para manter essa ideia na opinião geral das pessoas. Permita-me expor 2 pontos de vista sobre o assunto. O seguinte, por este quadro http://www.pordata.pt/azap_runtime/?n=4 conseguimos dados mais avançados que 2007. E se olhar para a sua factura de electricidade verá que as renovaveis, em certos meses (e que cada vez são mais) ultrapassam mais de 50% de produção da electricidade que consome (chegam a a ser 60% ou mais). Como tal os seus dados estão viciados à partida. E o investimento em renovaveis é, felizmente, maior a cada ano, por isso a tendência é que esses valores subam sempre para o lado das renovaveis.
    Como segundo ponto pergunto-lhe o seguinte, sempre que se comparam as emissões de um veiculo electrico com um veiculo de combustão faz-se o mesmo erro, comparam as emissões à saida do tubo de escape do carro a combustão, mas como o eléctrico não tem em vez de serem justos e correctos e honestos, vão sempre buscar a produção de CO2 da produção do combustivel do veiculo eléctrico. Isso não é justo e pergunto, imagina o Sr. que a gasolina nasce em árvores ao lado das bombas, cai de podre, infiltra-se no chão, entra nos depósitos dos postos de combustiveis para depois sair pelas mangueiras?
    Então e o CO2 produzido para :
    -Extrair petróleo
    -Transportar até à refinaria
    -Refinar petróleo
    -Transportar até à bomba
    Onde fica esse CO2 para assim ser uma comparação justa?

    A minha grande alegria, e que o nivel de estupidez e ignorância deste tipo de compração é tanto que demonstra bem o desespero dos interesses instalados e o medo que os veiculos eléctricos lhes desperta.

    A revolução está em marcha e nada a fará parar!!

  14. j. manuel cordeiro disse...
     

    Caro Hélder,

    para mim todo o comentário que recorre ao insulto ou insinuação revela, para mim, ausência de fazer valer a sua opinião pela sua força dos seus argumentos. Posto isto, pouco teria a acrescentar ao que escreveu. Mas acontece que apresenta dados errados. Consultando o Pordata no quadro "Produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis (%)" vemos:

    1995 - 28.6%
    1996 - 46%
    1997 - 41.8%
    1998 - 36.5%
    1999 - 21%
    2000 - 30.9%
    2001 - 35.1%
    2002 - 22.7%
    2003 - 39.1%
    2004 - 28.5%
    2005 - 19.2%
    2006 - 33.6%
    2007 - 35.7%
    2008 - 33.5%

    Fonte de Dados:
    DGEG/MEID
    Fonte: PORDATA
    Última actualização: 2010-04-30 13:50:38

    Conclusões:
    - os dados do Pordata nem por isso são assim tão mais recentes (são mais novos um ano);
    - no ano mais novo que incluir, as energias renováveis até tiveram menos peso;
    - a quantidade de energia produzida a partir de renováveis, segundo este quadro, ainda é menor do que nos dados que apresento!

    Quanto à factura da EDP, em que medida é que isso invalida os dados que apresento? Como frisa, alguns meses têm uma produção de 50% (ou até 60%!) a partir de energias renováveis. Alguns, topa? Mesmo que fossem todos, continuaríamos na casa dos 50%. Creio que não preciso de fazer um desenho.

    Quanto aos gastos para produzir os combustíveis, se os quer incluir então é melhor não nos esquecermos que o veículo eléctrico precisa de baterias adicionais (questões de reciclagem e de produção mineira) e questões decorrentes da produção e manutenção das eólicas. Além disso, já tivemos o nosso litoral vandalizado pelos patos bravos da construção e agora são as ventoinhas em tudo que é monte. Zero de ordenamento do território.

    Mas concedo que a produção de petróleo tem custos ambientais consideráveis. Muito bem, considerem-se esses custos e apresentem-se dados comparativos. Até lá, tenha paciência, mas prefiro formular as minhas opiniões em factos conhecidos.

    Agora vir falar de demagogia e depois dizer que o VE tem zero por cento de emissões, francamente, haja honestidade intelectual.

    Quanto a medos do VE e do fim do petróleo, olhe essa não é para mim. Agora uma coisa é certa, estou a ver os meus impostos irem para
    1. financiar a produção energia "eólica" que é exportada (e ainda há quem se gabe que exportamos energia!)
    2. montar uma rede de abastecimento do VE, que é uma tecnologia que nem sabemos se vingará (sim, esperar para se investir com segurança é que não; o dinheiro não sai do bolso de quem investe!)
    3. subsídios à compra de VE (novamente, com o dinheiro dos outros é fácil fazer um brilharete)

    Finalmente, antes de vir para aqui com insinuações, porque não diz qual é a sua actividade económica? Não digo que seja o seu caso, mas há por aí muita gente que tem a ganhar com esta política do VE.

  15. Brunus disse...
     

    @Fliscorno
    "passei pelo "seu" fórum novaenergia.net/forum e, através dele, pelo veiculoselectricospt.com. Existe neste último um post com este título "O veículo eléctrico é a única solução 100% Zero Emissões" pelo que creio que estamos falados sobre "tamanhas anormalidades". Neste mesmo site existe ainda um "Prós e Contras" que, além de insistir nesta inexacta questão do "Zero-Emissões", ainda aponta como vantagem a questão do custo por Km. Ora, certamente que saberá que os combustíveis são uma das fontes de financiamento do Estado. Acredita o Brunus que, passando os veículos massivamente a eléctricos, iria o Estado desistir desta fonte receitas? Vá lá, honestidade na argumentação."
    Antes demais, o fórum não é meu, limito-me a participar ocasionalmente no mesmo.

    Em relação ao resto:
    Obviamente que não! De certeza absoluta que os primeiros carros a serem vendidos em Portugal não pagavam IA, assim como os primeiros litros de combustível não pagavam ISP. Isto são criações posteriores, que surgiram da massificação dos veículos! Tal irá acontecer com os VEs também, não tenho dúvidas disso. Todos os incentivos presentes para a compra de VEs irão gradualmente desaparecer à medida que estes se tornarem mais comuns. Mas neste momento, fazem todo o sentido existirem, porque sempre é uma maneira de arrancar este mercado, e ir contra as mentalidades pequeninas que por aí andam.

    "Ponto 1. Reparou na fonte dos dados citados? Eurostat. E quem fornece os dados de Portugal ao Eurostat? O Estado português. Em todo o caso, não vislumbro como o argumento "renováveis garantem 72% do consumo de luz até Fevereiro" invalide os dados apresentados."

    Mas de que dados está você a falar? Nos que são apresentados na notícia do i, ou nos do post? Os deste post, são de 2007, estão desactualizados e dificilmente servem para alguma coisa agora, a não ser como perspectiva histórica para estudar a evolução dos últimos anos. Os do i, segundo o artigo, são fornecidos pela REN! Eles lá sabem do que falam, mas não acredito que ande alguém lá por trás a martelar as estatísticas para estas ficarem mais "verdes".

    "
    Ponto 2. Saberá com certeza dos suplementos pagos pelo Estado português em jornais de referência como, precisamente, os que refere? Que por acaso até versaram o case-study português das renováveis... O que pretendo dizer é que ser notícia num jornal estrangeiro não serve de argumento. Devemos, sim, olhar para a realidade. E esta inclui a triste constatação de que estamos a vender a Espanha electricidade "eólica" que os consumidores estão a subsidiar com impostos."

    O facto de surgirem notícias em jornais estrangeiros mostra que podemos ser exemplo para o mundo, e neste caso particular que estamos no caminho certo! O país não se pode dar ao luxo que continuar a importar petróleo como tem feito até hoje, são milhões que saem do país num bem que serve só para queimar...Estamos a vender electricidade a Espanha? Óptimo! Enquanto conseguirmos, e enquanto eles precisarem que se venda mais! A nossa balança comercial fica um pouco mais equilibrada a nosso favor.
    Os subsídios, são infelizmente necessários! Os privados jamais fariam este tipo de investimento! Esses escolhem sempre o caminho do lucro fácil, e as renováveis são investimentos com retorno a longo prazo! O país não pode estar a olhar só para o amanhã. Temos de olhar mais adiante, para daqui a 20/30/40/50 anos e pensar onde queremos estar nessa altura. Aí as renováveis são absolutamente essenciais para diminuir muito a nossa dependência energética do exterior! Se não, daqui a 20 anos estamos a pagar 5€ por litro de gasóleo, e aí vai tudo cair em cima do governo por nunca ter feito nada...
    (cont)

  16. Brunus disse...
     

    "Ponto 3. Mais uma vez, não vejo como é que este argumento invalide os dados apresentados."

    Fácil: no post diz-se que VEs poluem mais porque mais de 50% da electricidade provém de fontes poluentes. No entanto na minha última factura da EDP vinha o seguinte lá no fundo:

    A electricidade facturada foi produzida a partir das seguintes fontes de energia (dados de Junho 2010)
    Hídrica 15,8 % Carvão 10,7 % Gás Natural 34,5 % Fuel 1,2 % Nuclear 6,4 %
    Hídrica PRE 1,6 % Eólica 17,3 % Cogeração e microprodução PRE 8,8 % Outras 3,7 %

    Fontes não poluentes (Hídrica,Hídrica PRE,Eólica,Cogeração): 43,5%
    Fontes poluentes (umas mais que outras: Gás Natural, Carvão, Fuel, Nuclear): 52,8%

    A diferença é pouca, e coloquei fontes moderadamente poluentes como o Gás Natural (que tem a maior fatia do bolo neste mês), e o Nuclear no conjunto das poluentes. Não contabilizei o conjunto "outras" por não especificar que outras são, mas posso acreditar que incluirá fontes de energia solar. E estamos a falar do mês de Junho, mês de verão com menos vento e pouca ou nenhuma pluviosidade, mas bastante sol.

    Considerando os mesmos dados para Fevereiro:

    Hídrica 26,4 % Carvão 7,7 % Gás Natural 18,2 % Fuel 0,9 % Nuclear 5,4 %
    Hídrica PRE 4,9 % Eólica 27,6 % Cogeração e microprodução PRE 6,6 % Outras 2,3 %

    Fontes não poluentes: 65,5%
    Fontes poluentes: 32,2%

    Já agora o mesmo para Abril:

    Hídrica 34,6 % Carvão 4,5 % Gás Natural 19,6 % Fuel 0,5 % Nuclear 4,6 %
    Hídrica PRE 5,5 % Eólica 19,1 % Cogeração e microprodução PRE 8,0 % Outras 3,6 %

    Não poluente: 67,2%
    Poluente: 29,2%

    E podia continuar por aqui fora...Tal como disse, já há muitos meses, especialmente no Outono e Inverno, em que a produção de fontes renováveis ultrapassa os 50%. Ora o post diz que (com dados de 2007) mais de 50% da electricidade provém de fontes poluentes. Claramente em 2010 não é assim!

    "Ponto 4. É verdade que a produção e distribuição de combustíveis gasta energia. Agora acontece que há quem afirme e demonstre que um diesel de 3.9 l/100Km polui menos do que um veículo eléctrico (no presente quadro de produção eléctrica)."

    Diga-me qual é o diesel capaz disso que eu também estou interessado! Uma coisa são os consumos declarados pelos construtores, outra são os reais verificados no dia a dia. Por experiência própria, é adicionar pelo menos 1 litro/100km ao que o construtor declara. Ou seja, esse valor de 3,9 l/100km é completamente utópico.
    Aliás, um dos diesel que menos gasta é o Smart CDI da geração anterior. Mas mesmo este, gasta acima dos 4l/100km, e sei disto porque tenho um smart há vários anos, e participei em encontros com outros proprietários onde se trocaram experiências sobre os veículos. E nunca ouvi nenhum proprietário de um smart cdi dizer que fazia menos de 4l/100km. Normalmente faziam entre os 4 ponto qualquer coisa e os 5l/100km.

    "Ponto 6. Precisamente no estudo citado pelo link que deixou (EMPA) é dito:


    "A break even analysis shows that an ICEV would need to consume less than 3.9 L/100km to cause lower CED than a BEV or less than 2.6 L/100km to cause a lower EI99 H/A score. Consumptions in this range are achieved by some small and very efficient diesel ICEVs, for example, from Ford and Volkswagen.""

    Idem aspas aspas em relação ao ponto anterior.
    (cont)

  17. Brunus disse...
     

    "Finalmente, sobre os EV. Note que nada tenho contra os EV e isso é dito no post. Mas sejamos realistas. Apostar actualmente numa rede nacional de abastecimento eléctrico, usando para isso dinheiro público, não faz sentido. Nem a tecnologia está madura nem o argumento de que o EV é menos poluente é verdadeiro. "

    Se não for com dinheiros públicos vai ser com quê então? Tal como disse anteriormente, os privados querem lucro fácil, não querem a mundança do status quo instalado. Seja em que área for!
    As grandes superfícies comerciais vieram intrometer-se no mercado do pequeno comércio, e os pequenos comerciante como é óbvio não gostaram.
    A internet veio revolucionar o modo como as pessoas acedem a conteúdos de música e video, como é óbvio as editoras e os grandes estúdios não gostaram, e ainda hoje se estão a tentar adaptar.
    Os VEs vêm interferir com a indústria petrolífera, que como é óbvio não gostam porque preferem fazer aquilo que sempre fizeram e que lhes dá lucros obscenos.
    Sempre que chega uma nova tecnologia que revolucione alguma área da sociedade, há alguém contra a mesma porque vai contra os seus interesses. Por outro lado, as tecnologias não evoluem enquanto não começarem a ser adoptadas massivamente.

    "É isso que diz o post. Não tinha percebido?"

    Eu percebi perfeitamente o que disse o post. Você é que falhou ao perceber que eu coloquei aqui argumentos perfeitamente válidos a favor dos VEs, e que o que está neste post não passa de FUD (Fear, Uncertainty, Doubt) aos VEs.

  18. Anónimo disse...
     

    Eu vejo dados bastante válidos e conheço as fontes, da parte do Brunus.

    O resto é atirar ao ar.

    Enquanto não se fala seriamente destes assuntos e com dados fiáveis, não há discussão possível.

    Já que fala da questão do diesel, que só numa europa velha e cheia de interesses continua a existir, ainda por cima subsidiado pelo estado, disso ninguém fala:

    http://www.espiritohonda.com/forum/viewtopic.php?f=8&t=204

  19. Anónimo disse...
     

    O que é tramado é que o VE nao tem tubo de escape e isso aborrece muita gente. Nao tarda, estamos a falar do CO2 emitido pelas familias dos funcionarios das torres eolicas...

    Atençao aos disel, emitem menos CO2 que os carros a gasolina, mas mandam muita porcaria cá para fora. Menos CO2 mas piores para a saude publica.

    Ja aumentei a eficiencia energetica da minha casa, quando comprar um VE estarei a fazer o que me é possivel para reduzir o meu impacto no planeta. A forma como a EDP obtem a energia nao me diz respeito, pois eu sozinho nao posso mudar a estrategia da EDP. O que interessa é que EU criei condiçoes para reduzir emissoes poluentes e dependencia externa. Fiz a minha parte. È assim que eu penso...

    Alguem por ai falou no hidrogenio... o hidrogenio é o futuro, e nunca sera o presente. Desde 1970 que se anunciam carros a hidrogenio para a decada seguinte, serviu para manter os nossos pais/avos distraidos a espera de promessas.

    Queria tambem falar no Chevrolet Volt, que usa um gerador a gasolina como extensor de autonomia. O consumo anunciado quando alimentado exclusivamente por gasolina sao 4,5l aos 100km. Um carro normal equivalente consome mais de 7l... talvez o conceito de usar petroleo para gerar energia para a traçao electrica nao seja assim tao disparatada... nao é Ecotretas?

  20. Helder Pereira disse...
     

    Estive para lhe responder, mas pensando bem, para quê? Mas lá vai umas achegas.

    Ainda estive para lhe explicar dizendo que o insulto de achar que argumentos destes são no minimo ignorantes e estupidos era mais direcionado para os tais media que formulam a opinião geral, mas nem vale a pena porque continua a demonstrar manter-se nesse campo. E também tenho direito a achar que os argumentos são estupidos e ignorantes ou já não posso ter ideia própria? Aliás por poder pensar por mim é que uma bomba de gasolina já só me serve para meter ar nos pneus, a ver se passamos também a pagar esse serviço...

    Quanto á minha profissão, sou Informático e trabalho na áreo do Ensino, por isso as suas insinuações de pouco valem, apesar de se queixar de eu insinuar... mas enfim...

    Agora lembro-lhe só alguns pormenores:

    - Por opiniões como a sua e por se manter as coisas como estão é que o mundo está como está, ambientalmente, claro. Guerras ficticias para manter poder sobre petróleo e tal não significam nada...

    - Tem tanto medo do dinheiro que lhe sai para subsidios de compra de VE, uns miseros 25 milhoes de € , mas não se importa com os milhoes que se gastam porque o clima está a mudar, porque a agricultura já não dá pelo clima que temos, pelos submarinos que compramos, pelos acessores que vamos tendo a mais, pelo presidentes de camaras que enriquecem em 4 anos de mandato, etc., etc., etc., esse não o preocupa, preocupa uns miseros milhões para a compra de VE's e para a rede que nem é o estado a fazer o investimento.

    Mas continue assim, que esta mudança, a dos VE's, felizmente já ninguém a pára e serão pessoas com essa opinião que ficarão para trás mas isso pouco me importa. É opção sua. Tem direito a ela.

    Quanto ao litio das baterias, até lhe podia indicar um estudo em que ficou provado que um carro VE em TODO o seu ciclo de vida incluindo as baterias é de muito longe mais ecológico que qualquer outro veiculo. Mas como isso seria demais para si, pode ler o especial do publico de dia 16, se não estou em erro, onde se lê bem alguns factos reais, também tem erros como esse seu erro da comparação de CO2 á saida do escape mas depois no VE fogem para a produção... mas sobre o litio é bem claro, é renovavel por que é reciclavel a 99% e isso permite inclui-lo na categoria dos renovaveis! Ao contrário dos milhoes de baterias de chumbo que milhoes de carros a combustão produzidos todos os anos metem na rua...

    Mas como disse, continue assim que vai bem, aliás como se pode ver pela situação que o mundo atravessa e isto refiro-me só à parte ambiental, para não dizer que dou insinuações...

  21. j. manuel cordeiro disse...
     

    Caro Brunus, coloquei "seu" entre aspas para explicitar exactamente o que afirma.

    Obrigado pelo comentário. Não pretendo que sejam publicados dados falsos, nem isso disse. Mas sublinho que não podemos focar-nos em dados parciais (como a notícia do i ou algumas facturas da EDP).

    Em todo o caso, mesmo que a produção eléctica "renovável" chuegue a 100%, isso poderá cobrir as actuais necessidades mas dificilmente chegará para o caso de os automóveis passarem massivamente a eléctricos. Daí ter escrito que se estará a transferir o problema de um campo para o outro. Por isso mesmo escrevi no post «Não tenho grandes dúvidas sobre um futuro com o carro eléctrico mas aposto que não o veremos em massa com as actuais tecnologias. Enquanto uma alternativa prática aos combustíveis fósseis não for encontrada, estes ímpetos modernistas não passam de um frisson para embelezar programas eleitorais.»

    Por acaso acho que o problema teria uma solução interessante se se optasse pelo nuclear. Afinal de contas, já temos duas centrais a escassos quilómetros da fronteira sem termos um único benefício disso.

  22. j. manuel cordeiro disse...
     

    Caro Anónimo,

    «Enquanto não se fala seriamente destes assuntos e com dados fiáveis, não há discussão possível.»

    Exactamente, partilho deste ponto de vista.

  23. j. manuel cordeiro disse...
     

    Caro Anónimo (13h32min00s),

    «O que é tramado é que o VE nao tem tubo de escape e isso aborrece muita gente. Nao tarda, estamos a falar do CO2 emitido pelas familias dos funcionarios das torres eolicas...»

    Não me aborrece nada. Mas é preciso ver como aparece a energia eléctrica.

  24. j. manuel cordeiro disse...
     

    Caro Hélder,

    lamento que se tenha sentido ofendido. Do seu anterior comentário não se percebe o alvo da sua adjectivação, daí a minha resposta.

    Em todo o caso, não fiz insinuações. Mas quando alguém tece considerações sobre "interesses instalados", está a trazer para a discussão o conflito de interesses. Logo parece-me lógico que se clarifiquem as coisas.

    A mim preocupa-me o destino do dinheiro público neste caso e nos que indica. Como de resto se observa da leitura deste blog.

    Para mim é ponto assente: se todos os veículos passarem a eléctricos, não haverá electricidade suficiente e logo as termoeléctricas entrarão em acção. Logo a questão é, vamos transferir os problemas de um lado para outro?

  25. j. manuel cordeiro disse...
     

    Uma nota a todos os defensores do VE

    Se querem ser levados a sério, seria melhor acabar com a argumentação do "emissões zero".

    De contrário, no actual panorama de produção de energia eléctrica e atendendo à solução para a produção de energia eléctrica necessária ao uso massivo do VE (queima de combustíveis) serão sempre apontados pela demagogia.

  26. j. manuel cordeiro disse...
     

    A quem interesse, há ali no link O AUTOR uma espécie de apresentação.

  27. Helder Pereira disse...
     

    "Se querem ser levados a sério, seria melhor acabar com a argumentação do "emissões zero".

    De contrário, no actual panorama de produção de energia eléctrica e atendendo à solução para a produção de energia eléctrica necessária ao uso massivo do VE (queima de combustíveis) serão sempre apontados pela demagogia. "

    Se forem sérios e não demagogos como insinua serem os defensores de VE's, mais uma vez a contradizer-se mas... é natural.

    Se comparam o CO2 à saida do escape, então os VE's SÃO "Zero Emissions".

    Se querem comprar a produção de electricidade, então acrescentem ao veiculos a combustão a emissão de CO2 da extracção, transporte, refinação e novo transporte até à bomba.

    Só para lhe dizer em média para refinar um litro de gasolina são gastos 6Kw, só na refinação, não estou a contabilizar o resto. Agora comece a somar o CO2 disso e do resto...

  28. j. manuel cordeiro disse...
     

    Caro Hélder, mas eu concordo que se considerem todos esses custos para os cálculos de emissões. Como já o referi por diversas vezes. Mas note: as centrais termoeléctricas queima fuel refinado, logo as coisas não são assim tão directas.

    E não, não me estou a contradizer. A minha mensagem foi esta: o VE consume electricidade com pegada ecológica. Portanto, "zero emissões" é demagógico. Tal como o é se se ignorar os custos ambientais da produção de petróleo.

  29. Helder Pereira disse...
     

    Só para terminar, quando diz:
    "Para mim é ponto assente: se todos os veículos passarem a eléctricos, não haverá electricidade suficiente e logo as termoeléctricas entrarão em acção. Logo a questão é, vamos transferir os problemas de um lado para outro?"

    Em que dados se baseia?

    Isto que diz é mais um mito, daqueles que os media a mando de outros interesses andam a instaurar nas pessoas.

    Se gosta de factos, leia isto:

    http://www.senternovem.nl/mmfiles/Using%20fleets%20of%20electric%20vehicles%20electric%20power%20grid%20support_tcm24-293378.pdf

    e isto

    http://www.greencarcongress.com/2009/01/nrel-study-find.html

    e isto

    http://www.nrdc.org/energy/plugin.pdf

    Qualquer destes mostra que isso é mentira e que ao contrário do que as pessoas pensam, ter milhões de eléctricos só ía beneficiar a rede eléctrica. É o V2G a funcionar. Ou pensa que a EDP quando lhe baixa o preço da energia no bi-horário é pelos seus lindos olhos?

    Abram os olhos! Depois não se queixem!

  30. j. manuel cordeiro disse...
     

    "daqueles que os media a mando de outros interesses andam a instaurar nas pessoas."

    Olhe Hélder, já percebi que se for uma notícia nos media favorável a um ponto de vista, é pureza. Mas se contrário, anda-se a mando.

    Certo.

  31. j. manuel cordeiro disse...
     

    Grid support - formas de distribuição. Tenho incertezas quanto à distribuição mas de uma coisa não duvido: para distribuir, primeiro é preciso produzir.

    Vejamos.

    É pá, hoje o dia está calmo, não há vento, temos pena não há electricidade.

    Ou então. Este ano choveu pouco, é pá não há eletricidade.

    As renováveis são de extrema importância mas como complemento. Continuará a ser necessário capacidade assegurada de produção instalada. Se o VE se tornar um facto, a quantidade de electricidade necessária será colossal. Não há renováveis que a tal cheguem e será necessário recorrer à produção sem intermitências. Nuclear ou termoeléctrica.

    Zero emissões? Certo. Desde que apenas para uns quantos.

  32. j. manuel cordeiro disse...
     

    O paper do spinnnonotion é giro. Mas estamos a falar de investigação/experimentalismo.

    Tudo bem, é preciso investigar e lançar pilotos. Mas não isso que cá se quer fazer.

    Aqui quer-se gastar dinheiro numa rede nacional e em subsídios à compra. Outros investigam, nós atiramos-nos de cabeça.

    Não é a primeira que o voluntarismo promete a vanguarda e depois é o que é. Estou, por exemplo, a falar do InfoCid. E neste caso? Vamos ver.

    Mas enfim, os outros países são todos uns tapidinhos e nós é que vemos a luz. Aliás, nós é que somos a fonte de toda a investigação tecnológica no presente, como todos sabemos.

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