Aeroporto em "Alcochete", um resumo
O cacto de Alcochete no deserto da margem sul Repescado de «O cacto de Alcochete» |
O momento de decisão é sempre uma boa ocasião para bloggers atreitos à indolência, pelo que repesco uma série de textos anteriores. Creio que vale a pena passar por eles para reflectir sobre a escolha «Alcochete».
- O deserto de Mário Lino
Sobre essas fantásticas declarações de Mário Lino. - E o milagre aconteceu: Ota ou Alcochete?
Ou como no deserto surge uma nova hipótese para o aeroporto. Congeminações incluídas que (ainda) não se verificaram. - Perceber o que são interesses obscuros
Sobre Joe Berardo, o BES, a Herdade da Comporta, o golf (aka ouro verde), e os investimentos globais de €1200 milhões (grupos Sonae, Pestana, Amorim, Comporta, Costa Terra, Volkart). Grande cocktail no deserto da margem sul, hum? - Ainda o aeroporto em Alcochete e os interesses obscuros
Sobre o preço da habitação no assim chamado "Triângulo Dourado" (parte do Algarve e sul do Alentejo). Veja-se quanto aí vale um T1 com 60m2 (300,000€) e talvez o deserto não seja assim tão seco de lucro. - O caso Portucale
Sobre o investimento do Grupo Espírito Santo no "deserto" de Benavente e as especulações no JN sobre tráfico de influências envolvendo um alto dirigente do PS (sem funções governativas). - Todos os textos sobre o aeroporto em "Alcochete": http://fliscorno.blogspot.com/search?q=alcochete
Também nada há de errado em haver lucro em consequência de investimentos nem que as partes interessadas procurem convencer o decisor sobre as vantagens da sua proposta. Não há nada de errado, note-se, desde que o jogo seja aberto.
O meu palpite sobre a questão do aeroporto, no entanto, é que ao governo de Sócrates o que importa mesmo é lançar a obra. A questão da localização não passa de chicana política, agora por parte do PSD mas antes também pelo PS, quando era oposição. A oposição procura que a obra não arranque até que seja governo e depois os papeis invertem-se. Sócrates apenas só tem sido mais esperto do que os seus antecessores, trocando-lhes as voltas. Primeiro escolheu a localização que o PSD tinha escolhido, a Ota, deixando a oposição sem trunfos. E agora, com a reviravolta Menezes, escolheu a margem sul calando novamente os opositores.
Apenas importa lançar a obra, já classificada como a maior de sempre em Portugal. Os cheques para as campanhas eleitorais, a melhoria nos números do emprego e os tachos para todos não se farão esperar.
Ainda mais atento do que moi (leia-se muá) para não deixar de fazer jus ao nome (Raposa). ;)
Mesmo engolindo um deserto inteiro aquilo foi uma festa: o futuro está garantido ... para quem, para quem?
Cumps
Caro Raposa,
Voltei aqui para o convidar a participar (convite extensivo aos seus visitantes) a participar no passatempo com prémio que decorre lá pelo meu sítio. Com apenas 10 palavrinhas de crítica bem afiada, fica habilitado a receber um bom livro a escolher entre várias opções. Conto com a sua (vossa) participação. No entanto, se esta espécie de publicidade o incomoda, pode sempre apagar este comentário. Ok? ;)
Um abraço.