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Sobre a avaliação dos professores I

Parte I, II, III, IV, V

No 4R:
http://quartarepublica.blogspot.com/2008/02/escola-democrtica.html
Visto tudo isto e concluído, a escola como local de ensino já foi.
Modernamente, e em Portugal, a escola é para se passar por lá, assistir a umas aulas facultativas, porque se pode faltar à vontade, ter umas aulas teóricas de educação sexual, e sair rapidamente, para ter tempo de praticar.


Repesco algo que escrevera há tempos (O novo estatuto do aluno):
Cada vez mais, a escola é um local de passagem entre os 6 e os 18 anos. Como um corredor. Entra-se numa ponta, avança-se e sai-se na outra. Mas nada de parar, que isso estorva à passagem dos demais. Continuando esta metáfora, algures no corredor existe conhecimento afixado. Quem quiser que lhe pegue mas não será isso que contribuirá para os números do sucesso educativo. Para estes, conta mesmo é o tempo que se demora duma ponta à outra.


O professor não tem autoridade para obrigar o aluno a frequentar as aulas nem para o fazer estudar. Tem que o recuperar, independentemente da vontade em colaborar por parte do aluno. Nem mesmo lhe sobra a arma de chumbar o faltoso. Terá que lhe fazer um exame.

Quanto à sua progressão na carreira, pela avaliação de desempenho (grande chavão!), esta depende do volume de alunos passados. Portanto, é responsabilizado por algo que não tem poder para controlar.

Mas há uma forma de todos, professores e ministério, se sairem bem: baixar o grau de exigência e passar todos os alunos. Ficam de fora os alunos e os pais, para quem terminou a escola pública como sinónimo de boa formação.

Ah!, então e o brio profissional e dar o seu melhor? Ceeerrrtooooooooo. Passam o tempo a levar porrada da tutela e da opinião publicamente construída, pelo que estou mesmo a ver "Bem, vou chumbar estes miúdos aqui; não vou ter avaliação de Bom mas não faz mal. É para o bem deles".

Não pretendo fazer a defesa dos professores. Mas "aborrece-me" que continue a pagar os mesmos impostos e ainda o colégio privado, se quiser uma escola em cuja formação possa confiar.


1 comments :

  1. Pata Negra disse...
     

    Talvez o melhor seja mesmo deixá-los ir até ao fim, até a destruição total do edifício da escola pública. Talvez, o mal que vem por bem aqui se cumpra, talvez das cinzas renasça uma escola com autoridade suficiente para não andar aos mandos e desmandos do PS(D)!
    Um abraço ex-professor

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