Faço minhas as palavras de António de Almeida, no seu Direito de Opinião, que assim me poupa a escrita sobre o caso do momento.
Legislativas 2009: reacções nos blogs
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terça-feira, 29 de setembro de 2009
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Labels: legislativas 2009 , Pela net , política
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Reacções às legislativas 2009, por volta das 20 horas:
Prémio melhor título:
ProfAvaliação: Cavaco derrota PSD e professores tiram maioria absoluta ao PS
E mais reacções de nota (para mim, claro), noutros momentos:
- ProfAvaliação: Cavaco derrota PSD e professores tiram maioria absoluta ao PS
- A Educação do Meu Umbigo: Fim Da Maioria Absoluta
- Blasfémias: O grande derrotado da noite:
- O Insurgente: Mais 4 anos
- O Jumento: O primeiro comentário
- Tomar Partido: Boa e má notícia
- Novo Rumo: Maior derrotado: Portugal
- Anovis Anophelis: Às 20 horas e 8 minutos
- Corta-Fitas: O Povo falou
- 31 da Armada: Cidadãs e cidadãos
- Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos: Eleições legislativas 2009 (2).
- Oeiras Local: Legislativas em Oeiras I
- Despertar da mente: Notas Iniciais
- Perspectivas: Venceu o Estado maçónico
- Portugal dos pequeninos: Derrota
- O Cachimbo de Magritte: As Eleições de Hoje: Um Primeiro Comentário.
- Macroscópio: Projecções dão vitória ao PS, com maioria relativa
- Bar Velho Online: Há cada vez mais pessoas a pensar como nós!
- Olhares: Tal Como Eu Disse...
- Fliscorno: Legislativas 2009 - previsão das 20 horas
Prémio melhor título:
ProfAvaliação: Cavaco derrota PSD e professores tiram maioria absoluta ao PS
E mais reacções de nota (para mim, claro), noutros momentos:
- Mairdenuboske: Resenha curta e grossa acerca do resultado das legislativas
- Alien's Corner: É assim que me sinto.
- Jamais (Pedro Picoito): "Obrigado Manuela", seguido de "Os Nossos Erros"
- Simplex (Luís Novaes Tito): Constatações
- As Minhas Leituras: PS: meio milhão de votos a menos
- Profavaliação: Daqui para a frente
- outrÒÓlhar: Um mal menor ou a vitória possível?
- Professores Lusos: A análise possível...
- Fotino: As Eleições
- Der Terrorist: Reflexão pós-eleições
- Activismo de sofá: Breves notas sobre os Resultados Eleitorais
- Classe política: vitórias e derrotas
- Cicuta: Quanto Custa um Deputado (em votos)
- The Watchdog: A ressaca eleitoral
- O País do Burro: Dos grandes para os pequenos
Thriller presidencial
Presidente da República marca declaração para amanhã [hoje] às 20h00
Que mau serviço faz o presidente com a sua política de meias palavras, silêncios calculados e tabus. Para mim, quem tem alguma coisa a dizer, fala quando é chegado o momento. Mais um episódio para me recordar porque é que Cavaco Silva, enquanto primeiro-ministro, perdeu o apoio popular que durante algum tempo gozou.
Que mau serviço faz o presidente com a sua política de meias palavras, silêncios calculados e tabus. Para mim, quem tem alguma coisa a dizer, fala quando é chegado o momento. Mais um episódio para me recordar porque é que Cavaco Silva, enquanto primeiro-ministro, perdeu o apoio popular que durante algum tempo gozou.
Explicação simples
Ongoing compra 35 por cento da Media Capital
Como ouvi na Antena 1, este é um negócio que carece de várias autorizações por parte do regulador. Para mim é claro porque é que a Prisa correu com Manuela Moura Guedes.
Adenda: confirma-se o poder do estado no negócio: além do primeiro-ministro já ter em em Junho impedido que a PT comprasse 30% da Media Capital, é agora a vez da CMVM, da Autoridade da Concorrência, e da ERC terem voz neste outro negócio. Sócrates nunca precisou de telefonar à Prisa para acabar com o Jornal de Sexta.
Como ouvi na Antena 1, este é um negócio que carece de várias autorizações por parte do regulador. Para mim é claro porque é que a Prisa correu com Manuela Moura Guedes.
Adenda: confirma-se o poder do estado no negócio: além do primeiro-ministro já ter em em Junho impedido que a PT comprasse 30% da Media Capital, é agora a vez da CMVM, da Autoridade da Concorrência, e da ERC terem voz neste outro negócio. Sócrates nunca precisou de telefonar à Prisa para acabar com o Jornal de Sexta.
O fantasma da RTP
Num breve zapping pela TV de ontem reparei no Prós & Contrinhas da Fátima Campos Correia. Estava nesse momento Pedro Duarte do PSD a falar, ou pelo menos a tentar, já que a condutora do programa o interrompia constantemente, dirigindo o discurso dele, coisa que este, certamente fruto da inexperiência, permitia. O mesmo se passou com o representante do BE, cujo nome não fixei. Os restantes participantes também foram alvos das intempestivas interrupções de Fátima mas, mais calejados nestas lides, simplesmente a ignoravam.
Portanto, nada de novo neste programa onde a moderadora procura meter palavras na boca dos que estão a falar em vez de ouvir o que estes têm para dizer. A parte que me espantou mesmo foi a realização que fazia um ping-pong de imagem entre Santos Silva e quem estivesse a falar. Impressionante. O tempo de imagem deste senhor deve ter estado próximo dos 50% do total da emissão. O homem aparecia lado a lado com o orador, era colocado em segundo plano numa das televisões laterais, preenchia a totalidade do televisor e, noutros planos, flutuava num televisor por cima do painel de convidados, pairando como um fantasma. Ficou claro quem tutela a comunicação social pública.
Portanto, nada de novo neste programa onde a moderadora procura meter palavras na boca dos que estão a falar em vez de ouvir o que estes têm para dizer. A parte que me espantou mesmo foi a realização que fazia um ping-pong de imagem entre Santos Silva e quem estivesse a falar. Impressionante. O tempo de imagem deste senhor deve ter estado próximo dos 50% do total da emissão. O homem aparecia lado a lado com o orador, era colocado em segundo plano numa das televisões laterais, preenchia a totalidade do televisor e, noutros planos, flutuava num televisor por cima do painel de convidados, pairando como um fantasma. Ficou claro quem tutela a comunicação social pública.
Resultados legislativas 2009: o dia seguinte
João Cravinho diz que próximo Governo vai durar dois anos. Parece-me que as peças do xadrez político se movem para uma governação sem coligação. Se assim for, estamos perante um governo para 18 meses e Sócrates apostará tudo na vitimização. Aliás, ontem já foram dados sinais, com alguns socialistas a dizerem na TV que é preciso estabilidade e que a oposição tem que ser responsável. A cada voto contra da oposição, vamos ouvir Sócrates a dizer "não nos deixam governar". Valem apostas?
Infografias: Hugo Castanho/PUBLICO.PT
Infografias: Hugo Castanho/PUBLICO.PT
«Justiça poética»
João Miranda no Blasfémias, com uma vénia:
O Partido Socialista tem 4 anos para colher os louros na sua boa governação. Beneficiará acima de tudo das contas públicas controladas de que tanto Sócrates falou durante a campanha.
Cavaco e o silêncio
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domingo, 27 de setembro de 2009
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Labels: gracinha , legislativas 2009 , política
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O caminho para os 116
PS+BE? Nos próximos dias vamos ver se havia ou não uma estratégia para acordo pós-eleitoral. Mas para esta hipótese será preciso estes dois partidos chegarem à maioria absoluta dos 116 deputados, o que poderá não acontecer.
Por outro lado, fala-se à boca cheia do PS governar sozinho, numa estratégia de governo de 18 meses para depois procurar a maioria absoluta. A verificar-se esta hipótese, será a vitória do calculismo político e a derrota do interesse do país. Assistiremos a ano e meio de jogatana politica, da qual só resultará empobrecimento.
Por outro lado, fala-se à boca cheia do PS governar sozinho, numa estratégia de governo de 18 meses para depois procurar a maioria absoluta. A verificar-se esta hipótese, será a vitória do calculismo político e a derrota do interesse do país. Assistiremos a ano e meio de jogatana politica, da qual só resultará empobrecimento.
Legislativas 2009 - previsão das 20 horas
Muito graças à incompetência do PSD, primeiro como oposição e de seguida na campanha eleitoral, prevê-se que iremos gramar com mais um governo Sócrates. Impressionante. Fica provado que a estratégia do PSD de optar pela não campanha e pela postura negativa não funciona. Também se demonstrou que os portugueses querem promessas, não importa se serão ou não para cumprir.
Para seguir os resultados em tempo real: ver o site do Ministério da Justiça, Legislativas 2009
23:59, hora de reflectir
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sexta-feira, 25 de setembro de 2009
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Labels: campanha eleitoral , legislativas 2009
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Falta um minuto para se entrar no dia de reflexão, seja lá o que isso for, sirva lá para o que for. Olhem, que sirva para pensar se querem este ex-líbris do governo Sócrates para mais um mandato:
- Projectos PIN
- Ajustes directos
- Os contratos dos contentores de Alcântara
- Financiamento dos computadores Magalhães
- Fundação das Telecomunicações para as Redes Móveis
- Parque Escolar: Estado pagou a arquitectos mais de 20 milhões de euros sem concurso
- Auto-estradas 57 por cento mais caras do que as propostas iniciais»
- Salvar bancos
- Armando Vara na CGD
- Jorge Coelho na Mota Engil
- Financiamento partidário: 1 milhão de euros em dinheiro vivo
- Ajuste directo: Governo finta limites
- As aulinhas de inglês e o caso da empresa Know How
- Projecto de leis sobre locais para piercings
- Legislar sobre a quantidade de sal no pão
- Ninjas da ASAE e controladores da ERC
- Entrar na intimidade daqueles que não querem os deveres e direitos do casamento
Voto útil
Na sequência do que escreve Zé de Portugal e Cristina Mendes Ribeiro, é de notar que o voto útil é útil mas para quem o recebe (crédito a Carlos Magno, hoje no Contraditório, da Antena 1). Útil para mim é não haver uma maioria absoluta que governe do alto do seu palácio de arrogância.
É também de mau gosto - e até talvez encerre falta de sentido democrático, esta ideia de voto útil, já que o seu contrário, o voto inútil, está implicito. Defender este conceito é menosprezar quem pensa de maneira diferente. Tem, ao menos, uma mais valia, que é por a nú a faceta de poder de quem faz este apelo.
É também de mau gosto - e até talvez encerre falta de sentido democrático, esta ideia de voto útil, já que o seu contrário, o voto inútil, está implicito. Defender este conceito é menosprezar quem pensa de maneira diferente. Tem, ao menos, uma mais valia, que é por a nú a faceta de poder de quem faz este apelo.
Sondagens eleições legislativas 2009
Autoria das imagens:
1. Pedro Magalhães.
2. Público
3, 4 e 5: DN
TSF e Diário Económico:
PS: 40%
PSD: 31,6%
BE: 9,2%
CDS-PP: 8,2%
CDU: 7,2%
OBN: 3,8%
Correio da Manhã:
PS: 38,8%
PSD: 29,1%
BE: 10%
CDS-PP:8,6%
CDU: 8,4%
OBN: 5,1%
Rádio Renascença, a SIC e o Expresso decidiram não publicar sondagens (fornecedor habitual: Eurosondagem)
2. Público
3, 4 e 5: DN
TSF e Diário Económico:
PS: 40%
PSD: 31,6%
BE: 9,2%
CDS-PP: 8,2%
CDU: 7,2%
OBN: 3,8%
Correio da Manhã:
PS: 38,8%
PSD: 29,1%
BE: 10%
CDS-PP:8,6%
CDU: 8,4%
OBN: 5,1%
Rádio Renascença, a SIC e o Expresso decidiram não publicar sondagens (fornecedor habitual: Eurosondagem)
À atenção do DN
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quinta-feira, 24 de setembro de 2009
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Labels: campanha eleitoral , PS , vidinha
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Este caso em que José Lello e António Braga são acusados tem uma diferença notória quando comparado com o caso da compra de votos no PSD: os socialistas negoceiam com cargos de estado e o PSD negoceia com fundos próprios.
Estão bem uns para os outros!
Já agora, é de recordar o episódio que envolveu o Joana Amaral Dias e o convite que lhe foi dirigido (ela própria o confirmou) para integrar as listas do PS a troco da presidência do Instituto das Drogas. Como disse Elisa Ferreira, «é do Estado, é do PS do Governo Socialista».
Já agora, pessoal do DN: se tiverem por aí algum email ou alguma fonte para revelar sobre o caso da oferta de cargos em troca de financiamento partidário, não se coíbam.
Estão bem uns para os outros!
Já agora, é de recordar o episódio que envolveu o Joana Amaral Dias e o convite que lhe foi dirigido (ela própria o confirmou) para integrar as listas do PS a troco da presidência do Instituto das Drogas. Como disse Elisa Ferreira, «é do Estado, é do PS do Governo Socialista».
Já agora, pessoal do DN: se tiverem por aí algum email ou alguma fonte para revelar sobre o caso da oferta de cargos em troca de financiamento partidário, não se coíbam.
PIB Portugal 1976-2009, com enquadramento político
Quem é que nos tem governado nas últimas décadas? E que performances económicas estiveram associadas? Que eventos aconteceram?
Baseando-me no gráfico publicado pelo Expresso em 27 Junho 2009 (evolução do PIB 1976-1999), acrescentei-lhe a dimensão política. O resultado é o gráfico supra.
Republicação, creio que pertinente, face ao momento de decisões que se aproxima.
PS: correcções e sugestões são bem vindas
Adenda: subtítulo corrigido, depois da observação de José Simões
«Lembra-se do que se falava nas eleições de 2005?»
Este texto de Paulo Paixão no Expresso é uma delícia e vale a leitura completa. Aqui fica para memória futura.
Lembra-se do que se falava nas eleições de 2005?
ler mais ...
Lembra-se do que se falava nas eleições de 2005?
Há os que nunca saem da crista da onda, mas em certos casos quatro anos é muito tempo: perdeu-se o rasto a certos temas, figuras e slogans de 2005. Embora ainda seja cedo para comparações definitivas, pois falta a semana mais renhida.
Fevereiro de 2005 foi o mês em que, a reboque de boatos, a vida privada de um líder partidário (o actual primeiro-ministro) foi discutida publicamente, quase sempre a partir de insinuações e de meias palavras.
José Sócrates foi alvo de mais arremessos. Luís Nobre Guedes, então ministro, apelou a uma espécie de espera. "Coimbra devia 'levantar' à rua e esse senhor não devia entrar", disse. A co-incineração incendiava os ânimos. Mas Paulo Portas interveio, desautorizando o seu lugar-tenente, e as milícias nunca entraram em acção. O tema da queima de resíduos saiu entretanto da praça pública, mas para todos os efeitos ficou um incitamento à perturbação da ordem pública.
Em 2005, com linhas tortuosas se coseu o debate. Por ora, nem sinais de campanha assim, negativa e destrutiva.
A lei sobre o aborto, tema fracturante por excelência, também saiu da ordem do dia. O facto ajuda a explicar a discrição da componente religiosa nesta campanha. Nas últimas legislativas, figuras da Igreja assumiram um protagonismo formal, com um abaixo-assinado em que além da interrupção voluntária da gravidez se pronunciavam sobre o casamento homossexual e a adopção de crianças.
Durão Barroso foi apoiante declarado do líder do PSD há quatro anos, com exibição em tempo de antena e tudo. Desta vez, Manuela Ferreira Leite não terá a mesma sorte.
Saído da liça está, para já, Freitas do Amaral. Em 2005, o ex-líder do CDS apoiou Sócrates, e viria a ser seu ministro. A transumância política em direcção à esquerda é rara e sempre notícia, pelo que a conversão do homem que um dia uniu toda a direita - do outro lado estava Mário Soares, no momento de maior clivagem política da história da democracia portuguesa, as eleições presidenciais de 1986 - irou ex-correligionários e agitou as águas.
Não foi o único empurrãozinho imprevisto, e insuspeito, dado por Freitas: aceitou prefaciar um livro do candidato do MRPP.
Nas últimas legislativas, o 'plano tecnológico' era a "prioridade" da campanha socialista. A expressão caiu em desuso. A medida não deu assim tantos frutos à escala industrial, mas gerou pelo menos uma flor, que povoa salas de aulas e algumas polémicas: o computador "Magalhães".
Geometrias eleitorais O que se ouviu bastante em 2005 e não se ouve agora são os apelos do PS a uma maioria absoluta. Se o pedido foi atendido pelos eleitores, o PSD teve sorte diferente. Um cartaz laranja apresentava Sócrates como discípulo de Guterres. "Quer mesmo que eles voltem?", inquiriam os social-democratas, mostrando o líder do PS ao lado de parte da chamada "tralha guterrista".
Um erro de cálculo: em primeiro lugar, os portugueses quiseram que "eles" voltassem - e logo por maioria absoluta. Em segundo lugar, se o engenheiro químico primava pela incapacidade de dizer 'não', o engenheiro civil é acusado pela razão inversa, a indisponibilidade para dialogar. Apesar de o primeiro-ministro temperar agora as coisas com 'delicadeza', Sócrates é o anti-Guterres. Mas cartaz por cartaz não foi este sequer o que marcou mais a campanha de 2005.
Os últimos são os primeiros. Há quatro anos, Cavaco Silva foi objecto de notícia do "Público" como tendo dito que apostava numa maioria absoluta de Sócrates. Cavaco negou tal propósito, mas o caso incendiou o PSD. Jardim falou mesmo de "expulsão do partido"... Desta vez, novamente através do "Público", nova agitação no binómio Cavaco-Sócrates, já não unicamente candidatos mas instalados nos dois lugares cimeiros da hierarquia do Estado: o 'caso das escutas'.
Em 2005, em plena campanha, irrompeu o 'caso Freeport'. Foi numa sexta-feira, 11 de Fevereiro. Esteve adormecido durante anos, mas foi acordado no início deste ano, a tempo de sobressaltar os últimos meses do mandato de Sócrates.
Sobressalto constante desta legislatura foi a relação do chefe do Governo com os media. Se Sócrates tem proveito da sua alegada irresistível tentação de controlar os media, isso são contas de outro rosário. Já a fama, essa, vem de longe.
Em 2005, quando Marcelo Rebelo de Sousa se preparava para iniciar a colaboração com a RTP, sectores socialistas movimentaram-se contra o púlpito concedido ao ex-líder do PSD. O candidato do PS à chefia do Governo disse: "O serviço público tem a obrigação de assegurar o pluralismo de opinião". Sabe-se como acabou a história: a António Vitorino foi dado um espaço equivalente.
A campanha aquece...
Ao social-democrata José de Matos Correia coube fazer de imediato a marcação cerrada ao líder do PS: "Se o engenheiro José Sócrates já envia recados quando é candidato a primeiro-ministro, imagine-se o que sucederia caso viesse mesmo a exercer essas funções?". Um alvitre muito premonitório.
A oito dias da ida às urnas, a discussão eleitoral - muito centrada em propostas e programas - prossegue em clima vivo, mas algo morno, face a desmandos de 2005.
Mas, à medida que o Verão se despede, a temperatura política sobe. Nos últimos dias - com o regresso da licenciatura de Sócrates e da mala de Preto para a compra de votos no PSD; desde há 24 horas com novo episódio das escutas e consequente aumento da tensão entre Belém e S. Bento -, a campanha aquece.
E quando a campanha aquece, sabe-se lá o que acontece.
Outros pontos
Figuras
Mário Soares
Em 2005, na véspera das eleições lançou o livro "A Crise. E Agora". Desde há semanas está nos escaparates a obra "Elogio da Política".
Alberto João Jardim
Da arca de Alberto João saiu há quatro anos o baptismo do "Sr. Silva" (referia-se a Aníbal, hoje chefe de Estado). Desta vez, do Atlântico sai uma pérola mais underground: "Fuck them...".
Garcia Pereira
Em 2005, teve ao lado Freitas do Amaral, que lhe prefaciou um livro. O poder de sedução de opostos do líder do MRPP continua intacto. Desta vez é António Pires de Lima, ex-bastonário dos advogados, o seu mandatário.
Sagrado
Morte da irmã Lúcia
Nas últimas legislativas, a presença da religião deveu-se em parte à morte da irmã Lúcia, uma semana antes das eleições. A direita suspendeu a campanha em memória da vidente de Fátima; a esquerda de todo.
Acusações de oportunismo
O tema acendeu ânimos. D. Manuel Martins, antigo bispo de Setúbal, insurgiu-se contra acções de mero "oportunismo político".
Homília polémica
Ainda em 2005, outro episódio controverso: o pároco da igreja de São João de Brito, em Lisboa, apelou aos fiéis para não votarem em quem defende o aborto, a eutanásia e os direitos dos homossexuais. A homilia foi transmitida pela Antena 1.
Profano
Carnaval em São Bento
Na terça-feira de Entrudo, Santana chamou os jornalistas ao palácio. Passeou com alguns filhos (e amigos destes) pelos jardins. Apresentou-se como primeiro-ministro, mas falou sobretudo como candidato.
Bombos da festa
Num jantar em Aveiro, Santana bateu forte e feio na comunicação social, por alegada parcialidade. Três vaias ouviram os jornalistas.
Radicalismo de esquerda
O ambiente entre comunistas e bloquistas esteve turvo: "O BE está a funcionar como um depósito-geral de adidos, que recolhe pessoas zangadas com a vida", disse Jerónimo. Referia-se a militantes que deixaram o PCP e então demandaram o Bloco. Louçã responderia à letra. Em 2009 é diferente: no debate televisivo vigorou uma espécie de pacto de não agressão.
ler mais ...
Magalhães e o merchandising eleitoral
Ler na TSF:
Recordo que aqui se tem defendido que o investimento nos Magalhães, no sentido de o computador ser propriedade dos alunos, não faz sentido. Com o mesmo dinheiro tinham-se comprado computadores de mesa para as escolas, com maior capacidade de cálculo (logo, que não se desactualizariam tão depressa) e que serviriam de um ano para o seguinte, não obrigando a repetir o mesmo investimento todos os anos. Mas isso não aliciava os pais de forma igual, pois não? Como em Maio escrevi, o Magalhães não é uma aposta na informática; é merchandising eleitoral.
Adenda: Lá está, Valter de Lemos acabou de me dar razão:
Adenda: A ministra da educação contradiz o seu secretário de estado:
Programa de distribuição do computador Magalhães suspenso
Um ano depois do Governo entregar nas escolas os primeiros Magalhães a TSF apurou que o programa está suspenso. Fonte do plano tecnológico da Educação adiantou mesmo não dispor de qualquer informação sobre a continuidade do projecto.
(...)
O Ministério da Educação limitou-se a remeter-nos para um comunicado divulgado em Junho e no qual se afirma que, até este momento, já tinham sido entregues cerca de 370 mil computadores Magalhães.
Recordo que aqui se tem defendido que o investimento nos Magalhães, no sentido de o computador ser propriedade dos alunos, não faz sentido. Com o mesmo dinheiro tinham-se comprado computadores de mesa para as escolas, com maior capacidade de cálculo (logo, que não se desactualizariam tão depressa) e que serviriam de um ano para o seguinte, não obrigando a repetir o mesmo investimento todos os anos. Mas isso não aliciava os pais de forma igual, pois não? Como em Maio escrevi, o Magalhães não é uma aposta na informática; é merchandising eleitoral.
Adenda: Lá está, Valter de Lemos acabou de me dar razão:
"A entrega do computador Magalhães implica uma despesa elevada e naturalmente que o Governo entende que deve ser o próximo executivo a tomar essa decisão, sendo que está tudo preparado para que ela possa ser tomada tão rapidamente quanto o novo governo desejar", justificou Valter Lemos, confirmando que as entregas estão em atraso para os alunos que entraram este ano para o ensino básico.
Adenda: A ministra da educação contradiz o seu secretário de estado:
A governante considerou que o próximo executivo terá “todas as condições para dar continuidade ao programa”. “É isso que nós esperamos”, expressou, sublinhando que os novos alunos são “uma minoria em relação aos que já têm o Magalhães” e dispõem de outros computadores nos estabelecimentos de ensino.
A legislatura em bonecos: 2005 ~ 2009
A poucos dias das eleições, a legislatura encontra-se na recta final. Fica aqui um olhar pessoal em forma de uma selecção de bonecada que foi publicada neste blog.
Link no slideshare: http://www.slideshare.net/fliscorno/a-legislatura-em-bonecos-2005-2009-2038218
Sugestão: clicar onde diz full para ver em écran inteiro.
DGS envia SMS a todos os portugueses
A Direcção-Geral de Saúde (DGS) está a enviar um SMS para todos os telemóveis nacionais com uma mensagem de aconselhamento sobre a gripe A.
No JN:
No DN:
Seria necessário ir tão longe na divulgação da mensagem? Talvez houvesse ainda alguém, num local remoto onde não chega a rádio, a televisão e os jornais, que ainda não tivesse tomado conhecimento destes conselhos. Mas que esse lugar não seja remoto de mais para nem o telemóvel lá chegar, já agora.
O facto é que, independentemente da validade dos argumentos, é possível o governo usar, mesmo que por interposta pessoa, dados privados dos cidadãos. Sem querer entrar em teorias da conspiração, isto preocupa-me. Este é um bom momento para trazer à actualidade a polémica sobre o uso de chips RFID nas matrículas de automóveis.
No JN:
O envio de alertas sobre a gripe A por SMS para os telemóveis dos portugueses é uma "medida excepcional" com uma "duração limitada", garantiu ao JN Clara Guerra, do Serviço de Informação da Comissão Nacional de Protecção de Dados.
De acordo com a autorização concedida pela CNPD, o envio das mensagens é feito directamente pelas operadoras telefónicas aos respectivos clientes, não havendo qualquer acesso aos dados nem conhecimento por parte da Direcção-Geral de Saúde (DGS) dos números de telefone.
No DN:
Para já, apenas será "enviada esta mensagem, mas se houver uma situação epidemiológica especial, poderão ser enviadas mais", acrescenta o director-geral da saúde, que apela às pessoas para cumprir estas regras para minimizar o contágio.
Seria necessário ir tão longe na divulgação da mensagem? Talvez houvesse ainda alguém, num local remoto onde não chega a rádio, a televisão e os jornais, que ainda não tivesse tomado conhecimento destes conselhos. Mas que esse lugar não seja remoto de mais para nem o telemóvel lá chegar, já agora.
O facto é que, independentemente da validade dos argumentos, é possível o governo usar, mesmo que por interposta pessoa, dados privados dos cidadãos. Sem querer entrar em teorias da conspiração, isto preocupa-me. Este é um bom momento para trazer à actualidade a polémica sobre o uso de chips RFID nas matrículas de automóveis.
Uma pergunta que faço a mim mesmo frequentemente
João Miguel Tavares, hoje no DN
«Por vezes quando escrevo estes textos dou por mim a pensar se me terei transformado num dos velhinhos dos Marretas, a zurzir contra tudo e contra todos a partir do camarote. "Serei hoje uma pessoa tão amarga que não consegue ver a bondade, o carácter e a competência nem dos que nos governam, nem daqueles que nos querem governar?"»
Parabéns aos estrategas eleitorais
A legislatura está na recta final e falta menos de uma semana para as legislativas. Há muito ruído noticioso mas pouca avaliação da legislatura. As propostas dos partidos são vagas. O próximo governo está à porta e, com ele, virão os dias efectivamente difíceis: alguém terá que pagar o elevado défice do estado, fruto de "salvar" sabe-se lá o quê. Os impostos vêm aí. Mas o país discute alegremente as escutas na presidência. Parabéns aos estrategas eleitorais; os meus sentimentos para os eleitores.
«Votar Mota-Engil é avançar Portugal»
João Miranda, no Blasfémias:
Votar Mota-Engil é avançar Portugal
Votar Mota-Engil é avançar Portugal
Resultado das eleições é o principal “trigger” da Mota-Engil
O resultado das eleições legislativas de 27 de Setembro constitui o factor de curto prazo mais importante para condicionar as acções da construtora, de acordo com o BPI, que acrescenta que dificilmente o TGV pode ser cancelado na sua totalidade.
Onde pára o Lucky Albino Luke?
Então, o Albino rápido a disparar sobre os professores não comenta este caso em casa própria? Já agora, quando o fizer - e atendendo à sua enorme disponibilidade de tempo para tudo o que involva o ME, se não se importar de esclarecer qual é a sua fonte de rendimentos, também teria o seu interesse. Eu, por exemplo, teria muito gosto em descobrir a forma de ganhar umas horas diárias, livres para outras actividades que não fossem trabalhar.
O que não se diz na campanha eleitoral
A ler, este post de Ramiro Marques: Os números do desastre. Nos últimos 14 anos, o PS esteve 12 a desgovernar Portugal
Estratégia: ainda, desviar a atenção
Repesco uma imagem de Dezembro de 2008 sobre o que entendia se estar a preparar para ser a estratégia eleitoral do PS. Na altura a sopa que se estava a fazer tinha todos os ingredientes para que os professores fossem os bobos da festa, pela continuação e aplicação da governação pela inveja.
Afinal o PS perdeu as europeias e descobriu que os «míseros votos» dos professores faziam falta e o mel começou a jorrar. Mas a estratégia de desviar a atenção manteve-se. Casamento gay, uniões de facto, o sal no pão e mais umas quantas novelas de jornalismo de sarjeta são episódios que aí estão para corroborar a tese. Enquanto se discutir o supérfluo, continuará por se fazer o balanço da governação socialista.
Site do DN: 46 links para o caso das escutas presidenciais
O site do DN de ontem, às 23h55 tinha o aspecto a imagem aqui incluída (clicar para zoom 100%). Repare-se bem:
Curiosamente - uma feliz coincidência, O Sr. Comentador - programa de humor satírico da Antena 1, abordava ontem precisamente o jornalismo. Com o habitual toque, falava «do livro de Vasco Ribeiro, apresentando no Porto, baseado num estudo também seu sobre a influência das fontes na construção do noticiário político em Portugal. Vasco Ribeiro concluiu que só um terço do produto jornalístico dos diários estudados é produzido por iniciativa das redacções e que mais de 60% das noticias analisadas resultaram da acção de assessores de imprensa, relações públicas, consultores de comunicação, porta-vozes e outros.» Mas o DN será certamente diferente, lá não se publicam encomendas nem se funciona como megafone dos gabinetes de imprensa.
- na área de destaque existe o título a falar de encomenda de uma notícia, acompanhado de uma foto e de 24 links para outras notícias sobre o mesmo assunto;
- esta mesma área de destaque ainda coloca em relevo mais 3 notícias e mais outros 4 links relacionados com esta temática;
- na coluna de notícias em destaque, todas as 5 notícias são sobre o tema que o DN destacou;
- nesta mesma coluna, há um total de 13 links para o caso em questão;
- e o editorial e o vídeo de destaque versam o mesmo tópico.
Curiosamente - uma feliz coincidência, O Sr. Comentador - programa de humor satírico da Antena 1, abordava ontem precisamente o jornalismo. Com o habitual toque, falava «do livro de Vasco Ribeiro, apresentando no Porto, baseado num estudo também seu sobre a influência das fontes na construção do noticiário político em Portugal. Vasco Ribeiro concluiu que só um terço do produto jornalístico dos diários estudados é produzido por iniciativa das redacções e que mais de 60% das noticias analisadas resultaram da acção de assessores de imprensa, relações públicas, consultores de comunicação, porta-vozes e outros.» Mas o DN será certamente diferente, lá não se publicam encomendas nem se funciona como megafone dos gabinetes de imprensa.
Capitalismo eleitoral
Sou da opinião que o PS tem por estratégia lançar temas na agenda que desviam a atenção do que importa. E isto não é de agora, já que os ditos temas fracturantes têm servido o mesmo propósito. Estes e outras questões acessórias como o sal no pão, os piercings e mais uma catrafada de patranhíces. É uma forma de marcar a agenda. E é aqui que a oposição tem falhado, já que tem sido incapaz de controlar a agenda mediática. Uma declaração à noite nos telejornais não chega. É triste mas parece que os eleitores precisam de um guião, um enredo que alimente uma novela de casos. É isso que este PS lhes dá, como um bom capitalista que siga a oferta e da procura.
Dias agitados na comunicação social
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sexta-feira, 18 de setembro de 2009
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Ventos de tempestade:
Já agora: está preparado o lodo para não se falar dos problemas do país por mais uns dias de campanha eleitoral. Por este andar, chegaremos a dia 27 sem que tiradas socialistas como "equilibrámos as contas públicas", "a educação melhorou" e "modernizámos o país" sejam devidamente analisadas. A oposição continua a ir em folhetins sem de facto marcar a agenda política.
- alterações editoriais na TVI;
- um jornal que faz manchete sobre notícias de outro jornal;
- a notícia que é lançada anunciando a saída do director do Público sem que este disso soubesse;
- a ERC a querer controlar quem comenta na comunicação social durante a campanha eleitoral;
- um primeiro-ministro a transformar uma estação de televisão e um jornal em adversários políticos;
- e essa televisão e esse jornal precisamente sob fogo cruzado.
Já agora: está preparado o lodo para não se falar dos problemas do país por mais uns dias de campanha eleitoral. Por este andar, chegaremos a dia 27 sem que tiradas socialistas como "equilibrámos as contas públicas", "a educação melhorou" e "modernizámos o país" sejam devidamente analisadas. A oposição continua a ir em folhetins sem de facto marcar a agenda política.
De onde veio o email?
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Segundo o DN, a propósito do caso de hoje das escutas na presidência, surge na própria transcrição do email (de Luciano Alvarez para José Tolentino Nóbrega) que o jornal publica:
Assim, os conhecedores deste email são apenas Luciano Alvarez para José Tolentino Nóbrega e os conhecedores da história são estes dois mais o PR (o «queixoso»), Fernando Lima (o «informador») e José Manuel Fernandes (director do Público). Cavaco colocou-se fora da questão e os restantes aparentam não ter interesse na divulgação deste email. Como é que então este email foi parar ao DN?
12- Esta história só é do conhecimento do PR, do Lima, minha, do Zé Manuel Fernandes (que me pediu para não a contar a ninguém por enquento, mas que eu tenho que ta contar para tu te pores em campo com o conhecimento total do que estamos a falar). Peço-te por isso toda a discrição.
Assim, os conhecedores deste email são apenas Luciano Alvarez para José Tolentino Nóbrega e os conhecedores da história são estes dois mais o PR (o «queixoso»), Fernando Lima (o «informador») e José Manuel Fernandes (director do Público). Cavaco colocou-se fora da questão e os restantes aparentam não ter interesse na divulgação deste email. Como é que então este email foi parar ao DN?
O relatório-síntese da sondagem DN, JN, Antena 1 e RTP (CESOP-UCP)
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Quanto à última sondagem (presencial) da CESOP-UCP (DN, JN, Antena 1 e RTP, publicada 17 Setembro), a leitura do relatório-síntese é muito interessante e elucidativa. A imagem é uma parte deste relatório com os destaques a vermelho da minha autoria. Atente-se aos destaques:
- a intenção directa mostra o PS a subir 3 pontos e o PSD sem alteração;
- a redistribuição dos indecisos mostra o PS a subir um ponto e o PSD a descer 3 pontos;
- a salvaguarda de que a estimativa tem um «resultado meramente indicativo, dado que pressupostos diferentes poderão gerar resultados diferentes».
O quarto poder
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Ninguém dos envolvidos fica bem na história. Nem o Público, nem o DN, nem a Presidência. Com acusações de isto ser uma história de Abril do ano passado que o Público lançou em Agosto deste ano, com DN a ser acusado por José Manuel Fernandes de forjar parte do email em questão e com os silêncios de Cavaco, ainda muita tinta há-de correr.
Ironias
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quinta-feira, 17 de setembro de 2009
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Com os actuais 38% de intenções de voto, longe dos 45% obtidos em 2005, é notório que a esquerda que não votará PS está a fugir para o BE, já que o PCP está em queda na sondagem. Não deixará de ser irónico se estes eleitores que têm um pó a Sócrates fujam para o BE para depois gramar na mesma com ele numa previsível coligação pós-eleitoral entre os dois partidos.
Nota: curiosa, curiosa é a nota ao lado da sondagem, particularmente a parte «pressupostos diferentes poderão gerar resultados diferentes». É isto alguma confissão de manipulação?
Nota: curiosa, curiosa é a nota ao lado da sondagem, particularmente a parte «pressupostos diferentes poderão gerar resultados diferentes». É isto alguma confissão de manipulação?
O mapa rosa de 2005
Olhando para as últimas sondagens em que o PS luta para ganhar ao PSD por alguns votos, é previsível que o mapa rosa dê lugar a um multicolorido puzzle. Aparentemente, uma multidão que em 2005 mandatou o actual governo já não confia o suficiente para repetir o acto. Porquê? A justiça não foi mexida. A educação está em pantanas. As contas públicas apresentam os piores indicadores das últimas décadas. A maior mudança da saúde foi o fecho de serviços. O estado está ainda mais presente na vida de cada um. A carga fiscal aumentou. Para que serviu então a maioria absoluta do PS? Para destruir o enorme capital de esperança que os portugueses haviam depositado num governo.
imagens copiadas daqui
A Marinha Grande dos socialistas
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quarta-feira, 16 de setembro de 2009
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Cenas de empurrões e pontapés na campanha socialista, no Seixal. A Marinha Grande dos socialistas fica cada vez mais a sul. Ainda chegará a Marrocos por este andar.
Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios - 1º episódio
A sombra do desenvolvimento
A discussão do TGV faz-me lembrar a dos estádios do euro 2004. Antes, como agora, o progresso vinha com a respectiva construção mas o resultado está à vista: continuamos na cepa torta e os estádios lá estão a gastar impostos na sua manutenção.
A parte mais incrível na questão do TGV é mesmo para que serve o eixo Lisboa-Porto, com as paragens nas diversas capelinhas. Ganhar 15 minutos ou mesmo meia hora para tamanho investimento? Sobretudo depois do investimento na modernização da linha do norte, o qual nunca se concluiu? Numa lógica de racionalização dos sempre escassos recursos, mais sentido fará em reutilizar - e concluir - o que já existe.
Da ligação a Madrid, dizem-nos que é a ligação à Europa. Será? Quero ver quantos eurodeputados irão de TGV para Bruxelas. Obviamente, TGV é sinónimo de ligação a Madrid. Ponto final. E como ligação a Madrid há, já neste momento, a ligação aérea. Se o petróleo ficar caro de mais para se usar esta ligação - o que ainda não acontece - em poucos anos se constrói a ligação ferroviária. Para quê então investir agora quando ainda não é pertinente? Além disso, há que não esquecer, muita da electricidade é actualmente gerada a partir do petróleo.
TGV para mercadorias? Brincadeira, claro. Os bens não perecíveis não se estragam por o seu transporte durar mais 3 horas. Quanto aos outros, uma viagem de 3 horas (mais o tempo necessário para carga) não dispensa o uso de câmaras frigoríficas. O que torna indiferente se o transporte demora 3, 5 ou 6 horas.
Então, porquê o TGV? Obviamente porque uma grande obra pública cria uma dinâmica que interessa ao poder político. Olhe-se para os valores que têm sido anunciados para os gastos na campanha eleitoral e logo se perceberá que tanto dinheiro terá que vir de algum lado. Uma parte vem do orçamento de estado, algum virá das contribuições individuais mas o grosso vem de onde? Das contribuições empresariais, obviamente. É público que as grandes construtoras vivem da obra pública e é igualmente público que são grandes contribuidores para o financiamento partidário. O TGV interessa ainda à banca, pelas oportunidades de financiamento que lhe proporcionará. Acenar com obra pública é garantir financiamento partidário e é isto que está em causa no TGV bem como em outras grandes obras. Além disso, é sabido que o período de construção gera uma dinâmica de emprego (directo e indirecto) que ilude a realidade. Mesmo sendo emprego que tem termo certo, basta que o ritmo das obras públicas continue constante - e não tem tido assim tanta flutuação - para que pareça que o desempenho da economia seja outro. Claro que depois aparecem os efeitos colaterais, como o aumento da despesa pública e o endividamento. E neste momento, os respectivos valores atingidos são históricos.
Poder económico e poder político ambos têm a ganhar. O primeiro ganha negócio e aceita pagar por isso, em financiamento partidário, ao segundo. O poder político ganha dinheiro para campanha, que gasta exuberantemente, e permite acenar bandeiras eleitorais de dinâmica. Mas é isto o desenvolvimento ou apenas a sua sombra?
A parte mais incrível na questão do TGV é mesmo para que serve o eixo Lisboa-Porto, com as paragens nas diversas capelinhas. Ganhar 15 minutos ou mesmo meia hora para tamanho investimento? Sobretudo depois do investimento na modernização da linha do norte, o qual nunca se concluiu? Numa lógica de racionalização dos sempre escassos recursos, mais sentido fará em reutilizar - e concluir - o que já existe.
Da ligação a Madrid, dizem-nos que é a ligação à Europa. Será? Quero ver quantos eurodeputados irão de TGV para Bruxelas. Obviamente, TGV é sinónimo de ligação a Madrid. Ponto final. E como ligação a Madrid há, já neste momento, a ligação aérea. Se o petróleo ficar caro de mais para se usar esta ligação - o que ainda não acontece - em poucos anos se constrói a ligação ferroviária. Para quê então investir agora quando ainda não é pertinente? Além disso, há que não esquecer, muita da electricidade é actualmente gerada a partir do petróleo.
TGV para mercadorias? Brincadeira, claro. Os bens não perecíveis não se estragam por o seu transporte durar mais 3 horas. Quanto aos outros, uma viagem de 3 horas (mais o tempo necessário para carga) não dispensa o uso de câmaras frigoríficas. O que torna indiferente se o transporte demora 3, 5 ou 6 horas.
Então, porquê o TGV? Obviamente porque uma grande obra pública cria uma dinâmica que interessa ao poder político. Olhe-se para os valores que têm sido anunciados para os gastos na campanha eleitoral e logo se perceberá que tanto dinheiro terá que vir de algum lado. Uma parte vem do orçamento de estado, algum virá das contribuições individuais mas o grosso vem de onde? Das contribuições empresariais, obviamente. É público que as grandes construtoras vivem da obra pública e é igualmente público que são grandes contribuidores para o financiamento partidário. O TGV interessa ainda à banca, pelas oportunidades de financiamento que lhe proporcionará. Acenar com obra pública é garantir financiamento partidário e é isto que está em causa no TGV bem como em outras grandes obras. Além disso, é sabido que o período de construção gera uma dinâmica de emprego (directo e indirecto) que ilude a realidade. Mesmo sendo emprego que tem termo certo, basta que o ritmo das obras públicas continue constante - e não tem tido assim tanta flutuação - para que pareça que o desempenho da economia seja outro. Claro que depois aparecem os efeitos colaterais, como o aumento da despesa pública e o endividamento. E neste momento, os respectivos valores atingidos são históricos.
Poder económico e poder político ambos têm a ganhar. O primeiro ganha negócio e aceita pagar por isso, em financiamento partidário, ao segundo. O poder político ganha dinheiro para campanha, que gasta exuberantemente, e permite acenar bandeiras eleitorais de dinâmica. Mas é isto o desenvolvimento ou apenas a sua sombra?
Governação pela estatística versus governação para as pessoas.
A propósito da Gripe A e das consequências para os professores que tenham que faltar por doença, afirmou a ministra da educação na passada semana, muito escandalizada, que era absolutamente falso que alguém ficasse prejudicado se faltasse por motivos de saúde. Não sendo professor mas mantendo-me atento à actualidade, lembrei-me que só quem nunca faltar - justificadamente ou não - é que terá direito a um dia extra de férias. Um episódio isolado?
Vem esta introdução a propósito de um outro caso relatado no Mairdenuboske sobre uma professora que precisou de faltar para "dar assistência ao filho", "doente com varicela" e que "viu o vencimento reduzido em cerca de 600 euros". A pergunta colocada, "É assim, Sr. Engenheiro, que se institui um Estado Social?", põe a nu a dualidade entre a propaganda socialista e a dura realidade.
Um episódio e um caso mas também a constatação da distância que vai da governação pela estatística à governação para as pessoas.
Vem esta introdução a propósito de um outro caso relatado no Mairdenuboske sobre uma professora que precisou de faltar para "dar assistência ao filho", "doente com varicela" e que "viu o vencimento reduzido em cerca de 600 euros". A pergunta colocada, "É assim, Sr. Engenheiro, que se institui um Estado Social?", põe a nu a dualidade entre a propaganda socialista e a dura realidade.
Um episódio e um caso mas também a constatação da distância que vai da governação pela estatística à governação para as pessoas.
Nepal solar hair hoax
O i divulga uma notícia do Daily Mail sobre um eventual painel solar que usa células foto-voltaicas construídas com cabelo humano, em vez de usarem as habituais e caras pastilhas de silício. O único problema é que possivelmente a notícia é um hoax, como descrito em Nepal Human Hair Solar Panel Hoax. Más notícias para os gadelhudos, portanto.
Bloco Central
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sábado, 12 de setembro de 2009
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Labels: eleições , gracinha , legislativas 2009
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Votar com batota
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sexta-feira, 11 de setembro de 2009
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Labels: eleições , legislativas 2009 , parvoíce
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Carolina Patrocínio revela que «[p]ara as legislativas» votou «sempre PS», o que não deixa de ser extraordinário: as últimas eleições legislativas aconteceram a 20 de Fevereiro de 2005, um dia bem bonito para quem nasceu, por exemplo, a 27 de Maio de 1987.
Atendendo ao «Sou muito competitiva. Detesto perder! Prefiro fazer batota, a ter que perder!», deve mesmo ter feito batota para não perder por meses a oportunidade de votar.
No Complexidade e Contradição, via Gabriel Silva
Ver também no 31
Na próxima eleição
Elegem-se os deputados que melhor serviram o Partido - daí terem sido reconduzidos - em vez dos que melhor serviram o eleitor.
Neste contexto, a eleição é uma farsa. O eleitor não tem poder de escolher os seus deputados e nem tem uma palavra a dizer na escolha dos seus ministros. É tudo cozinhado entre algumas famílias partidárias.
Assim, a próxima eleição não passa de escolher o menu com os temperos mais apelativos: o menu económico, o menu socialmente temperado sem sal, o menu old red time, o menu melancia, o menu assexuadamente modernaço e o menu familiar. Sem esquecer, claro, de se pagar a conta depois do repasto.
Leitura complementar: Eleição perversa
Neste contexto, a eleição é uma farsa. O eleitor não tem poder de escolher os seus deputados e nem tem uma palavra a dizer na escolha dos seus ministros. É tudo cozinhado entre algumas famílias partidárias.
Assim, a próxima eleição não passa de escolher o menu com os temperos mais apelativos: o menu económico, o menu socialmente temperado sem sal, o menu old red time, o menu melancia, o menu assexuadamente modernaço e o menu familiar. Sem esquecer, claro, de se pagar a conta depois do repasto.
Leitura complementar: Eleição perversa
Voto na justiça eficaz e eficiente
Nunca "precisei" de recorrer à justiça para resolver problema algum. As aspas aparecem aqui porque este "precisar" deve entender-se como ser "obrigado a". Pesando as vantagens que a resolução de determinado problema poderia ter pelo recurso à justiça e as desvantagens que acumularia por assumir perdas decorrentes de não fazer valer eventuais direitos, tenho optado por não precisar dos tribunais. Num país em que a conclusão de um processo judicial não demore anos, esta análise de custo benefício não faria tanto sentido. Em Portugal, entre processar alguém que não cumpre um contrato, por exemplo, e assumir alguma perda mas encerrando o assunto, existe um enorme território de descanso para os incumpridores.
Um país com justiça não é apenas aquele que dá atenção alargada aos casos mediáticos. É antes um lugar onde se possa ver resolvido em tempo útil uma imensidão de pequenos casos do dia-a-dia. Como o vizinho que tem 10 cães que ladram noites a fio, perturbando o descanso de terceiros; como o empregador que recusa dois dias para realização de um exame escolar; como o inquilino que não paga a renda durante meses, sem que possa ser despejado; como o médico que foi negligente no seu trabalho; como o pai que insultou o professor do seu filho; como tantos outros pequenos casos demasiado caros em tempo e dinheiro e que, precisamente por não valer a pena recorrer aos nossos tribunais, constituem terreno de reincidência para os infractores.
Num país com justiça também os grandes casos não duram anos a fio; as empresas podem recorrer ao tribunal para obrigar ao cumprimento dos contratos; a corrupção chega à barra do tribunal; os concursos públicos são ganhos por quem de direito; a vítima não tem menos direitos do que o agressor; a legislação não é um ambíguo emaranhado de pontas soltas. Por isto, não voto em quem optar pelas reincidentes reformas fáceis, mesmo atendendo à contestação, de serviços prestados pelo estado como a saúde, a segurança social e a educação. Reformar a justiça é um trabalho de fundo, de demorada preparação e que vai muito além da informatização dos serviços e do reagrupamento dos tribunais disponíveis. É o próprio modus operandi da justiça que está em causa, o que certamente obrigará à revisão dos diversos códigos e que necessariamente mexerá com os interesses do poderoso e organizado lóbi da justiça. Voto, portanto, em quem se disponha a fazer a justiça nascer em Portugal.
Adenda: programas de governo para as legislativas de 2009 na área da justiça dos cinco da vida airada: disponíveis no site do S.F.J.
também aqui
Um país com justiça não é apenas aquele que dá atenção alargada aos casos mediáticos. É antes um lugar onde se possa ver resolvido em tempo útil uma imensidão de pequenos casos do dia-a-dia. Como o vizinho que tem 10 cães que ladram noites a fio, perturbando o descanso de terceiros; como o empregador que recusa dois dias para realização de um exame escolar; como o inquilino que não paga a renda durante meses, sem que possa ser despejado; como o médico que foi negligente no seu trabalho; como o pai que insultou o professor do seu filho; como tantos outros pequenos casos demasiado caros em tempo e dinheiro e que, precisamente por não valer a pena recorrer aos nossos tribunais, constituem terreno de reincidência para os infractores.
Num país com justiça também os grandes casos não duram anos a fio; as empresas podem recorrer ao tribunal para obrigar ao cumprimento dos contratos; a corrupção chega à barra do tribunal; os concursos públicos são ganhos por quem de direito; a vítima não tem menos direitos do que o agressor; a legislação não é um ambíguo emaranhado de pontas soltas. Por isto, não voto em quem optar pelas reincidentes reformas fáceis, mesmo atendendo à contestação, de serviços prestados pelo estado como a saúde, a segurança social e a educação. Reformar a justiça é um trabalho de fundo, de demorada preparação e que vai muito além da informatização dos serviços e do reagrupamento dos tribunais disponíveis. É o próprio modus operandi da justiça que está em causa, o que certamente obrigará à revisão dos diversos códigos e que necessariamente mexerá com os interesses do poderoso e organizado lóbi da justiça. Voto, portanto, em quem se disponha a fazer a justiça nascer em Portugal.
Adenda: programas de governo para as legislativas de 2009 na área da justiça dos cinco da vida airada: disponíveis no site do S.F.J.
também aqui
Sócrates chama maroto a Louça
Prioridades
Ao que apurei, cada escola vai receber
- 750 € para despesas relacionadas com a gripe A e
- 500 € para gastar nas celebrações do Dia do Diploma, no próximo dia 11 (amanhã).
A malha aperta-se
Novas provas
Freeport: polícia inglesa confirma pagamento de "luvas"
08.09.2009 - 11h25 PÚBLICO
As autoridades inglesas têm provas que confirmam o pagamento de "luvas" no âmbito do licenciamento do outlet de Alcochete, noticia a edição de hoje do "Correio da Manhã". Tendo em conta as novas informações, o jornal afirma ainda que o ex-presidente do Instituto da Conservação da Natureza, Carlos Guerra, não vai ser o único arguido no processo Freeport a ter de explicar os cerca de 200 mil euros depositados numa das suas contas.
Venham os dados concretos, que em campanha eleitoral vale tudo. Entretanto, a malha parece apertar-se à volta dos mesmos pelo que tudo leva a crer que o contra-trunfo socialista, o BPN, vai novamente saltar para as primeiras páginas em breve.
Sabão 2009
Quem segue as lides informáticas está habituado à nomenclatura. MS Office 2007; Visual Studio 2005; Norton AntiVirus 2009; etc. Tratam-se de produtos assentes numa lógica comercial de sucessivas versões, que resolvem alguns problemas antigos e que criam novos em consequência de funcionalidades adicionadas. A ideia "Sócrates 2009" segue esta lógica de produto. A segunda versão da suite que em 2005 teve a maior quota de mercado está aí em versão rebranded, a prometer funcionalidades revistas, apesar do inalterado core não permitir melhores performances do que aquelas demonstradas ao longo de quatro anos e meio.
Olhar para Sócrates 2009 como um produto lança luz sobre muitas questões, desde o insistente recurso a slogans, como os do PSD sem ideias ou do PSD que só quer rasgar, até à estratégia de venda baseada na construção de uma imagem de marca em vez de se discutirem ideias para a governação. Como em qualquer produto, há a considerar as questões de publicidade falsa, para que não se compre gato por lebre. Finalmente, é preciso ter em mente que a aquisição de um tal produto é uma compra a crédito, paga em prestações não necessariamente suaves chamadas de impostos. Boas compras e, já agora, leia as instruções de uso. É que este é um artigo que vem sem garantia.
Olhar para Sócrates 2009 como um produto lança luz sobre muitas questões, desde o insistente recurso a slogans, como os do PSD sem ideias ou do PSD que só quer rasgar, até à estratégia de venda baseada na construção de uma imagem de marca em vez de se discutirem ideias para a governação. Como em qualquer produto, há a considerar as questões de publicidade falsa, para que não se compre gato por lebre. Finalmente, é preciso ter em mente que a aquisição de um tal produto é uma compra a crédito, paga em prestações não necessariamente suaves chamadas de impostos. Boas compras e, já agora, leia as instruções de uso. É que este é um artigo que vem sem garantia.
Programas Eleitorais dos Partidos - colectânea
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segunda-feira, 7 de setembro de 2009
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Labels: campanha eleitoral , legislativas 2009
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Anúncios da governação Powerpoint
Não percebo. Mas o homem do inglês técnico não tinha dito que a recessão técnica terminara? E a Qimonda não tinha sido salva pelo ex-ministro que ganhou uma avenida com o seu nome?
Menos estado nos negócios, s.f.f.
Menos estado nos negócios, significa estado com menos poder. O estado per si não existe. Existe, sim, um grupo de pessoas que o controla. Por isso, menos estado nos negócios significa governantes com menos poder. Esta é a única forma de quebrar o ciclo vicioso do coça-coça entre políticos que têm o poder de condicionar as empresas e as empresas que se põem a jeito para agradar aos políticos que lhes podem dar negócios.
A promoção ao Jornal Nacional que foi censurada
Vídeo de promoção ao "Jornal Nacional" da TVI que terá desagradado à administração da Media Capital, disponibilizado pelo Expresso.
Rasgado
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sexta-feira, 4 de setembro de 2009
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«Quando não me vierem no ar é porque alguma coisa se passou»
Hoje de manhã, pelas 10h00, coloquei online uma cópia da entrevista de Manuela Moura Guedes ao Público. Por si só vale a leitura. Mas agora depois desta exoneração, tornou-se incontornável. «Quando não me vierem no ar é porque alguma coisa se passou», disse Moura Guedes e hoje algo se passou. Passou-se que o primeiro-ministro e o seu governo que se recusam ir a uma estação de televisão correram com uma voz desalinhada. No país dos ajustes directos e dos negócios espanhóis como o TGV, com a sua vencedora proposta relâmpago e do negócio da vigilância da costa portuguesa (concurso polémico, ganho pela INDRA, empresa amiga de Zapatero, o qual até deu uma perna na campanha eleitoral socialista para as europeias), alguém duvida que o dinheiro fala mais alto do que uma jornalista fora do controlo?
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