a política na vertente de cartaz de campanha

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Negócios entre amigos

Em Novembro de 2009, a revista Sábado publicou um estudo onde mostrava a desigualdade na distribuição da publicidade institucional pelos diversos meios de comunicação social. Reportei isso aqui:

Nesse estudo era patente o favorecimento do DN em 2009. Posteriormente, o próprio DN elaborou o seu estudo alternativo,  afirmando que a Sábado praticara uma "infâmia miserável". Relatei esse estudo aqui:

Mas o DN, ao elaborar este estudo, não usou os mesmos pressupostos. Com efeito, apenas foram considerados os gastos de publicidade dos "ministérios e das autarquias", deixando de fora as empresas públicas e aquelas com ligações ao Estado. Enfim, uma manipulação óbvia.

Vem esta introdução a propósito desta notícia do Público:

Turismo de Portugal defende que jornais só devem ter publicidade quando servem objectivos

O presidente do Turismo de Portugal afirmou hoje que os jornais só “têm direito” a publicitar as campanhas se “servirem os objectivos de quem quer fazer publicidade”, que passam por “alcançar o máximo de difusão, dimensão e de preço”.

Luís Patrão reagia a uma notícia da edição de hoje do Correio da Manhã, na qual é afirmado que o Turismo de Portugal contratou uma agência de meios, que tem como “cliente a Controlinveste” (grupo de media presidido por Joaquim Oliveira e que detém os títulos Diário de Notícias e Jornal de Notícias) para assessorar na elaboração de um concurso público para uma campanha publicitária.

Segundo o jornal, o organismo do turismo vai investir mais de dois milhões de euros a partir de Setembro e já escolheu as publicações onde quer apostar, das quais a Controlinveste é a grande beneficiada, seguindo-se a Impresa e depois a Cofina. (…)

O que parece aqui (e na política, o que parece, é) é que o Estado, por intermédio do socialista Luís Patrão, vai favorecer a empresa do "amigo Oliveira". Ficamos agora à espera do novo "estudo" elaborado pelo DN para desmentir isto tudo.