Mais vale rir – 80
Se bem me lembro, o convite não nutriu efeitos: Chavez baldou-se. Não deixou por isso de ser algo bizarrio.
(republicações, diariamente às 12h30, de bonecada antiga)
Durante a tarde de ontem andaram as trombetas no ar anunciado a reavaliação das grandes obras públicas. Confesso que nem por um momento coloquei a hipótese de ouvir o governo comunicar a suspensão (já nem digo cancelamento) do TGV e do aeroporto. Até porque anteontem (exacto, há dois dias!) ficámos a saber que a betonagem do país avança a passos largos.
Estamos tesos mas temos vícios de ricos. Depois, ah e tal, os especuladores estão a dar cabo do país. Sinceramente, estes tipos que nos governam são para levar a sério?
PS: a foto do DN que ilustra esta mesma notícia parece saída de um quadro surrealista. Muito adequada ao presente exercício de spin.
«A subconcessão do Pinhal Interior é o maior empreendimento rodoviário cuja execução foi entregue à Estradas de Portugal, tanto em termos de investimento (1429 milhões de euros) como de extensão (567 quilómetros). O valor do contrato de construção é de 958 milhões de euros, tendo a Estradas de Portugal conseguido obter o financiamento máximo possível na candidatura que apresentou ao Banco Europeu de Investimentos. O acordo foi celebrado com o então vice-presidente do BEI, Carlos Costa, indicado como futuro governador do Banco do Portugal.» No Público
A 19 de Março de 2010 escrevi:
Coisas que os noticiários de horário nobre não dizem
No Rádio Clube há um programa deveras interessante, que é o Quarteto de Cordas, emitido aos sábados, das 12h às 13h e que conta com Vítor Moura, Inês Serra Lopes, Ricardo Jorge Pinto e um convidado diferente todas as semanas.
No programa de 06-03-10 (*) houve alguns momentos a reter:
- Estradas de Portugal: passivo de 15 mil milhões de euros, ou seja 10% do PIB (publicado no site do sector empresarial do Estado, na direcção geral do orçamento). Quando 10% do PIB não é contabilizado nas contas do Estado, podem-se com segurança afirmar que os números do défice, tão cientificamente apurados por Vítor Constâncio em 2005, não passam de propaganda.
- O governo quer vender as Estradas de Portugal. Os gregos também venderam a empresa de estradas e auto-estradas, numa operação financeira para esconder parte do défice. Veja-se onde chegaram os gregos e o que cá quer fazer aquele que diz já ter baixado o défice uma vez e que sabe como o voltar a fazer para que se antecipe o que aí vem.
Estas notícias parecem não fazer as honras dos noticiários de horário nobre. Enfim, cenas com rolhas e arrufos de candidatos deve ser notícia que vende melhor.
(*) abre com o Windows Media Player, por exemplo. Alternativamente, o programa pode ser ouvido no browser aqui.
Temos uma empresa pública, que vive do Orçamento de Estado, com um passivo que corresponde a 10% do PIB (apesar de não agravar o défice oficial das contas porque este passivo está escondido sob a capa de empresa pública). Simultaneamente, a mesma empresa lança-se na «maior e a mais cara» concessão de todo o seu pacote rodoviário, para isso indo financiar-se ao estrangeiro.
Portanto, aumentamos a nossa dependência financeira relativamente ao exterior. Depois há quem diga por aí que estamos a ser sujeitos a ataques especulativos. Primeiro metem-se a jeito, depois queixam-se. Começo a acreditar que nos iremos ver gregos.
A quem interesse, explico como o fazer:
How to Add Facebook's New "Like" Button to Blogger
Ok, está em inglês. Se tiverem dúvidas podem deixar um comentário.Bragaparques: Relação absolve Domingos Névoa de corrupção
Porteiro da escola de Leandro com processo disciplinar
Citando O'Neill, "Portugal não é um país, é só um lugar mal frequentado".
Depois do desenrolar dos acontecimentos recentes no campo da corrupção e do défice que deu um piparote, concluo que realmente os ministros do Sócrates usam de facto o Magalhães, como ele havia afirmado. Nem viram corrupção alguma e só viram o verdadeiro défice das eleições.
(republicações, diariamente às 12h30, de bonecada antiga)
Esta tira foi baseada num artigo em que a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alertava de facto para o risco do Magalhães fazer mal aos olhos das criancinhas. Parece que era por causa das letras pequeninas. Escapou-me o artigo em que a mesma sociedade alertasse para o perigo das letras minúsculas nos contratos de crédito à habitação e demais.
(republicações, diariamente às 12h30, de bonecada antiga)
Hoje no Público diz-se que o Parlamento vai pagar à deputada Inês Medeiros uma viagem semanal a Paris*. Consta que Jaima Gama terá dito que este caso não é para servir de jurisprudência. Isto é, desta vez fecham-se os olhos ao deboche mas, senhores futuros deputados, tirem o cavalinho da chuva que a mama acaba aqui.
Tenha vergonha na cara senhora deputada. Demita-se.
Adenda
Aliás, como be diz José Simões, são os contribuintes que vão pagar mais esta despesa.
Depois da tira dos cínicos do IC 19, é a vez do South Place, que é um nome parodiado do South Park. Aliás, os próprios bonecos são daí plagiados, sem pudor. Quem quiser pode fazê-los online no excelente SP-Studio. Esta é a primeira tira num total de 13.
(republicações, diariamente às 12h30, de bonecada antiga)
Experimentei usar um duplo para dormir por mim mas não perdi o sono e até esta tira adormeceu, já que esta foi a última da série. Hei-de-a retomar um dia. Mas já que isto vai em onda de tiras, amanha começa uma outra que gostei de fazer: South Place, um lugar ao sul.
(republicações, diariamente às 12h30, de bonecada antiga)
Atente-se na carta seguinte que responde ao pedido de acesso a um contrato Dep.to de Defesa dos EUA. O pedido foi feito a 4 de Outubro de 2007 e a resposta foi dada a 20 de Novembro de 2007. Além disso, foi publicada na net.
Simplex, não é? Cá para se saber uma coisita é um calvário e se forem coisonas, é melhor esquecer. Com ou sem Simplexes da tanga.
Seguem-se 33 páginas.
Dusky dolphins | Slow-Motion Video | Pounce |
Durante um tempo incerto, este blog estará em slow motion. Continuarão a sair as republicações diárias das 12h30 e o resto logo se vê. Algum cansaço derivado da blogagem política diária e tempo muito escasso são as razões. Vemos-nos por aí.
A tira chegou por estas alturas à campanha eleitoral. Atendendo à forma como as nossas contas andam, estamos mesmo a avançar. Curiosamente, na campanha eleitoral falou-se de muitos assuntos importantes, como casamentos, mas pouco do que estava para vir, como o "inesperado" défice inflacionado.
(republicações, diariamente às 12h30, de bonecada antiga)
Chocolate Cake with Hitler, de Emma Craigie.
«In her new book, Emma Craigie uncovers the heartbreaking story of 12-year-old Helga Goebbels, who was killed by her parents in the Berlin bunker as the Nazi empire crumbled» Artigo no Telegraph.
Valores a 9 anos:
Valores por ano:
Fontes:
Costumo ver a RTP2 e ouvir alguns programas da Antena 1. Não é a qualidade que está em causa. Também a encontro no Rádio Clube, na TSF e na SIC, para as quais não pago um tostão de imposto. É mesmo o valor inacreditavelmente elevado que acabamos por pagar por estes serviços.
Fala-se em privatizar a RTP. Mas que primeiro seria necessário um "saneamento financeiro (palavras de Jorge Lacão). Conversa de quem nada quer mudar, claro.
O que é óbvio é que sem a RTP todos teríamos pago menos impostos e ainda estou para ver em que é que o serviço público teria ficado mais pobre.
corrigido
Há tempos assisti a um documentário sobre universos paralelos. Há quem diga que são onze mas outros defendem que são em número infinito. Agradeço o post do Valupi sobre um deles.
Esta foi uma tira que precisaria de mais quadradinhos para ser desenvolvida e funcionar. A ideia era um trocadilho entre painéis solares e painéis publicitários. Sócrates nesta altura andava com a teoria que seriam os painéis solares que nos tirariam da crise quando eram os painéis publicitários que estavam a tirar o PS da crise eleitoral.
(republicações, diariamente às 12h30, de bonecada antiga)
O Fisco, sempre carinhoso comigo, teve a amabilidade de gastar algum dinheiro para me mandar uma carta a convidar-me a aderir ao ViaCTT. Aquele nado-morto de há uns anos e que agora foi ressuscitado à conta dos nossos impostos para adoçar a venda dos CTT.
Como tinha por alternativa ler as condições contratuais do ViaCTT ou a resposta de Sócrates ao Público (no desenvolvimento de um caso que comprova que o jornal não andou a inventar tal como Sócrates argumentara em 2008), optei pela primeira opção.
Para o caso de não estar a par do que é o ViaCTT, adianto que é um serviço dos CTT que pretende substituir a correspondência entre certos operadores (EDP, águas, bancos, fisco, etc.) e os destinatários - nós - usando para tal um email que os CTT apelidam de seguro.
Assim sendo, vamos ter um serviço com o mesmo nível de segurança de uma correspondência registada, certo? Errado. É precisamente no aspecto do que acontece quando o "nome de utilizador" e a "chave postal" cai em mãos alheias que porca torce o rabo. Se com uma carta registada esta só se considera recebida quando o destinatário assina a entrega, já no ViaCTT as coisas não são bem assim.
Outro aspecto fantástico é a pré-disposição do ViaCTT para usar os nossos dados pessoais para acções de marketing da própria empresa. Sim, pode ser proibida mas esse não é o caso quando "o TITULAR não manifeste expressamente a sua vontade nas opções constantes dos campos respectivos do Formulário de Pedido de Registo". Além disso, o direito de oposição ao tratamento dos dados pessoais é garantido mas "mediante pedido por escrito dirigido para ". Enfim, atitudes comerciais que me deixam sempre desconfiado. Porque não havia de ser o oposto, eu ter que explicitamente autorizar o tratamento de dados pessoais, sendo o meu silêncio interpretado como não autorização?
Note-se que faço a comparação com uma carta registada pois é o serviço que me parece comparável a um email "seguro". Tal como uma carta normal está para um email normal.
Bem, indo ao concreto da questão, incluo a seguir as clausulas que considero questionáveis, com algumas notas e destaques meus. O meu balanço é: Carta registada: 12 - ViaCTT: 0.
Vital Moreira hoje no Público:
De acordo com tal proposta [de Passos Coelho, para alterar a lei eleitoral] (…) os boletins de voto passariam a incluir a lista nominal dos candidatos de cada partido concorrente, passando os eleitores a poder manifestar, querendo, a sua preferência entre os candidatos do partido em que votam.
Vital Moreira acha que a proposta é perigosa porque
Realidade perigosa é o que agora existe onde
Portanto, é uma proposta perigosa para quem? Só para o actual status quo, do qual o senhor Vital Moreira faz parte.
Há um ano, no calor do "processo" Freeport, havia duas pronuncias em voga: friporte e fripór. A parte gira era ver quem pronunciava de que maneira. Numa amostra estatística que possivelmente não passaria pela apertada malha da Comissão Nacional de Eleições, concluí que a malta rosa tinha preferência pela variante fripór e que os contras se inclinavam para o mais aportuguesado friporte.
(republicações, diariamente às 12h30, de bonecada antiga)
Tal como suspeitara, a Parque Escolar E.P.E. fraccionou empreitadas como forma de contornar os (já elevadíssimos) limites de ajuste directo. Esta empresa, segundo o site Transparência na AP, é a sétima maior em termos de ajustes directos. O que é que passará com as outras, já agora?
Face a esta conjuntura, a petição lançada pelo 5 Dias é oportuna e importante. Pode (e deve) ser assinada em http://www.peticao.com.pt/parque-escolar.
Leitura adicional: conjunto de textos sobre a Transparência na AP
Estou a cumprir o ritual de prestar contas ao Estado por forma a que me devolvam (sem juros!) o dinheiro que ao longo de 2009 me cobraram a mais. De cada vez que olho para os montantes que desconto para IRS e segurança social e olho para aquilo que o Estado me dá, sinto-me sempre %#$&$#.
Aliás, olho é para o que o Estado não me dá, apesar de pagar para isso:
A lista poderia continuar. O facto é que pago para o Estado mas quando preciso de um serviço que supostamente o Estado me iria proporcionar, a realidade é que volto a pagar o serviço no privado.
Ok, nada de novo neste enorme parêntese. Porque o que me trás a este texto é a estupefacção da certificação energética A+ da habitação permanente ter impacto nulo no valor a receber. Ainda no ano passado, a certificação energética A+ aumentava em 60 euros o valor a receber. Portanto, quem no ano passado "investiu" 200€ para obter um A+, este ano fica a arder. Isso ou estou a usar mal o simulador do IRS (hipótese remota).
Estado=pessoa de bem? Certo!...
1 kg farinha extrafina
3 ovos
300 g açúcar
100 g manteiga
400 ml leite
50 g fermento de padeiro
5 ovos cozidos
1 ovo batido para pincelar
sal qb
Aquecer o leite com a manteiga. Num alguidar deitar a farinha, fazer uma covinha ao meio e nela deitar um ovo e o fermento de padeiro desfeito com um pouco de água morna. Juntar o sal (metade da quantidade usada para o pão). Misturar com alguma da farinha e deixar fermentar durante 10 minutos. De seguida, ir juntando os restantes ovos, o leite e o açúcar e ir amassando. Se a massa ficar muito seca, pode-se juntar mais ovos ou leite. Deixa-se levedar até dobrar de volume. Entretanto, cozem-se 5 ovos em água com casca de cebola até ficarem bem cozidos.
Retira-se um bom pedaço da massa para formar um rolinho para enfeitar o folar. Com a restante massa forma-se uma bola grande com ajuda de farinha e em cima do tabuleiro de ir ao forno. Em cima colocam-se os ovos cozidos em forma de cruz. Ficam com o terço inferior dentro da massa. Estende-se o rolinho por cima dos ovos, também em cruz e de modo a tapar ligeiramente os ovos. Pincela-se toda a massa com ovo batido. Pode deixar-se levedar novamente para ficar mais fofo.
Vai a forno quente durante 30 minutos ou até um palito inserido sair seco, sem massa agarrada.
Serve-se simples ou barrado de doce ou manteiga.
Depois de dar forma ao folar | A cobertura com ovo |
No forno | Depois de cozidos |
Atendendo a que o Computador Magalhães é um clone do ClassmatePC, da Intel, há sério risco de estes computadores escolares estarem a ser usados remotamente para escutas ilegais.
Tal foi o caso que acabou em tribunal por causa de uma escola de Montgomery County, Filadélfia, EUA, ter usado os computadores da escola para espiar os seus alunos através da respectiva câmara:
PHILADELPHIA, Pa. -- The issue of electronic privacy took center stage at a U.S. Senate subcommittee field hearing in Philadelphia Monday. The federal lawsuit in a school district in Montgomery County played a supporting role. Officials and experts spent the day debating whether there should be new federal legislation addressing video surveillance.
No caso português, a situação é mais grave porque a conjugação computador com câmara e com ligação móvel à net permite que a câmara seja activada remotamente, mesmo fora da escola, sem que o respectivo dono disso se aperceba.
A questão é séria e deve ser colocada ao Ministério da Educação: que medidas foram tomadas para desactivar o controlo remoto da câmara dos computadores Magalhães? Espera-se que o ME não seja conivente com esta situação porque então há a temer que algum plano maquiavélico poderá estar em marcha. Falo, especificamente, da possibilidade do governo poder passar a espiar remotamente determinadas famílias à sua escolha, graças à distribuição massiva que o Magalhães teve.
Dependendo da resposta do ME, colocar-se-á ou não a questão: está o governo a espiar famílias com recurso ao computador Magalhães? É um assunto sério que será seguido com atenção neste espaço.
Carlos Natal, porta-voz da comissão de utentes do SAP de Valença, fala sobre o ministério da edusaúde.
Áudio original no Podcast da TSF (link directo). Relacionado:
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