a política na vertente de cartaz de campanha

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PS recebe dinheiro de empreiteiros (artigo do CM)

PS recebe dinheiro de empreiteiros - 1 PS recebe dinheiro de empreiteiros - 2
Clicar nas imagens para as aumentar (Hosted at Flickr)
Textos publicados no Correio da Manhã de 29-10-2007



Lembram-se do silêncio do PS perante o caso Somage/PSD (factura da campanha eleitoral de Barroso, no valor de 233.415 euros, paga pela Somage)?

Terá sido porque quem tem telhados de vidro não atira pedras?

E depois ouvem-se uns pavões falar do povinho que diz serem todos iguais.


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Auto-avaliação (para professores)

avaliação dos professores

gracinhas anteriores


Depois do Estatuto do Aluno, a Lulu mandou-me este esboço para a avaliação dos profs, no contexto no novo ECD. Que acham?


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Piadinha de ocasião

Não resisto a esta adaptação.



Está o Sócas a pegar nuns croquetes durante o banquete de recepção do Czar Putin quando chega o Cherne Barroso.

Cherne Barroso: Serves-me?


Sócas: Às vezes.



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Incómodos e universo futuro das subvenções vitalícias

No CM de 2006-11-04:
«No final de Maio do ano passado [2005], durante o debate mensal na Assembleia da República, o primeiro-ministro surpreendeu as bancadas parlamentares, e mesmo o País, com a célebre declaração de que as pensões vitalícias eram “privilégios injustificados” dos titulares de cargos políticos.
[...]
A revelação de que o Governo pretendia acabar com a subvenção vitalícia causou incómodos no seio da própria bancada do PS, onde um número considerável de deputados estava em condições de obter a pensão vitalícia.

E, por isso mesmo, não foi fácil ao Executivo extinguir aquele “privilégio injustificado”, como dizia o primeiro-ministro. Face à pressão dos parlamentares socialistas, o Governo acabou por aceder que a subvenção vitalícia seja atribuída aos deputados que completem 12 anos de funções até ao final da actual legislatura

Poderemos depreender que se sentiu incomodado quem passaria a ter garantida a sua subvenção no final do corrente mandato, em 2009? Claro que não. Mas é um bom palpite.


Ainda no CM de 2006-11-04:
UNIVERSO FUTURO
Na lista inicial do Parlamento constavam 32 deputados com entre sete e onze anos de exercício de funções. Dessa lista, Anacoreta Correia, do CDS-PP, abandonou a vida parlamentar em 2006 e já pediu a subvenção vitalícia. E Ferro Rodrigues, do PS, suspendeu o mandato de deputado, em 2005, para ser embaixador de Portugal na OCDE. Em baixo, apresenta-se o universo futuro de potenciais beneficiários e o respectivo número de anos de mandato.

PS
Alberto Nunes - 11
José Apolinário - 10
Vera Jardim - 10
Rui Cunha - 10
António Galamba - 9
Miguel Coelho - 9
Jorge Strecht - 9
Mota Andrade - 9
Afonso Candal - 9
Celeste Correia - 9
Maria do Rosário Carneiro - 9
Miguel Ginestal - 9
Paula Cristina Duarte - 9
Jorge Coelho - 8
José Junqueiro - 8
Leonor Coutinho - 8
Nélson Baltazar - 8
Sónia Fertuzinhos - 8
António José Seguro - 7
Ferro Rodrigues - 7

PSD
Duarte Pacheco - 12
Mota Amaral - 10
Hugo Velosa - 9
Luís Marques Guedes - 9
Melchior Moreira - 9
Sérgio Vieira - 9
Carlos Pinto - 7
Mendes Bota - 7

CDS-PP

Anacoreta Correia - 10

PCP

Luísa Mesquita - 11
Bernardino Soares - 9

PEV

Heloísa Apolónia - 8

BENEFICIÁRIOS
Em 2005, pediram, segundo o Parlamento, a subvenção vitalícia 16 deputados. Deste total, quatro eram do PS, nove do PSD, um do CDS-PP, um do PCP e um de Os Verdes.

NOVA LEI
A Lei n.º 52-A/2005, de 10 de Outubro de 2005, revogou a atribuição da subvenção vitalícia aos titulares de cargos políticos [revogada sim, mas mantem-se para os que tenham completado os 12 anínhos em 2009!].


Olha ao que eu digo, não ao que eu faço.


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Subvenções vitalícias dos titulares de cargos políticos


Pela Espectadora Atenta do Portucale Actual tomei conhecimento destes dados que arranjei em forma de gráfico. Publicados inicialmente no Correio da Manhã.

De notar, a bem da honestidade intelectual, que a a Lei n.º 4/85, de 9 de Abril, que atribuía a subvenção vitalícia aos titulares de cargos políticos, foi revogada a 10 de Outubro de 2005. Esta subvenção pode, mesmo assim, ser pedida por quem, àquela data, adquiriu esse direito ou reúna, até 2009, condições para dela beneficiar.

Até 2009?
É caso para dizer que os deputados que votaram esta revogação trataram primeiro do seu pé de meia.

Deixo uma questão: em tempo de congelamentos e de contenção para toda a população (salvo algumas centenas de politicamente iluminados), será justo manter esta subvenção vitalícia, que “é acumulável com pensão de aposentação ou de reforma”?

Percebe-se melhor a natureza da nobreza que alguns dizem haver na actividade política. É uma questão de tesouro!


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O novo estatuto do aluno

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=62629
O actual regime distingue entre faltas justificadas e injustificadas. Os pais do aluno são chamados à escola quando ele atinge um determinado número de faltas por justificar.

Quando o aluno ultrapassa o limite previsto por lei, fica em situação de retenção (no ano seguinte faz o mesmo ano de escolaridade) ou exclusão (quando já não está abrangido pela escolaridade obrigatória).

 Creio que isto é só no secundário, não será? No básico já não se reprova por faltas, se não estou em erro. Alguém pode esclarecer?




http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1308631
A proposta do PS hoje aprovada prevê que os pais sejam avisados logo à primeira falta injustificada e que a escola aplique uma medida correctiva ao aluno.

Quando o aluno atinge um número de faltas (justificadas e injustificadas) correspondente a duas semanas, no 1.º ciclo do ensino básico, ou ao dobro do número de tempos lectivos semanais, por disciplina, nos restantes ciclos ou níveis de ensino, os pais ou encarregados de educação são convocados à escola.

Ainda de acordo com a proposta socialista, quando o aluno atinge um número de faltas (justificadas e injustificadas) correspondente a três semanas, no 1.º ciclo do ensino básico, ou ao triplo do número de tempos lectivos semanais, por disciplina, nos restantes ciclos ou níveis de ensino, o aluno realiza uma prova de recuperação organizada pela escola.



Discordo desta postura porque:
  • As pessoas devem ser responsáveis e responsabilizadas pelos seus actos. O aluno que falta sem justificação deve sentir a consequência do seu acto, ou seja, ultrapassado o limite do aceitável deve reprovar de ano. Dar-lhe a hipótese de recuperar o erro com um exame, apesar de muito humanamente se estar a acreditar que quem erra poderá emendar-se, também está a ser transmitida a mensagem «podes baldar-te agora que a escola estará aqui para te dar uma segunda oportunidade ».

  • No novo ECD, os professores são avaliados em função do número de alunos que reprovam. Ou dizendo isto duma forma politicamente correcta, são avaliados em função do seu desempenho. Mas o professor não tem autoridade para obrigar o aluno a frequentar as aulas. Nem mesmo lhe sobra a arma do chumbar o faltoso. Terá que lhe fazer um exame. E se passar um aluno que se desinteressou pela escola terá melhor avaliação do que o fizer sentir as consequências do seu acto. Portanto, o professor é responsável, neste contexto, pelas faltas dos alunos, apesar de não as poder impedir.
Estou a ser castrador ao dizer que o aluno que falta além dum limite deve reprovar? Deveria antes acreditar que as pessoas perante o erro e por livre iniciativa se corrigem e aproveitam uma segunda oportunidade? Devo recordar que quem tem uma segunda oportunidade sem a merecer, achará natural que também lhe seja oferecida uma terceira oportunidade.

Cada vez mais, a escola é um local de passagem entre os 6 e os 18 anos. Como um corredor. Entra-se numa ponta, avança-se e sai-se na outra. Mas nada de parar, que isso estorva à passagem dos demais. Continuando esta metáfora, algures no corredor existe conhecimento afixado. Quem quiser que lhe pegue mas não será isso que contribuirá para os números do sucesso educativo. Para estes, conta mesmo é o tempo que se demora duma ponta à outra.


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Solidão



Neste vídeo, da câmara de segurança (?) de um comboio, vê-se um espanhol de 21 anos, identificado como Sergi Xavier M.M., agredir violentamente uma adolescente Equatoriana, dizendo-lhe para voltar para o país dela. Aconteceu a 7 de Outubro em Santa Coloma de Cervello, perto de Barcelona.

Este disse «"iba borracho, ni me acuerdo de lo que pasó". Además, afirmó que nunca antes había tenido un comportamiento así: "Yo racista no soy"». Mas «"no iba borracho y era consciente de lo que hacía", afirma la menor agredida» (links).


No comboio seguia mais uma pessoa, a qual fingia nada ver.


A parte que mais me espanta nestes episódios é a passividade da assistência. Podia alguém estar a ser degolado que cada qual continuaria a escrutinar o estado das biqueiras dos seus sapatos, eventualmente incomodado com os salpicos que teria que limpar mais tarde.

É curioso como os papéis se inverteram. Actualmente é o grupo que tem medo do indivíduo, enquanto que antes do contexto individualista gerado pela cidade, seria o indivíduo que teria medo do grupo. Este episódio seria impensável na aldeia de há umas décadas a trás pelo simples facto de o respectivo protagonista ser simplesmente trucidado.

Vivemos o apogeu do individualismo.


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O estado do ensino em Portugal

No Jumento, através do Público.

«VALE A PENA MANDAR OS FILHOS À ESCOLA

«Ao longo dos séculos, a resposta a esta pergunta tem variado, mas uma coisa é certa: os pais só mandam os filhos à escola quando nisso vêem um benefício. Nos países protestantes, como a Suécia, os pais desejavam que os filhos soubessem ler, a fim de poderem meditar sobre os ensinamentos da Bíblia, e, nos países com uma forte mobilidade social, como os EUA, os pais ambicionavam que os filhos tivessem um diploma, por pensarem ser essa a via para subir na vida. Quanto à oferta escolar, as situações variaram: os países que procuraram modernizar-se rapidamente, como foi o caso do Japão durante o século XIX, criaram uma rede escolar alargada; os impérios a sério, como a Inglaterra, aumentaram o número de escolas, como forma de subjugar, através da cultura, os nativos.

Pela negativa - e duplamente - Portugal é um caso paradigmático. Aqui, tudo jogou contra a escolarização. Nem os camponeses queriam enviar os filhos à escola, nem, se exceptuarmos uns hiatos temporais, estiveram os governos empenhados em ensinar o povo a ler. Em meados do século XX, o país ainda era uma sociedade rural, onde não só a educação estagnara, como as aspirações populares eram reduzidas. O Estado Novo não estava interessado em industrializar o país, muito menos em formar cidadãos esclarecidos. Foi por isso que chegámos a 1974 com mais de metade da população analfabeta.

A revolução contribuiu para que muitos acreditassem ser a educação o caminho para uma vida melhor. Ao longo das últimas três décadas, os pais fizeram enormes sacrifícios para levar os filhos até à universidade. Não é raro encontrarmos empregadas de limpeza ou taxistas - os indivíduos das chamadas classes baixas com quem os intelectuais têm contacto - que alimentaram sonhos quanto à mobilidade social dos descendentes. Vendo-os desempregados, sentem-se, como é óbvio, ludibriados. É no contexto da estagnação da economia nacional que devemos abordar a questão do abandono escolar. A publicação das recentes estatísticas do Eurostat que revelam que, entre os 18 e os 24 anos, 40 por cento dos alunos - mais do dobro da média europeia - abandonaram a escola levou os responsáveis a prometer o alargamento da escolaridade obrigatória para 12 anos. Mas as leis pouca influência terão sobre o que se vai passar. Perante a questão de ter de decidir se devem manter os filhos na escola, os pais interrogar-se-ão sobre duas coisas: em primeiro lugar, se se podem dar ao luxo de passar sem o contributo do seu trabalho (em termos sociológicos, o chamado custo da oportunidade da educação); em segundo, se aquilo que os filhos irão aprender na escola tem alguma utilidade.

Abordei este tema, no que diz respeito ao ensino primário, na minha tese de doutoramento. Entre outras coisas, pretendia averiguar se, durante os primórdios do Estado Novo, a escolaridade era bem vista pela população. Para meu desgosto, a conclusão foi a de que, para a imensa maioria, a resposta era negativa. Era-o nas regiões de propriedade minifundiária, onde uma criança de sete anos já podia tomar conta dos animais, apanhar lenha e ajudar nas actividades domésticas. Prescindir dela, enviando-a à escola, equivalia a uma descida do nível de vida da família. Um jornal de Viana de Castelo descrevia o modo como um camponês encarava a instrução primária em geral e a alfabetização das mulheres em particular. Interrogado sobre se tencionava mandar as filhas à escola, respondeu: "Nada, nada. Elas estão aqui mas é para trabalhar. Qual escola? Se lá fossem, mais tarde não lhes chegava tempo para se escreverem com os namoros". Saber escrever era um luxo destinado aos privilegiados.

Se tivermos em conta que a estrutura social dessa época não deixava antever qualquer mobilidade social, o comportamento deste camponês era racional. Numa sociedade em que as posições hierárquicas dependiam do nascimento, a instrução não proporcionava benefícios. Além de que, numa sociedade analfabeta, não saber ler estava longe de constituir um estigma. Manhoso, Salazar limitou-se a reforçar os traços retrógrados da sociedade que governou. Os resultados estão à vista: os 10 por cento de alunos de sete anos que reprovam na primeira classe são herdeiros de gerações de analfabetos.

Um momento houve, em 1974, em que tudo pareceu possível. Mas a esperança de que Portugal se pudesse tornar numa sociedade meritocrática está em vias de desaparecer. A maioria dos pais considera, mais uma vez, que não é através da escola que se sobe na vida, mas através de "cunhas". Por outro lado, olha o espectáculo dos licenciados no desemprego com espanto. Muitos, pais e filhos, pensarão duas vezes antes de continuar na escola. O problema do abandono precoce excede em muito o âmbito do Ministério da Educação: é bom que se perceba isto.

É verdade que o objectivo dos nove anos de escolaridade está praticamente cumprido. A isso ajudou, em grande medida, a evolução da sociedade portuguesa, com destaque para o facto de, na economia, o sector primário ter diminuído de forma drástica. Mais do que um bem de produção, os filhos passaram a ser um encargo. Já não há cabras para guardar, nem couves para plantar; vive-se nas cidades, onde as oportunidades para o emprego infantil escasseiam; ser-se analfabeto tornou-se uma vergonha. Em vez de vadiarem pelas ruas, mais vale, pensam os pais, que as crianças fiquem na escola, onde, mesmo que pouco aprendam, estão afastadas do perigo dos gangs. A escola passou a ser considerada um depósito, o que, na medida em que pouco dela é exigido, não é uma vantagem.

Quanto ao prolongamento da escolaridade, em nada contribuirá para diminuir a desigualdade social. A massificação do ensino encarregar-se-á de fazer diminuir o valor desse diploma. Do ponto de vista da mobilidade, o 12.º ano valerá menos do que a antiga 4.ª classe: não porque os alunos saibam menos, mas porque, ao distribuir um bem a todos, fica ipso facto desvalorizado. Os factos mais importantes são a evolução do mercado de trabalho e a melhoria dos curricula. Sem isto, o prolongamento da escolaridade apenas serve para esconder o desemprego juvenil.

Vem isto a propósito de uma reportagem, transmitida no Perdidos e Achados da SIC no último dia 13, sobre o que, passados nove anos, acontecera a um grupo de alunos da Escola Básica 2,3 da Trafaria. O que impressiona não é tanto a indisciplina pretérita, mas o facto de os rapazes estarem hoje a exercer, como se a escola nada lhes tivesse dado, a profissão dos pais (a apanha da amêijoa). No dia seguinte, Nuno Crato comentou o programa, salientando justamente a falta de ambição. O que se esqueceu ou não teve tempo de esclarecer foi que, para se desenvolver, aquela carece de um solo apropriado. Ora, no contexto em que foram educados, surpreender-me-ia que estas crianças ostentassem o achievement syndrome presente em países como os EUA. A existência de expectativas profissionais quanto ao futuro só nasce em sociedades dinâmicas. Infelizmente, não é isso que acontece em Portugal.» [Público assinantes]

Parecer:
Este artigo de Maria Filomena Mónica seria um excelente ponto de partida para um debate sério sobre o estado do ensino em Portugal.»


Concordo em absoluto com Maria Filomena Mónica. É crucial pensar para que serve a escola hoje em dia. Voltarei a este tema; agora fico-me por tópicos:

  • Ser-se eternamente estudante, fazendo o básico, depois o secundário, depois a universidade, depois o mestrado, depois o doutoramento e finalmente descobrir que a elevada especialização que se ganhou não tem a correspondente procura no mercado?

  • Temos ensino técnico? Quando coloca o seu carro a reparar, onde foi formado o seu mecânico? E o seu cabeleiro, aprendeu a profissão na escola ou a cortar mal o cabelo até aprender em algum salão? E o seu electricista, o pintor, o pedreiro, .... Numa pesquisa no Google encontrei algumas destas profissões (link). Ainda não percebi se isto corresponde de facto a uma forma de entrar, com qualificações, no mercado de trabalho (feedback, please!!!).

  • A nossa escola é de facto exigente com os alunos ou não passa esta dum ATL com 12 anos de duração?

  • Escola depósito vs escola onde se ganham competências para a vida.

  • Investimento na educação vs. investimento nas obras públicas.

  • Têm os miúdos carga horária excessiva ou não? Sobra-lhes tempo para brincar?

Convido o leitor a dizer de sua justiça.



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Coimbra

Universidade de Coimbra
Alta de Coimbra

Neste fim de semana passei por Coimbra, cidade pela qual nutro uma relação ambivalente de carinho estudantil e de repúdio perante o establishment. É a cidade dos doutores mas também a cidade de costas para eles. Esta segunda vertente é particularmente notável na relação da Câmara Municipal com a Universidade, como se a segunda ensombrasse o protagonismo da primeira.

Coimbra existe como é graças à Universidade, sendo esta a sua mais importante bandeira. Se a universidade se tivesse mantido em Lisboa, como temporariamente aconteceu, em que diferiria esta cidade das suas vizinhas?

Vem esta divagação a propósito do painel informativo que existe na A1 ao passar ao lado de Coimbra. Quando foi colocado dizia "Cidade do Conhecimento" e depois passou a dizer "Cidade Museu". Desculpem lá, era preciso toda esta retórica para evitar dizer "Universidade de Coimbra"?


PS: Este ano o cortejo da Queima das Fitas será ao domingo, em vez de ser à terça-feira. A tradição já não é o que era e os euros são cada vez mais o que são.

PPS: Como terão reparado, o ritmo dos posts abrandou. Há alturas assim, Noblesse oblige. No fim de semana colocarei as caixas de comentários em dia :)


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Um grande pensador (do tempo dele)

Recebi por mail:

Monsenhor Luciano Guerra, Reitor do Santuário de Fátima, Notícias Sábado de 6 de Outubro:

Na sua opinião, uma mulher agredida pelo marido deve manter o casamento ou divorciar-se?
Depende do grau da agressão.

O que é isso do grau da agressão?
Há o indivíduo que bate na mulher todas as semanas e há o indivíduo que dá um soco na mulher de três em três anos.

Então reformulo a questão: agressões pontuais justificam um divórcio?
Eu, pelo menos, se estivesse na parte da mulher que tivesse um marido que a amava verdadeiramente no resto do tempo, achava que não. Evidentemente que era um abuso, mas não era um abuso de gravidade suficiente para deixar o homem que a amava.


Grande pensador, sim senhor. Acho que falta esta pergunta: E se esse homem que dá um soco de três em três anos lhe cortasse a pila durante uma missa, lhe emborrachasse um tomate passado três anos e lhe arrancasse o outro passados mais três anos, deve, na sua opinião, este católico prosseguir só ou com companhia na sua forma de interpretação das escrituras?


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Adriano Correia de Oliveira



Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar

Lava-a de crimes espantos
de roubos, fomes, terrores,
lava a cidade de quantos
do ódio fingem amores

Leva nas águas as grades
de aço e silêncio forjadas
deixa soltar-se a verdade
das bocas amordaçadas

Lava bancos e empresas
dos comedores de dinheiro
que dos salários de tristeza
arrecadam lucro inteiro

Lava palácios, vivendas
casebres, bairros da lata
leva negócios e rendas
que a uns farta e a outros mata

Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar

Lava avenidas de vícios
vielas de amores venais
lava albergues e hospícios
cadeias e hospitais

Afoga empenhos favores
vãs glórias, ocas palmas
leva o poder de uns senhores
que compram corpos e almas

Leva nas águas as grades
de aço e silêncio forjadas
deixa soltar-se a verdade
das bocas amordaçadas

Das camas de amor comprado
desata abraços de lodo
rostos, corpos destroçados
lava-os com sal e iodo

Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar




Canção Com Lágrimas
Intérprete: Adriano Correia de Oliveira
Música: José Niza
Letra: Manuel Alegre



Eu canto para ti um mês de giestas
Um mês de morte e crescimento ó meu amigo
Como um cristal partindo-se plangente
No fundo da memória perturbada

Eu canto para ti um mês onde começa a mágoa
E um coração poisado sobre a tua ausência
Eu canto um mês com lágrimas e sol o grave mês
Em que os mortos amados batem à porta do poema

Porque tu me disseste quem em dera em Lisboa
Quem me dera me Maio depois morreste
Com Lisboa tão longe ó meu irmão tão breve
Que nunca mais acenderás no meu o teu cigarro

Eu canto para ti Lisboa à tua espera
Teu nome escrito com ternura sobre as águas
E o teu retrato em cada rua onde não passas
Trazendo no sorriso a flor do mês de Maio

Porque tu me disseste quem em dera em Maio
Porque te vi morrer eu canto para ti
Lisboa e o sol Lisboa com lágrimas
Lisboa a tua espera ó meu irmão tão breve
Eu canto para ti Lisboa à tua espera...


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Ice melt raises passage tension

Artigo existente em: http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/7033498.stm

Clicar no diagrama seguinte e depois mover o cursos para observar como tem evoluído o gelo árctico entre 1980 e 2007
Nota aos utilizadores de Internet Explorer: cliquem duas vezes em sequência (não me refiro a duplo clique).



Ver o artigo: link.


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Blog Action Day - considerações

Por um melhor ambiente bastaria mais acção e menos intenção:

- menos fazer de conta que não se sabe quem polui as Ribeiras dos Milagres do país e mais investigação policial efectiva;

- menos embalagens desproporcionadamente grandes e mais reutilização;

- nenhum esferovite e mais cartão;

- menos transporte privado e mais transporte público;

- menos consome e deita fora e mais reparar e continuar a usar;

- menos globalização e mais cingir-se aos recursos locais;

- menos sucursal partidária e mais Partido Ecologista.




Mas, realisticamente, nada disto acontecerá porque:

- há eleições a ganhar e os eleitores preocupam-se mais com o dinheiro para uma estrada do que com um rio poluído;

- o olho também compra e compra mais se aparenta grande e se custa menos, não importando porque baixou o preço nem a quantidade de embalagens a deitar fora;

- um televisor embalado com esferovite não tem pior imagem;

- o sector automóvel/petrolífero/rodoviário abastece consideravelmente o orçamento de estado, faltando vontade política para outras formas de transporte;

- existe uma indústria de produção do novo que nada lucra com a reparação do usado;

- mesmo que produtos cultivados no outro lado do mundo, colhidos em verde, cheios de pesticidas eventualmente proibidos entre nós e responsáveis por produção de CO2 durante o seu transporte sejam postos à venda entre nós, haverá na mesma quem os compre;

- O PEV continuará a ser uma dependência do PCP, em vez dum verdadeiro partido político.



E no entanto, demorámos pouco mais dum século a chegar até aqui. Algumas atitudes terão que mudar, não terão?


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Jeff Dunham - Achmed the Dead Terrorist



10 minutos absolutamente hilariantes. Bom fim de semana, pessoal!


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Blog Action Day

Bloggers Unite - Blog Action Day
«Dia de Ação dos Blogs(Blog Action Day)
No dia 15 de outubro, blogueiros de toda a rede unirão para falar sobre um único assunto importante em todo o mundo. Em 2007 o assunto escolhido é o "meio ambiente". Todo bloggueiro postará sobre o assunto do próprio modo dele e relativo ao seu próprio tópico. Nossa intuito é de que todos falem sobre um futuro bem melhor.»



Soube pel'O Jumento. Vou participar.


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O Ministério da Educação é incapaz de planear

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1307406&idCanal=58
«Em Matemática e em Física e Química A e Biologia e Geologia
Testes nacionais intermédios alargados no ensino básico e secundário
12.10.2007 - 19h45 Lusa

O Ministério da Educação anunciou hoje que vai permitir já este ano lectivo a realização de testes nacionais intermédios a Matemática no ensino básico e a Física e Química A e Biologia e Geologia no secundário.»


Deixo esta nota só para realçar a incapacidade do ME em planear. O ano lectivo já começou mas as mudanças para este ano vão saindo.

Alguma vez se vai elaborar um plano que vá além do mês que vem?


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Education at a Glance 2007

Education at a Glance 2007 «- link para o relatório completo



Dois quadros deste relatório



Table D2.1 Average class size, by type of institution and level of education (2005)

OECD countries


Primary education Lower secondary education
(general programmes)
Australia 24.0 24.5
Austria 20.0 24.1
Belgium m m
Belgium (Fr.) 20.4 20.4
Canada m m
Czech Republic 20.6 23.5
Denmark 19.9 19.9
Finland m m
France m 23.4
Germany 22.0 24.7
Greece 19.6 24.5
Hungary 20.1 21.4
Iceland 18.5 19.8
Ireland 24.3 19.7
Italy 18.3 20.9
Japan 28.3 33.4
Korea 32.6 36.0
Luxembourg 15.6 19.2
Mexico 19.8 30.0
Netherlands x(5) m
New Zealand m m
Norway a a
Poland 20.6 25.1
Portugal 18.2 22.5
Slovak Republic 19.9 23.0
Spain 19.4 23.8
Sweden m m
Switzerland 19.5 19.1
Turkey 27.5 a
United Kingdom 25.8 24.3
United States 23.6 24.9
OECD average 21.7 23.8
EU19 average 20.3 22.5


Table D2.2 Ratio of students to teaching staff in educational institutions (2005)

OECD countries



Students to teaching staff All secondary education All tertiary education
Australia1, 2 m 12.1 m
Austria 17.0 10.9 15.3
Belgium 16.1 9.8 19.6
Canada m m m
Czech Republic 13.5 13.2 19.0
Denmark 6.6 m m
Finland 12.5 13.9 12.5
France 19.3 12.2 17.3
Germany 13.9 15.1 12.2
Greece 12.5 8.3 30.2
Hungary 10.7 11.2 15.9
Iceland m 11.2 11.0
Ireland 13.9 15.5 17.4
Italy 12.4 10.7 21.4
Japan 17.4 13.9 11.0
Korea 20.2 18.2 m
Luxembourg2 m 9.0 m
Mexico 28.9 30.6 14.9
Netherlands x(3) 16.2 m
New Zealand 9.8 14.8 16.3
Norway m m m
Poland 17.9 12.8 18.2
Portugal 15.4 8.1 13.2
Slovak Republic 13.6 14.2 11.7
Spain 14.1 10.6 10.6
Sweden 11.9 13.0 8.9
Switzerland1, 2 18.3 11.4 m
Turkey 19.7 16.2 17.3
United Kingdom1, 3 16.3 14.1 18.2
United States 14.5 15.5 15.7
OECD average 15.3 13.4 15.8
EU19 average 14.0 12.2 16.4



Uma reflexão paralela
Talvez já tenha o leitor pensado, como eu, de forma obtem a OCDE estes dados. Vem ao terreno fazer as suas próprias investigações? Tem sucursais? São-lhe fornecidos por outrem? É, no meu entender, uma questão pertinente, pois da confiança nestes dados resulta a validade das conclusões obtidas.

Ora este "Education at a Glance 2007" contém uma secção "Sources", onde que lê que as fontes para este relatório foram, no caso português:
  • The Bureau for Information and Evaluation of the Education System,
  • National Statistical Institute,
  • The Financial Management Bureau,
  • Science and Higher Education Observatory.

Ou seja, a respectiva proveniência é o Estado português. O que não deixa de ser curioso: a ministra da educação justificou todas as suas polémicas decisões com base nos dados publicados pela OCDE. Mas a OCDE apenas trata, compara e publica informação baseada nos dados fornecidos, no caso português, pela própria ministra. Um verdadeiro caso de pescadinha com rabo na boca e de nos interrogarmos seriamente sobre a ética de fazer política assim.


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Blog & Roll - a génese de O Processo

Quem ler O Processo, de Franz Kafka, certamente encontrará pontes com a realidade portuguesa, em particular com aquela de O Papel, de Os Gatos Fedorentos. Daí que até apareça quem diga que Kafka viveu em Portugal. Mas agora foi encontrada prova sólida que isso poderá de facto ter acontecido. Encontra-se no A Sinistra Ministra. A ler.


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Segundos de combustível

Quando venho do trabalho para casa tenho o doentio hábito de observar no painel de preços duma estação de serviço quanto mais irei pagar pelo gasóleo na próxima vez que abastecer. Um destes dias ocorreu-me esta seca.

Iam o João e o Mário numa amena cavaqueira quando se cruzam com a Carla.

- Olá Carla, diz o João com um sorriso de alegria, já fazia 5 cêntimos que não te via!

Perante o seu olhar interrogativo, Mário adiantou-se explicou-lhe:

- Não ligues Carla, desde que os combustíveis passaram a aumentar com a regularidade dum relógio,
o João agora mede o tempo em cêntimos.


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Tem a imbecilidade limites?

Google logo tweak sends critics into orbit
By Jim Puzzanghera, Los Angeles Times Staff Writer
October 9, 2007
[...] Google Inc. occasionally features light-hearted doodles on its colorful home-page logo to commemorate special occasions. But now they are drawing criticism from conservatives for not being more patriotic.

The Mountain View, Calif., company bathes its logo in stars and stripes every Independence Day, but last week's decision to honor the 50th anniversary of the Sputnik launch -- the second "g" in Google was replaced with a drawing of the Soviet satellite -- is being blasted by some conservatives.

Not only did Google honor an achievement by a totalitarian regime that was our Cold War enemy, they griped, but it did so without having ever altered its logo to commemorate U.S. military personnel on Memorial Day or Veterans Day. [...] »»» mais


Sócrates tem razão, está visto. Os comunas estão em todo o lado! Ofereça-se a estes preocupados americanos a colaboração dum par dos nossos polícias à paisana que fazem vistorias a sindicatos.

Links relacionados:


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Pink Martini - Tempo Perdido


Diz na página «music video with gilda scenes», ou seja não é o clip da música


Música de timbre latino/mexicano/cubano cantada em português com sotaque por uma artista americana. Viva a globalização.

Mesmo assim, adoro o produto final. Os trompetes em dueto seguidos do trompete rasgado, a solo, o coro ah-ah, o trombone em contracanto e, ainda, a voz de China Forbes.

Outras pièce de résistance:
Sympathique


Let's Never Stop Falling In Love


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Fotos com história - Oktoberfest, a festa da cerveja de Munique

Festa da Cerveja em Munique


oktoberfest_1
Brinquedos tradicionais


oktoberfest_2
Barris de cerveja para a cerimónia de abertura


oktoberfest_3
Bávaro a demonstrar o uso do chicote


oktoberfest_4
Litradas


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Barris de cerveja na cerimónia de abertura


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Uma das tendas, a da cerveja Löwenbräu


oktoberfest_7
Vista aérea de parte da festa



Quando estive em Munique pela primeira vez tinha começado nesse fim de semana a festa da cerveja. Ainda não tinha estabelecido o paralelo cerveja-Baviera, tal como o fazemos com Porto e vinho, pelo procurei obter o maior detalhe possível ao perguntar a um bávaro o caminho para a festa. Mas ele teimava em dizer que bastava ir sempre em frente, que eu daria com ela. Mas, pensava eu, como raio darei com essa festa? Foi, realmente, fácil. Como poderia deixar de notar numa estrutura que, por festa, acolhe à volta de 6,5 milhões de visitantes e que serve cerca de 68,6 hl de cerveja, 494, 000 frangos de churrasco e 144,500 pares de salsichas? Terminou ontem. Este ano não deu mas para o ano há mais.


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Eine kleine Pause...

für Bier und etwas mehr. Que é como quem diz, estarei intermitente uns tempos.


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Blog & Roll - a corrupção

Um médico tem um filho que acabou os estudos de medicina, encontrando-se a iniciar a carreira no consultório do pai. Este vê no filho a oportunidade de fazer umas férias merecidas por 30 anos sem parar. Então prepara-as e, no momento da partida, deixa um último conselho ao filho:

- Filho, de todos os doentes há um que merece especial atenção. É o senhor da mercearia. Faz-lhe o curativo, muda-lhe a ligadura e manda-o cá voltar na próxima semana.

O médico teve as suas férias prolongadas e quando voltou encontrou o filho radiante, mal se contendo para lhe contar a novidade:

- Pai, pai, curei o senhor da mercearia. O meu primeiro sucesso! Era apenas uma carrasca velha, a qual tirei, limpei e agora está a sarar normalmente.

- Estúpido - gritou-lhe o pai, capaz de o fulminar, acabaste de estragar o nosso ganha pão. Fazia quinze anos que ele cá vinha todas as semanas!




Ora para que hão-de os deputados e demais políticos preocuparem-se com a corrupção? Vivem no sistema e do sistema! Veja-se, por exemplo, o exemplar caso do Betoneira Amaral vs. Lusoponte... Vem isto a propósito do post do Kaos, " A corrupção da consciência".


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4R - Quarta República, O LIVRO

4rO Blog 4R - Quarta República vai sair em livro.

Déjà vu.

O Fliscorno está muito mais à frente e permite-se aqui tornar público que vai ser sair em arquivo, mesmo antes de passar por livro.


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Blog & Roll

No Range o Dente:
«[... LFM] revelou hoje que poderá perfeitamente coadunar a sua actividade de presidente de câmara com a de boss da oposição.

Sendo difícil de acreditar que ser líder do PSD tome menos que 4 horas por dia, percebe-se que ser presidente de câmara não justifica mais que uma ocupação de outras 4 horas por dia.

Sendo assim há que reclamar de Menezes a devolução de 50% de todos os salários que auferiu enquanto presidente de câmara. [...]»

Ora aqui está uma interessante perspectiva.


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Proibindo

http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/XXhX1MzNWsST0jsqQAUcfw.html
«O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, demitiu por decreto o uso do gerúndio nos órgãos do governo e proibiu o uso do gerúndio para desculpa de ineficiência. O político alegou que perdeu a paciência com alguns assessores que estão sempre "fazendo, providenciando, estudando, preparando, encaminhando", mas nunca concluem um trabalho ou estabelecem um prazo para a sua finalização.»
 

Consta que entre nós passará a ser proibido "inquérito rigoroso", "comissão independente" e "estudos".


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the giant comma

valter de lemos, the giant comma

gracinhas anteriores


No Público, através d'O Jumento:
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, tem aparecido na televisão e até no Parlamento, o mesmo não sucedendo ao seu secretário de Estado, Valter Lemos. É pena, porque este senhor detém competências que lhe conferem um enorme poder sobre o ensino básico e secundário. Intrigada com a personagem, decidi proceder a uma investigação. Eis os resultados a que cheguei.
[...]
Apenas para dar um gostinho da sua linguagem, eis o que diz no subcapítulo "Diferencialidade": "Após a aplicação do teste e da sua correcção deverá, sempre que possível, ser realizado um trabalho que designamos por análise de itens e que consiste em determinar o índice de discriminação, [sic para a vírgula] e o grau de dificuldade, bem como a análise dos erros e omissões dos alunos. Trata-se portanto, [sic de novo] de determinar as características de diferencialidade do teste." Na página seguinte, dá-nos a fórmula para o cálculo do tal "índice de dificuldade e o de discriminação de cada item". É ela a seguinte: Df= (M+P)/N em que Df significa grau de dificuldade, N o número total de alunos de ambos os grupos, M o número de alunos do grupo melhor que responderam erradamente e P o número de alunos do grupo pior que responderam erradamente.

O mais interessante vem no final, quando o actual secretário de Estado lamenta a existência de professores que criticam os programas como sendo grandes demais ou desadequados ao nível etário dos alunos. Na sua opinião, "tais afirmações escondem muitas vezes, [sic mais uma vez] verdades aparentemente óbvias e outras vezes "desculpas de mau pagador", sendo difícil apoiá-las ou contradizê-las por não existir avaliação de programas em Portugal". Para ele, a experiência dos milhares de professores que, por esse país fora, têm de aplicar, com esforço sobre-humano, os programas que o ministério inventa não tem importância.

Não contente com a desvalorização do trabalho dos docentes, S. Excia decide bater-lhes: "Em certas escolas, após o fim das actividades lectivas, ouvem-se, por vezes, os professores dizer que lhes foi marcado serviço de estatística. Isto é dito com ar de quem tem, contra a sua vontade, de ir desempenhar mais uma tarefa burocrática que nada lhe diz. Ora, tal trabalho, [sic de novo] não deve ser de modo nenhum somente um trabalho de estatística, mas sim um verdadeiro trabalho de investigação, usando a avaliação institucional e programática do ano findo." O sábio pedagógico-burocrático dixit.
[...]

Vale a pena ler todo o texto, disponível n'O Jumento, para ajudar a perceber os caminhos (de cabra) da educação em Portugal.


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Luso ponte para a riqueza

No Jutiça, através do Macrocópio:

Em 1994, a Lusoponte-Concessionária para a travessia do Tejo, S.A. adquiriu o exclusivo rodoviário na travessia do Tejo a jusante da ponte de Vila Franca de Xira. Quem negociou tão original contrato foi o então ministro das Obras Públicas, Engº Joaquim Martins Ferreira do Amaral e é por causa dessa exclusividade que a Lusoponte poderá vir a receber uma indemnização por causa da construção da terceira ponte sobre o Tejo. O actual presidente do Conselho de Administração da Lusoponte S.A. é, vejam só a coincidência, o Engº Joaquim Martins Ferreira do Amaral.


Ocorre-me dizer, sabe-se lá porquê, cambada de chulos!


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Desenhos feitos por quem sabe



Vale a pena observar quem sabe... desenhar :)

ACTUALIZAÇÃO
Gostei da música e fui espreitar o site do grupo. Surpresa das surpresas, este vídeo faz parte da campanha de lançamento duma banda, Os Seminovos:

http://charges.uol.com.br/seminovos_blog.php
«Nossa idéia era fazer um vídeo de impacto, pra que se espalhasse de forma viral no YouTube e divulgasse o som da banda. Deu certo! Em poucos dias ele já estava bombando na rede, encantando inclusive os gringos! Admito que os desenhos acabaram chamando muito mais a atenção do que a música. Mas o fato é que "Ao mestre, com carinho" tá sendo ouvida, e o endereço da banda divulgado no final. Então, tá valendo demais!»


E o manifesto do grupo:

«1. “Os Seminovos” acreditam que estamos vivendo um momento único na história da música.
2. A velha ordem está ruindo. Bem vindo o novo!
3. Que a difusão por amizade, viral, através da Internet, faça com que cada música sincera encontre seu público.
4. Que a facilidade na troca de informações, a queda no custo das gravações e a oportunidade de distribuição global sem necessidade de um produto físico ajude a acabar com os vícios que corromperam a indústria da música.
5. Pelo fim do jabá nas rádios.
6. Total apoio aos programadores de rádio antenados e corajosos, que não se deixam influenciar pelo “Top 10” de meia dúzia de redes de emissoras via satélite.
7. Pelo fim da cegueira de alguns setores da imprensa musical, que ainda se pautam confortavelmente pelos press-releases e mimos das gravadoras.
8. Por mais transparência e ética no mercado de discos.
9. Pelo combate à pirataria, sim, mas com preços realistas de CDs, DVDs e downloads.
10. Pelo fim da cerveja quente nos shows de rock.
11. Pelo fim do machismo: por que só o Bono? Queremos que Britney Spears e Avril Lavigne também beijem seus fãs na boca!»


Mais uma gota no cada vez maior mar da web social! E uma crescente dor de cabeça para o negócio das editoras e das suas execráveis play lists.



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Piada de informático

Estava aqui para a frente e para trás com loops e whiles quando me ocorreu esta:

P: Qual é o feminino de "If ... then ... else"?
R: If ... then ... Elsa.

Pliiinnnnnggggggggg bem se vê que é fim do dia :)


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Dia mundial da música

É hoje. No guia do lazer encontram-se algumas sugestões:

http://lazer.publico.clix.pt/pesquisa.asp?id=16&qw=dia&cid=E7&dt=0&zp=0&lg=Localidade

Curiosamente, na Grande Lisboa, onde resido, não vejo para hoje as ofertas que esperava encontrar a rodos, atendendo à efeméride. Em Lisboa há uma cena no CCB ("melodias norte-americanas, de compositores como Bernstein e Gershwin", diz o Público mas hoje não me apetece the best of!). À parte disso, nem Gulbenkian, nem Escola Superior de Música, nem Conservatório de Música, nem o Teatro Municipal de S. Luiz (que também tem uma cena).

Talvez os concertos seguintes tenham interesse - não conheço. É caso para dizer que temos uma pobreza musical franciscana! Ah!, mas esperem, temos o Bando da Política , que passa os dias a dar-nos música.


Piazzolla Lisboa
210817040
Moita, Biblioteca Municipal Bento Jesus Caraça - R. Dr. Alexandre Sequeira
Dia 01-10-2007
Segunda às 21h30
3€.
Dia Mundial da Música.
António Carrilho (flauta de bisel), Paulo Pacheco (piano), Edoardo Sbaffi (violoncelo)





Trio.pt
213111400
Lisboa, Instituto Franco-Português - Av. Luís Bívar, 91
Dia 01-10-2007
Segunda às 19h00
10€ a 15€.
Concertos Antena 2. Dia Mundial da Música.
Pedro Morais Andrade (violino), Paulo Gaio Lima (violoncelo), Paulo Pacheco (piano)